Amor em 12 partes

Janeiro: O dia em que ele esqueceu.


O garoto andava pelo corredor da escola, segurando a mão da namorada, quando chegou a uma maravilhosa conclusão: Ele finalmente esqueceu.

Stiles e Malia estavam juntos há um ano, mas só naquele dia rotineiro, ele teve a certeza que esqueceu Lydia. O que o levou a essa certeza, não foi nenhum acontecimento especial ou diferente, mas ele sabia que se aquilo acontecesse meses antes, pareceria o fim do mundo.

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Enquanto saia da última aula do dia, conversando animadamente com Malia, Stiles presenciou Lydia finalmente ceder as investidas de Parrish. A ruiva dava uma risada frouxa, apoiando a mão no peito do policial e foi ali mesmo, na frente da porta da escola, com o homem aproveitando a hora de almoço para buscar a Banshee, que eles se beijaram.

Lydia jogou o corpo contra o do policial, eles se abraçaram, uniram as bocas e concretizaram um beijo profundo, saboroso e voraz. Stiles viu aquilo e pela primeira vez, desde a terceira série, não sentiu absolutamente nada.

Seu coração não acelerou, não sentiu mágoa, ciúmes, nem sequer se irritou. Stiles olhou o beijo com total descaso, entretido com a conversa que tinha com Malia e até mesmo ficou feliz, Lydia era sua amiga e ele desejava que ela arrumasse um homem bom, diferente de seus últimos namorados e o humano, definitivamente, gostava de Parrish.

Foi por causa desse pensamento, dessa falta de reação, que Stiles percebeu que depois de anos, conseguiu superar completamente a paixão por Lydia. Ele ficou tão feliz, tão aliviado por ter se libertado daquele sentimento forte, opressor, que gargalhou alto, deixando a coiote confusa.

— O que foi? — A garota perguntou, surpresa, interrompendo a fala no meio.

— Nada, só estou feliz.

— Assim, do nada?

— Sim, senhorita, assim do nada. — O humor na voz do humano era explícita, fazendo Malia sorrir automaticamente. — É que eu estou completamente apaixonado por uma garota, aí acabo agindo como bobo.

O sorriso da coiote aumentou, fazendo covinhas aparecerem em suas bochechas e tornando seus olhos pequenos, exprimidos.

— Essa garota deve ser muito sortuda. — Ela respondeu, manhosa, parando de andar quando saíram da escola.

— Ela é, já parou para observar como eu sou sexy? — Malia riu e Stiles encarou o próprio corpo com uma sobrancelha levantada, a expressão confiante. — Imagina como é ter esse corpinho a sua disposição.

— Consigo imaginar perfeitamente. — A essa altura, a menina já mordia os lábios e o sorriso do garoto se tornava malicioso. — Também consigo imaginar, você indo agora para minha casa.

— E as provas, mocinha? — Perguntou, provocativo, sem nem perceber que Parrish e Lydia continuavam a se beijar, próximos a eles.

— A gente estuda depois. — Ela se aproximou, roçando o nariz com o dele, os olhos castanhos brilhando de desejo. — Primeiro você vai lá para casa, ou se preferir, pode ser no Jeep mesmo.

A última frase foi sussurrada no ouvido do garoto, que estremeceu e sorriu genuinamente, segurando novamente a mão da namorada e a arrastando pelo estacionamento. Ela ria, travessa e ele simplesmente amava aquele som.

Quando eles se livraram das roupas, que pareciam um grande empecilho e realizaram seus desejos, Stiles se pegou pensando em Lydia, como já tinha acontecido diversas vezes, mas a diferença é que ele não pensava mais em como seria ter um momento de intimidade com a Banshee, mas sim, na alegria por ter se livrado daquele sentimento que o fez sofrer por tanto tempo.

Ele estava feliz por ter amadurecido o suficiente para esquecer a paixão infantil que o prendia, atrapalhando seu namoro com Malia e a amizade com a própria Lydia. Agora, tudo podia ser da forma certa, sem que ele continuasse se magoando por culpa das ilusões de sua mente, em que fantasiava que Lydia o correspondia.

“ Finalmente vou ser o namorado e o amigo que elas merecem”, foi o pensamento que teve, a respeito das mulheres mais importantes de sua vida.

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Como quase sempre acontecia, o Stilinski estava completamente enganado. Ele podia ser bom com deduções, pistas e enigmas, mas era desastroso com mulheres e não entendia nem um pouco as peças que o coração pregava, apesar dele ser uma grande vítima das artimanhas do amor.

Porém, naquele caso, ele não foi o único que se surpreendeu, que se enganou. Afinal, ninguém podia imaginar o que poderia acontecer graças a alguns dias comuns como aquele, porém que tiveram importância e influência o suficiente para separar casais e formar um novo.

Tudo isso a partir do dia que ele esqueceu.