A luta contra o tempo

Primeira semana.


P.O.V Annabeth

Já havia se passado uma semana que Sophie estava em coma, e em nenhum desses dias ela se quer abriu os olhos. Percy e eu estávamos na mesma situação que antes.

Se você está se perguntando como eu estou me sentindo, nem mesmo eu saberia te responder, era um sentimento de culpa,medo entre várias outras coisas que eu evitava me lembrar toda vez que eu entrava no quarto e via minha filha "sem vida".

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Os médicos diziam que há casos em que pessoas ficam mais de meses nessa mesma situação,mas eu não suportaria voltar pra casa mais uma vez sem saber se no dia seguinte minha filha ainda estaria entre nós. Não aguentaria ver minha filha todos os dias deitada sem nenhuma reação, sem nunha esperança de voltar ao que era antes.

O que me deixava mais tranquila era poder estar alí com ela, mesmo que ela não percebesse. Será que quando ela abrisse os olhos ela ainda se lembraria ou enxergasse alguma coisa? Meus pensamentos foram interrompidos quando Percy entrou no quarto.

- Como ela está?

- Na mesma.

- Nenhum sinal?

- Não.

Essa era a nossa rotina, ficar esperando que Sophie desse um sinal de que estava bem.

- Acha que ela vai conseguir?

- As vezes sinto que sim as vezes sinto que não. Mais porque que está tão preocupado?

- Não sei , ver minha filha nessa situação me fez pensar melhor.

- Agora pode ser tarde demais.

- Eu sei. Você está aqui já faz algum tempo não quer ir lá em baixo tomar um café, descansar um pouco?

- Quero estar aqui se ela acordar.

- Estava conversando com o médico, ele me disse que as chances dela sobreviver são poucas. - nessa hora senti um sentimento de culpa, e ao mesmo tempo esperança - Ele disse que se quisermos desistir....

- Só passaram uma semana Percy , vamos espera.

Mas quanto mais o tempo passava mais eu achava que ela não iria resistir. E aquela idéia de deixar ela partir martelava a minha cabeça a cada minuto, talvez fosse melhor para ela, mas não para mim. Decidimos esperar para ver o que acontecia.

A enfermeira entrou no quarto para trocar os medicamentos, e nessa hora pensei em disistir. Talvez ela esteja sofrendo ou sentindo dor, ou até mesmo não se lembrasse de nada. Levantei da poltrona e fui perguntar qual era a chance dela sobreviver, quando estava chegando a porta ouvi um sussurro.

Me virei para a maca e ela estava lá murmurando coisas,fui até ela quase correndo.

- Filha está me escutando? - mais ela não respondia - Filha você se lembra da mamãe? - e de novo ela não respondeu. O pior passou pela minha cabeça, então corri para chamar um médico.

Quando voltamos ao quarto o painel de batimentos cardíacos formava um linha reta....

Os médicos pediram para mim me retirar do quarto. Mesmo contra a minha vontade eu saí. Não podiam deixar ela morrer, eles tinham que reanimar ela.

Depois de treze minutos eles sairam do quarto.

- Sinto muito. Ela teve uma parada cardíaca, dessa vez ela resistiu mas da próxima pode ser que ela não tenha a mesma sorte.

Entrei no quarto e notei que haviam ligado mais alguns aparelhos nela. Fui até a cama e peguei a ficha de Sophie, lá estava escrito "três paradas cardíacas" e mais algumas coisinhas. Minha filha continuava dormindo.

O mesmo médico entrou no quarto e anotou alguma coisa na ficha.

- Como você pode ver ela está cada vez pior. Damos à ela 24 horas, a partir disso ela já estará em situação de risco.

- Acha que ela pode falecer nessas 24 horas? - minha lágrimas haviam tomado conta de mim novamente.

- Não vou dizer que sim, por que não é certo. Depende de como ela vai reagir, até agora ela não teve nenhuma melhora. Como já haviamos dito a você, três paradas cardíaca em uma semana para uma criança pode ser fatal, ainda mais Sophie que já sofria com o câncer. Como pode ver é como se ela estivesse morrendo aos poucos.

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- Não à nada que possam fazer?

- Infelizmente não - ele se retirou do quarto me deixando sozinha com minha filha.

Decidi que iria esperar. Thalia havia acabado fe entrar no quarto com Alison.

- Não chora tia Annie, eu também estou triste mais Soph é forte, ela vai sair dessa - e virei e dei um abraço em Ali.

- Obrigada, Sophie ficaria muito feliz em ver você aqui.

- Annie o que os médicos disseram?

- Que talvez ela não passe dessa noite.

- Sinto muito. Acho que a essa altura não podemos fazer nada.

- Eu sei, não quero pensar o pior mais está cada vez mais difícil.

- Tia Annie o que vão fazer com ela?

- Não sei querida ,só o papai do Céu sabe.

- Então eu vou pedir pra ele deixar a Soph bem.

- Amiga o que você acha de ir lá pra casa para descansar um pouco, faz dias que você não volta pra casa.

- Tudo bem, mas....

- Nada vai acontecer com ela.