Arroz e Uva Passa

Esta é uma história de amor...


O Sr. Arroz e a Sra. Uva Passas eram um casal feliz, viam-se poucas vezes no ano é verdade, mas ainda sim eram felizes pois sabiam que uma hora ou outra iam se reencontrar.

O final do ano era sua época favorita, eles viam-se quase que quatro vezes em um intervalo de um mês, era tão perfeito e maravilhoso, as festas, as comidas que os permitiam encontrar-se com seus amigos, a Sra. Ervilha, o Sr. Milho e muitos outros, eram tão felizes, mesmo que muitas vezes fossem brutalmente separados por alguém que não gosta da Sra. Uva Passas, por alguém que acha que eles, os dois, não servem para ficarem juntos e isso, ah isso a magoava profundamente.

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As pessoas tinham gostos tão excêntricos, eles amam jogar a Sra. Uva Passas e suas tão fieis amigas, as Frutinhas Cristalizadas, junto daquele pão seco e mal humorado conhecido como Panetone, por Deus, que as Frutinhas não me ouçam falando assim, elas amam aquele pão. Mas ao mesmo tempo que amem isso, odeiam juntar a Sra. Uva Passas com quem ela tanto ama, o Sr. Arroz.

Já Arroz (como preferia ser chamado pelos mais íntimos) odiava tudo, odiava ser consumido o ano todo, todos os dias (sem folgas, férias ou feriado) por todos. Ele obviamente não se importaria de ter a mesma rotina, porém com a companhia de sua amada Uvinha, como a chamava nos poucos momentos que conseguiam a sós. Ele também odiava aquelas crianças chatas que o separavam de sua amada por simples capricho, ou aquelas pessoas que os engoliam de mal gosto, com uma careta, ah como o Sr. Arroz odeia tais pessoas.

Ele também sentia muito ciúmes, ciúmes do velho e chato Panetone, assim como Panetone sentia dele (mas isso é assunto para outra história, para outro dia). As vezes o Sr. Arroz vinha acompanhado de grandes quantidades de Ervilhas, Milhos e outros legumes em cubinhos, não que ele não gostasse de seus amigos, o grande problema era que sua amada vinha em poucas quantidades, bem pouquinhas.

O amor de ambos era tão belo, mas tão difícil de existir porém, mesmo com todas essas dificuldades, ele estava lá, firme e forte. A cada feriado que uma tia chata os juntava, a cada natal em que seu presente era o reencontro sofrido e imensamente esperado, a cada ano novo que eles estavam lá, juntos e, também, a cada vez que a doce uvinha era deixada de lado, sem ser usada, mas que o arroz a esperava, sempre no mesmo lugar, ano após ano.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.