Capítulo 7

[Bill]

2 semanas se passaram desde aquela noite!

Sinceramente não estou arrependido do que aconteceu entre nós. Mas estou desiludido, pois a minha relação com a Abby nunca mais foi a mesma.

Ela não contou nada ao Georg sobre a sua suposta traição. E ele parece não desconfiar de nada.

Ela ultimamente anda sempre enfiada na casa-de-banho. Seja na escola ou em casa.

Mas penso que seja normal. Vocês sabem como são as raparigas.

[Abby]

Na casa-de-banho.

Eu não parava de vomitar. Passava todos os dias na casa-de-banho ora em casa ora na escola, onde estou agora.

Sasha é a minha melhor amiga! Ajuda-me em tudo. Minha leal amiga, confidente. É a única que sabe que ando a vomitar.

Sasha – Abby! Já estás aí há horas! Já dava tempo para isso acabar.

Eu – Quando paro dá-me mais vontade! – começo a chorar.

Sasha – Pronto! Não chores! – ajoelha-se ao meu lado e puxa o meu cabelo para trás. – Isso deve ser uma fase. Por acaso usas-te… preservativo com os dois?!

Eu – Com o G’ sim. Mas com o B’ não me lembro… – disse tipo em código. Pois havia as cuscas da escola na outra casa de banho ao lado. E vomito mais uma vez.

Depois de uns minutos parei de vomitar. Sentia-me melhor. Levantei-me, recompôs-me e passei a boca por água.

Eu – Sente-se o odor.

Sasha abanou com a cabeça afirmativamente.

Eu – Então tens uma pastilha ou algo que se coma.

Sasha – Acho que sim. –ela abre a mala e procura. – Toma. Tenho aqui pastilhas de mentol. – diz esticando a mão com o pacote de pastilhas.

Eu – É isso mesmo! – pego na caixa e abro-a. Ponho 4 pastilhas.

Sasha – Hey! 1 pastilha chega! Estas são fortes!

Eu – É para ninguém reparar!

Sasha – Okay. >.<

Saímos da casa-de-banho e logo o Bill e o Tom vieram ter connosco.

Tom – Estás bem Abby? – perguntou preocupado.

Eu – Estou. – menti. – Não é nada, não te preocupes. – menti novamente.

Ele pareceu ficar mais calmo. Mas deu-me a sensação de que não ficou totalmente convencido com a minha resposta. Nem ele, nem o Bill. Que se encontra neste momento relutante em me olhar nos olhos.

Sinceramente sinto-me mal por a nossa relação nunca mais ter sido a mesma desde aquela noite em que eu e ele…

Tom – O que se passa contigo? – perguntou interrompendo os meus pensamentos. – Já foste ao médico?

Eu – Não é preciso Tom, acério. – tentei tranquiliza-lo com um sorriso forçado.

Tom – Se tu o dizes. – suspirou. – Mas acho que era melhor. – insistiu.

Apenas encolhi os ombros, não estando a prestar qualquer atenção ao que ele dizia.

Os meus olhos não se descolavam do Bill que mantinha a cabeça baixa não querendo me encarar. O que de facto já me estava a deixar nervosa e um pouco irritada.

Eu – Bill. – principiei.

Ele não se moveu.

Eu – Bill, por favor, olha para mim. – pedi gentilmente.

Ele levantou a cabeça e olhou-me nos olhos.

Eu – Achas que podemos falar?

Bill – Acho que sim. – finalmente falou.

Tom – Bem. Eu e a Sasha vamos indo. Vocês realmente precisam de falar. – sorriu e afastou-se de nós juntamente com Sasha.

Eu – Vem comigo. – pedi.

Ele assentiu e virei costas dirigindo-me para as traseiras do pequeno prédio da escola.

Quando chegamos encostei-me à parede e baixei a cabeça começando como que a examinar o chão.

Alguns minutos de silêncio se passaram. Minutos esses que pareceram horas.

Bill – O que querias falar comigo? – perguntou por fim.

Continua…