Por trás das lentes

Come back to me


Felicity Smoak

— Não, eu não estou grávida, Thea! – grito no telefone pela milésima vez. – E eu não vou fazer porcaria de teste nenhum pelo simples fato de ter certeza! – argumento.

— Mas... – ela tenta.

— Eu só tive uma crise de vômito. Isso acontece de vez em quando nessa época do ano com algumas pessoas, sabia? E nem por isso elas estão necessariamente grávidas! – reviro os olhos, comendo uma macarronada enquanto assisto à maratona da série DoctorWho e debato com minha querida cunhada pelo telefone, a quem Sara fez o favor de contar sobre meu mal-estar e insinuar “discretamente” que a possível virose teria o sobrenome Queen.

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Resultado: Estou quase surtando enquanto a garota tenta me convencer a fazer nem que seja um mísero teste de farmácia.

— Felicity, você sabe que há pelo menos uma pequena chance de isso ser possível, não sabe? – seu tom é condescendente. – Quanto custa fazer um simples teste para tirar essa dúvida?

— Minha dignidade. – rebato rapidamente. – Não vou ser a garota que, depois de uma semana de namoro, apareceu grávida do namorado bilionário! – acrescento. – Além do mais, eu não tenho dúvida nenhuma. – birro.

— Deixe de bobagem, Felicity! – Thea estala a língua. – Você e Ollie estão juntos há realmente mais de 2 meses. – lembra.

— Mesmo assim! – insisto. – Só faz uma semana que tornamos nosso relacionamento oficial. E eu não estou grávida! – repito.

— Por que você é tão teimosa?

— Por que você é tão insistente? – devolvo e ouço-a bufar do outro lado. – E nem ouse falar qualquer coisa para seu irmão, entendido, mocinha? – grunho. – Você não ia querer me ver realmente furiosa. – aconselho.

— Eu odeio você!

— Eu também te amo, cunhadinha! – imito sua voz antes de ouvi-la desligar na minha cara e reviro os olhos para a tela do celular.

Eu ainda vou matar Sara qualquer dia desses...

E por falar nela, ouço batidas na porta e logo sua figura surge na sala com um sorriso casual.

— Maldita seja a hora em que resolvemos dar uma cópia da chave para você! – bufo, pausando o vídeo na TV.

— Boa tarde para você também, Fe. – ela cruza os braços me lançando um sorriso provocativo.

— Boa tarde uma ova! – devolvo, mal-humorada. – Estamos de relações cortadas, Sara Lance!

— Desculpe por Thea. – ela encolhe os ombros. – Juro que não fiz por maldade. – diz.

— Duvido muito. – estalo a língua.

— Sério, Fe. – ela chega mais perto, sentando ao meu lado no sofá. – Me perdoa, vai. – faz aqueles olhos do gato de botas e eu semicerro os meus. – Trouxe ingredientes para fazer brigadeiro. – ergue a sacola, barganhando.

Endireito as costas rapidamente.

— Acho que posso repensar o seu caso. – pisco, descartando o prato sujo da macarronada no lixeiro ao me levantar e ir para a cozinha.

— Nunca pensei que fosse agradecer aos céus por você ser chocólatra... – ela suspira, rindo e se levantando para me acompanhar.

— Só uma pergunta. – falo, me sentando sobre o balcão, e ela me encara enquanto desempacota as coisas. – Você não deveria estar trabalhando, criatura? Quer dizer, são 3:47 h da tarde de uma sexta-feira. – informo, olhando para o relógio na parede.

— Minha tia Hermitrud está muito mal no hospital e tive de ficar com ela. – Sara explica com falsa seriedade.

— Sara, você não tem nenhuma tia chamada Hermitrud. – massageio as têmporas. – Esse era o nome da ratinha de laboratório de Barry! – lembro.

— O que o novo supervisor não sabe meu bolso não sente. – ela pisca o olho e eu rio alto.

— Por falar nisso, onde será que Isabel foi parar? – penso em voz alta e ela dá de ombros, mexendo os ingredientes na panela.

— Não sei... Mas espero que tenha voltado para qualquer que seja a dimensão do inferno que ela habitava antes de entrar nas nossas vidas! – bufa, e eu concordo com a cabeça.

— Sara... – chamo, depois de alguns minutos de silêncio. – Por que você veio? – pergunto, cruzando as pernas.

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— Vim ver você, me desculpar e comer brigadeiro com uma das minhas melhores amigas, não posso? – ela responde tentando soar óbvia, mas não me encara em nenhum momento.

— Sara... – insisto. – Sei que você me ama, mas não acho que fosse matar trabalho por minha causa. – ergo uma sobrancelha e ela suspira profundamente.

— Thomas. – confessa. – Nós brigamos.

— Qual foi a bola da vez? – questiono, tentando fazer graça.

— Ele foi um babaca! – ela bufa.

— Defina “babaca”. – peço.

Ela apaga o fogo e vai até o armário, tirando dois pratos para nós.

— Eu como na panela. – anuncio, pulando do balcão.

— Claro. – ela diz, guardando meu prato e batendo a mão na testa. – Como pude me esquecer disso?

— Está fugindo da minha questão... – cutuco sua costela, pegando uma colher para mim.

— Vamos para a sala. – ela pede, depois de se servir e me entregar a panela.

Sentamo-nos no tapete e apoiamos as costas no sofá.

— Pode falar. – digo, depois de comer um pouco, gesticulando com a colher.

— Hoje fui almoçar com ele na empresa e do nada acabei descobrindo que ele já teve um caso com sua secretária. – revira os olhos. – Na verdade eu já havia reparado o jeito nada discreto como ela o encarava.

— Uh! – arregalo os olhos. – Mas se ficou no passado...

— Deixe-me terminar. – ela ergue a mão me interrompendo. – Acontece que a garota ainda não foi posta no seu devido lugar. – grunhe. – E hoje foi a gota d’água! Ela estava se insinuando descaradamente para ele, na minha frente. Sério, Fe! Eu poderia medir com palmos a roupa daquela vadia!

— Vamos para a parte em que você e Tommy brigam por causa da vadia e ele age como um babaca... – peço, comendo mais do meu brigadeiro.

— O.k. – ela assente. – Então, depois dela ter soltado a frase infame dizendo que sentia saudade de seu tempo juntos, eu perdi as estribeiras e voei em cima dela. – Sara conta e eu arregalo os olhos.

— Sara! Você brigou com a garota na empresa do pai de Tommy? – arfo. – E não se machucou? – me preocupo.

— Nem pra vadia aquela garota serve. – ela ri pelo nariz. – Fora alguns arranhões de unha, não conseguiu me acertar um único tapa! – zomba. –Só que não demorou muito para Thomas me tirar de cima dela e mandá-la se retirar até que as coisas se acalmassem. – revira novamente os olhos. – E adivinha quem pegou o esporro? – aponta para si mesma, comendo uma porção generosa de brigadeiro.

— Homens! – suspiro. – O cérebro parece atrofiar quando há vadias na equação! – bufo.

— Ele ficou do lado da cadela! – ela exclama, entredentes. – E ainda disse que quem havia passado dos limites tinha sido eu, acredita? – esbraveja. – Ah! E deixou claro que não iria demiti-la por causa dos meus ciúmes infundados. – acrescenta a informação com os olhos flamejando.

— O que você fez? – questiono baixinho, assustada por seu olhar assassino.

— Está vendo esses dedos? – ela me mostra a mão aberta e eu assinto. – Thomas tem uma réplica exata tatuada na cara. – informa, dando de ombros. – Então eu fui para casa, quebrei algumas coisas, chorei de pura raiva, me acalmei, rejeitei alguns milhares de ligações dele e depois decidi vir até aqui. Fim da história. – encerra, suspirando.

— Sinto muito, amiga. – acaricio suas costas, compassiva. – Você terminou com ele? – questiono.

— Não. – ela deita a cabeça no sofá, rindo pelo nariz. – Não consigo. – admite. – Mas vou lhe dar um gelo do qual ele se lembrará pelo resto da vida. – pisca um olho. – Quando achar que está arrependido o suficiente por defender a vagabunda da ex-ficante e demiti-la, nós voltaremos às boas. – conclui, lambendo a colher despreocupadamente.

— Você é terrível, Sara. – rio, raspando o fundo da panela.

— Sou boa demais pra ser verdade, eu sei... – ela provoca.

— “Boa” não é bem a palavra que eu tinha em mente... – alfineto e ela ri, me dando um tapinha na coxa.

— E você com Ollie? – pergunta, sentando sobre os calcanhares.

— Estamos incrivelmente bem, apesar da distância. – suspiro. – A saudade está me matando. – confesso.

— Owwwwwnt! – ela faz um coraçãozinho com as mãos e eu reviro os olhos. – Eu vivi para ouvir você admitindo saudades e dependência de um cara... – zomba.

— Fala a Srtª “Relacionamentos sérios não são para mim”... – devolvo e ela suspira, rindo.

— O mundo dá muitas voltas, Smoak.

— E como dá! – concordo.

— Amanhã será a entrega do prêmio. – ela lembra, como se eu não o fizesse a cada 5 minutos. – Você...tem certeza? – questiona devagar e eu entendo do que ela está falando.

— Tenho, Sara. – respondo, respirando fundo e soltando todo o ar dos pulmões. – Eu e Oliver estamos em uma nova fase, não posso continuar com isso sem abrir o jogo de vez com ele. – admito.

— Você é quem decide. – ela dá de ombros. – Mas se quer saber, não acho que Oliver vá fazer grande caso. – confessa, com cuidado. – Se parar pra prestar atenção, você é a única que se culpa pelo que aconteceu.

— Porque eu estava lá, eu sei o que fiz e o que me levou a fazê-lo. – passo as mãos pelo cabelo, flashes escapando de minha memória. – Não foi só o medo. – admito.

— O que é totalmente compreensível. – Sara lembra. – Quer saber? Vamos deixar isso pra lá, o.k.? Só me prometa que não irá fazer sua própria caveira para o Queen! – pede, deitando a cabeça no meu ombro e eu rio fraco.

— Claro. – respondo e ela assente. – Você quer sorvete? – pergunto de repente, depois de um longo silêncio, e ela me encara rapidamente.

— Você está um saco sem fundo, hein? – sorri. – Em menos de uma hora, comeu uma porção enorme de macarronada e uma panela de brigadeiro! – aponta o recipiente ainda em meu colo. – Depois, quando eu desconfio que esteja...

— Se você falar a palavra “grávida”, juro que te faço rolar escadas abaixo até a recepção! – ameaço e ela ergue as mãos em rendição.

— Eu só estava pensando.

— Não pense! – rebato. – Já basta Thea tentando me enlouquecer com esse papo de maternidade!

— O.k., mocinha. – ela desiste. – Depois não diga que não avisei... – murmura e eu reviro os olhos, me levantando.

— Me deixe buscar meu sorvete que ganho mais. – exclamo, caminhando para a cozinha e ela gargalha.

Passamos a tarde inteira juntas, rindo e conversando bobagens, eu tentando fazer Sara esquecer sua raiva de Tommy e ela me distraindo da minha saudade absurda que sinto de Oliver.

Por volta das 6 horas, Cait aparece acompanhada de Barry.

— Olá, casal! – Sara cumprimenta, deitada no sofá com as pernas jogadas no meu colo.

— Oi, meninas! – Cait fala.

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— Como está sua tia Hermitrud, Sara? – Barry pergunta, em tom de deboche.

— Hermitrud não é a sua rata de laboratório? – a morena franze a testa enquanto todos nós caímos na gargalhada.

— Longa história... – Sara faz um aceno displicente com a mão.

— Depois você me conta. – ela diz. – Estou só de passagem. – avisa, puxando Barry pela mão para dentro do apartamento rumo ao seu quarto.

— Como assim? – questiono, empurrando as pernas de Sara e me erguendo para segui-los.

— Viagem de última hora! – ela fala, jogando sua mala sobre a cama e começando a abrir suas gavetas, procurando roupas.

— A faça fazer sentido! – cobro, encarando Barry.

— Vamos passar o fim de semana em Central com Joe. – ele explica.

— Oh! – assinto, ainda captando o que ele disse.

— Não se preocupe, estaremos de volta na segunda-feira. – Cait fala, parando um pouco o que fazia para me encarar.

— Tudo bem. – digo, saindo. – E Barry? – chamo, da porta. – Nem pense que vai poder ficar carregando-a para cima e para baixo! Já basta que só falta um mês para você roubá-la de mim! – lembro.

—Sim, senhora. – ele bate continência. – É só um final de semana, Lis! – frisa.

— Se eu fosse vocês... – Sara surge atrás de mim. – deixaria separado um quartinho para Felicity no novo apartamento. – aconselha.

— O quê?! – me faço de chocada. – Você ainda não fizeram isso? – pergunto e os 3 caem na gargalhada.

— Dê-nos ao menos o direito de termos uma lua-de-mel... – Cait junta as mãos, dramatizando.

— Se vocês se comportarem, prometo pensar a respeito. – dou de ombros, arrancando risadas de todos. – É um péssimo começo me deixarem um final de semana inteiro sozinha. – faço beicinho.

— Não se precipite. – Caitlin fala, fechando o zíper da mala e a colocando no chão. – Sempre pode aparecer uma companhia... – me lança uma piscadela, trocando um sorriso cúmplice com Barry.

— Sara vai passar a noite no apartamento de Laurel com ela. – aponto e ela confirma. – E se Thea aparecer por aqui, é capaz de nos matarmos antes do fim do dia! – bufo e as meninas dão risinhos, enquanto Barry franze o cenho, confuso. – Não me faça contar a história! – suspiro para ele e volto à sala, me jogando no sofá.

— Não seja dramática! – Cait estala um beijo na minha bochecha ao passar por mim. – É só um fim de semana e tudo se resolveria entre você e Thea se você simplesmente fizesse a droga do teste. – pisca e eu reviro os olhos, colocando a almofada sobre o rosto. – Tchau! – ela grita, já da saída.

— E Felicity, tente não pensar em muitas formas me torturar por estar carregando sua melhor amiga. – Barry fala, a acompanhando.

— Eu ainda nem tinha pensado nisso, Allen... – murmuro maleficamente, retirando a almofada do rosto. – Mas já que mencionou... – dou um risinho que o faz arregalar os olhos.

— Ela está blefando, amor, relaxa! – Cait fala, puxando-o pela mão e lhe dando apenas o tempo de acenar um “tchau” para mim e Sara.

— Acho que já vou indo também. – a loira comunica, olhando para a tela do celular. – Laurel já está perguntando por mim. – explica.

— Tudo bem, pode me abandonar! – choramingo.

— Céus! Você carente é a treva! – ela suspira alto. – Precisa urgentemente de Oliver com você! – aponta.

— Não podemos. Não ainda... – faço um bico.

— Culpa única e exclusiva sua. – ela me cutuca na testa. – Agora aguente!

— Fala a pessoa que algumas horas atrás anunciou que daria um gelo histórico no namorado. – retruco.

— Thomas está merecendo, Oliver não. – ela ressalta e não tenho uma resposta para isso, então apenas lhe mostro a língua, fazendo-a dar um sorriso vitorioso. – Bye, Smoak! – ela acena da porta, antes de sair.

Levanto-me e resolvo tomar um banho pra relaxar. Depois de uma ducha demorada, vou até o quarto e visto apenas a lingerie e a camiseta comprida do Blue Jays que Oliver me deu, numa tentativa quase adolescente de amenizar a saudade.

Me jogo sobre a cama e ligo a TV. Mal faço isso, meu celular começa a apitar com a foto do sorriso de Oliver brilhando no visor. Sinto meu coração dar um salto de alegria antes de atender.

— Boa noite, sweet... – ele suspira do outro lado.

— Boa noite, Oliver. – cumprimento, me ajeitando na cama. – Como você está?

— Morrendo de saudades da minha namorada teimosa que insistiu em não aceitar me ver nenhuma vez nessa semana. – ele resmunga e eu dou um riso fraco. Tivemos essa conversa várias vezes durante os últimos 7 dias.

— Já falamos sobre isso, amor! – lembro.

— Não! Você falou! – devolve, birrento.

— Falta pouco... – destaco e ouço seu suspiro cansado. – Amanhã é a entrega do prêmio e você vai poder matar a saudade de uma vez. Além do mais, a partir de segunda-feira estaremos todos os dias no mesmo prédio. – acrescento.

— Eu sei. – ele murmura, aborrecido. – É só que... é tão difícil! – confessa e me derreto toda com suas próximas palavras. – Todo dia de manhã, a primeira coisa que penso é em como queria ter você ali, dormindo em cima do meu peito. Sinto falta do seu rosto inchado de sono e até do seu mau-humor matinal. – sorrio junto com ele. – Sinto falta de você me obrigando a fazer panquecas no café da manhã, das nossas implicâncias. Sinto falta do seu cheiro de fruta, do seu sorriso, do seu beijo... Sinto falta de nós dois! – acrescenta e, em meio ao seu discurso apaixonado, já estou me debulhando em lágrimas, saudade e emoção se misturando. – Você está chorando, sweet? – sua voz se torna preocupada.

— Relaxe. – eu fungo, tentando me controlar. – É só que eu também sinto saudades, entende? Dói querer tanto estar com você e não poder te ter aqui. E eu quero. Quero seu colo, seus beijos, seu cheiro, seu sorriso... Quero você, Oliver! – soluço.

— Deus! Você está acabando comigo, Felicity! – sua voz soa agoniada.

— O problema é que estou acabando comigo mesma também... – confesso. – Mal agüento a vontade de pedir pra você vir.

— Peça. – ele suplica rapidamente. – Apenas peça de uma vez.

Respiro fundo, tentando me decidir. No fim, minha necessidade absurda de tê-lo comigo me consome por inteiro, de uma forma que chega a me assustar.

Sweet...? – ele murmura, após meu silêncio.

— Venha. – fecho os olhos com força, soprando as palavras, e ouço seu suspiro aliviado, quase podendo ver seu sorriso gigantesco.

— Abra a porta pra mim, então. – ele devolve, docemente, pouco antes de eu ouvir as batidas.

Meu coração pula no peito e todo o meu corpo vibra ao me dar conta do que aquilo significa.

Simplesmente não dá pra negar: Eu pertenço a Oliver Queen!