Dons: Carbúnculo

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Elifaz adentrou uma enorme sala e olhou ao redor como se estivesse muito satisfeito. A decoração com tapeçarias indianas, louças de prata, estantes com ornamentos dourados e uma enorme claridade parecia alegrá-lo muito, mesmo que estivesse muito carregado.

Os olhos azuis do homem varreram toda a sala até pousarem sobre as pessoas que estavam sentadas sobre os sofás. Eram quatro homens e uma mulher, todos o encarando com aparente irritação. Ele abriu um largo sorriso como se aquilo não o incomodasse e se aproximou de todos, sentando-se numa poltrona.

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— Olá, senhores e senhora. Que bom que estão todos aqui.

— Dispensamos os cumprimentos, Elifaz — falou a mulher, cujo nome era Sofia. — Vamos direto ao ponto. Precisamos de um novo líder de ataque. Desde o fracasso de Marcos que culminou com a morte dele e de Katrina, os Óligos estão dispersos e sem reação.

— Certo — Elifaz respondeu sem desfazer seu sorriso. — Então precisamos nos reorganizar. Perdemos um número considerável de membros, mas não foi algo tão preocupante.

— Mas foi o suficiente para dispersar os demais — interrompeu Calebe, um homem jovem de cabelos prateados.

— Concordo. Então, qual de nós assumirá o lugar de Katrina como líder do novo grupo de ataque? — John, um homem grande de barba escura, inquiriu.

— Eu voto por Calebe — Sofia falou. — Ele já pertenceu ao exército da Ordem, conhece suas fraquezas e pode desenvolver boas estratégias de ataque, não, Calebe?

O homem encarou cada um dos presentes. Estes se entreolharam e cada um acenou positivamente. Elifaz o olhava sem desfazer seu sorriso, e deu seu aval por fim.

— Muito bem, Calebe, você conseguiu. Terá sua chance de provar seu real valor para nós. Reorganize nosso grupo de ataque e depois nos reuniremos novamente para discutir o que será feito. Ainda não podemos agir.

Calebe acenou positivamente com a cabeça e sorriu, satisfeito.

***

Elric, Michael e Christophe chegaram à casa de Kurt logo pela manhã. As gêmeas já estavam lá em companhia de Fábio, assim como o resto da família Raimann.

Todos se encontraram lá para receber Bella, e estavam muito surpresos por seu retorno repentino, além de curiosos em relação à visita que ela falara que chegaria.

Enquanto conversavam, Alícia e Kurt serviam a todos um reforçado café da manhã. Adela colocava Bella à par de tudo o que acontecera enquanto ela estivera fora, e a história a impressionava sobremaneira.

Não demorou muito e a campainha tocou. Bella se alegrou de repente e correu para atender, já sabendo se tratar de sua visita.

Os Raimann entreolhavam-se, inquirindo quem seria a pessoa convidada de Bella. Assim que a mulher entrou acompanhada de uma jovem japonesa de rosto pálido e delicado, alguns queixos caíram, e a expressão de surpresa estampou o rosto dos mais velhos. Já os mais jovens como Fábio e Leandro não sabiam de quem se tratava.

— Família — Bella falou —, deem as boas-vindas à minha sobrinha que veio da França. Mary Ann Blanche — ela se voltou para a jovem —, fique à vontade.

Arigatou gozaimasu — Mary Ann respondeu num tom quase cantante. Sua voz era leve e aveludada, e sua expressão era serena e muito atraente.

— Vocês terão muito tempo para conhece-la — Bella falou para os filhos, enquanto os mais velhos se aproximaram para cumprimentar a jovem.