O começo dos Cullen

Capitulo 9 - Ashland.


POV Carlisle.

A viagem seguiu tranquila, nós conversávamos sobre coisas aleatórias, músicas prediletas, autores, livros, estávamos nos conhecendo de pouquinho em pouquinho. Não escolhi Ashland aleatoriamente, lá fica uma das maiores residências que possuo, tem três quartos, um escritório lotado de livros de todos os tipos e tem um piano. Lembro-me que Edward disse que adorava tocar, seu pai Sr. Senior, não era muito presente na vida do filho, por causa do trabalho que o mantinha fora por longos períodos, mas para compensar, ele colocara o menino em aulas de música, pois sabia sobre sua fascinação em instrumentos. Disse também que gostava de ler, adorava viver outra história. Por isso esse local, queria que ele fosse feliz novamente, que nunca se esquecesse de sua humanidade, teria seu próprio quarto, as coisas de sua família estariam sempre com ele e poderia voltar a fazer o que gostava.

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— Fez quantas faculdades, ao longo do tempo? – Perguntou-me Edward me olhando com curiosidade.

— Fiz seis faculdades, letras, filosofia, psicologia, geografia e história da arte, também aprimorei meu russo e meu espanhol. – Sorri enquanto dizia. – Qual faculdade você queria fazer?

— Gosto de administração, sempre me dei bem com a matemática.

— Poderá fazer quando estiver se controlando, quantas faculdades quiser. – Meu comentário o deixou feliz.

Já fazia mais de quatorze horas que estávamos no carro, esse era um aspecto que me deixava feliz sobre nossa espécie, nós não nos cansávamos e nem precisávamos parar para comer ou ir ao banheiro, poderíamos ficar ali sentado por meses. Avistei a placa que dizia “Bem-vindos a Ashland – Oregon”, estávamos perto já, mais uma hora e chegaríamos a casa.

— Só mais uma hora, o tempo passou rápido. – Edward disse olhando para frente como se fizesse uma grande reflexão, o garoto teria que aprender a diferenciar um pensamento de alguém falando. Ele me olhou tristonho e abaixou a cabeça provavelmente viu este pensamento. Eu sorri, na verdade eu ri.

— Não é o fim do mundo Edward! Você consegue, basta entender seu poder. E respondendo a outra pergunta, sim só mais uma hora, o tempo passa mais rápido pra quem não dorme.

Passamos pelo centro onde levava a minha casa, pelo caminho avistei o hospital local onde trabalharia. Ele mudou pouco desde 1810, a cor talvez. A cidade era linda, árvores para todo lado, carros coloridos, mulheres lindas e elegantes enchiam as praças e as ruas, crianças se divertiam com suas bolinhas de gude, bonecas e o mais novo brinquedo tinkertoy. Tudo era muito alegre, era impossível não sorrir, olhei para Edward, mas ele estava calado olhando para baixo, percebia-se que estava agitado, brincava com os próprios dedos no colo. Acelerei o carro para chegarmos mais rápido, o garoto estava com sede precisava caçar.

A cidade foi ficando para trás e minha casa já estava avista, ela era bem maior que a outra, e era amarela, o casal que me vendeu disse que gostava de alegria, por isso da cor. A varanda estava exatamente como deixei, havia um banco, com vaso de flores ao lado e um lampião que decorava o local. Parei o carro do lado da casa na grama e fui pegar o molho de chaves da residência, dei a do carro para o Edward para que pegasse as malas.

Edward ficou deslumbrado quando entrou, não era muito moderna, mas também não era velha, o piso era de madeira clara, bem de frente com a porta havia a escadaria para o andar superior, ao lado direito tínhamos acesso a sala com detalhes brancos para todo lado, e do lado esquerdo tínhamos um escritório e a cozinha.

— Para que serve a cozinha? – Perguntou-me o garoto.

— Serve para disfarçar caso algum humano venha aqui. – Respondi. – Existem três quartos nesta casa, fique à vontade para escolher qualquer um.

— Obrigado...você tem um piano? – Ele parecia uma criança vendo o papai noel.

— Tenho, mais só de enfeite, não sei tocar. Pode tocar a hora que quiser, ele é seu, aceite como um presente de boas-vindas. – Ele sorriu muito de uma forma que não entendi muito bem e subiu para seus aposentos para desfazer as malas. Fiz o mesmo, ele ficou com o quarto do meio e eu com o do canto esquerdo, guardei tudo como já estava habituado.

Coloquei tudo em seus devidos lugares e já estava me arrumando para ir ao hospital conseguir emprego. Passei pelo quarto de Anthony antes de ir, que continuava a arrumar seus pertences.

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— Irei ao hospital para conseguir emprego, quando eu voltar iremos caçar, na floresta aqui perto. Eu volto logo – Sorri a ele.

— Acho uma ótima ideia – Ele retribui o sorriso.