Cold As Snow
Perdões e uma explicação de cobra
Eu acordo com meu corpo balançando, não sei quem é ao certo em cima de mim.
— MIA OLIVER ACORDA AGORA! – Uma pessoa grita bem alto que eu quase caio da cama.
Só poderia ser a Rosalya. Eu esfrego meus olhos e me viro para olhar quem é o ser vivo, e adivinhem? Era a Rosa mesmo.
— Que horas são? – Pergunto sonolenta e esfregando os olhos.
— Cinco e vinte. – Ela responde.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Ainda? – Reclamo.
— C-L-A-R-O! Temos muita coisa para hoje, já preparei o seu uniforme, a banheira e seu café lá em baixo, levanta!
— Já vaai... – Eu falo sonolenta.
— ANDA LOGO! – Ela reclama. – Antes que eu te jogue de pijama na banheira!
Depois dessa última ameaça dela, eu levantei e fui ao banheiro. Tomei meu banho, escovei os dentes e me vesti para ir, antes disso eu coloco a comida do Snow. Desci as escadas e Rosa estava sentada na mesa junto do café da manhã. Eu me sento lá e como enquanto ela me olha.
— Vamos precisar de ajuda. – Ela comenta. – Só eu, você e o Kyle não daremos conta de fazer tudo em um dia.
Snow aparece do meu lado e eu o pego no colo, o mesmo adormece.
— Tem razão, como podemos ter esquecido isso tão facilmente? – Comento enquanto como.
— Pois então...! – Ela se exalta.
Ela puxa o celular e começa a digitar rapidamente.
— O que ta fazendo? – Pergunto.
— Chamando a minha “pequena ajuda”. – Ela explica e depois guarda o celular.
Eu acabo o café.
— Vamos? – Ela pergunta inquieta.
— Vamos. – Eu afirmo.
Eu subo rapidamente as escadas com ela e ambas fomos pegar nossas mochilas, depois nós deixamos um bilhete e seguimos caminho.
Ficamos trocando idéias sobre o que fazer, porém tudo iria dar muito trabalho, precisaríamos mesmo de reforços. Chegando à frente da escola eu me deparo com Kentin, Castiel, Alexy e... Nathaniel?
— O que ele faz aqui? – Eu cochicho apontando para a Rosa.
— Veio nos ajudar. – Ela cochicha de volta. – E você não irá me fazer mudar de ideia. – Ela avisa.
Nos aproximamos e nos cumprimentamos. Eu e Nathaniel só olhamos um para o outro e demos um sorriso sem tocar os olhos. Rosa começa a explicar, mas eu nem presto muita atenção. Entramos na sala com ela ainda explicando, eu me sentei do lado de Kentin.
— Oi. – Eu o cumprimento.
— Oi. – Ele me devolve sorrindo.
— Como vai sua mãe? – Pergunto.
— Bom... Ela está na mesma. – Ele abaixa a cabeça.
— Hey... Não fica assim. – Eu sorrio de leve para ele.
— Gostaria de vir comigo visitá-la hoje? – Ele pergunta.
— Seria bom. – Eu dou um breve sorriso.
— DÁ PRA VOCÊS DOIS PRESTAREM ATENÇÃO? – Rosalya nos chama atenção totalmente brava.
—... Mais estamos... – Eu tento disfarçar.
— Ah é? – Ela cruza os braços. – Do que eu falava então?
Eu e Kentin ficamos calados apenas olhando para ela.
— Foi o que pensei. – Ela respira fundo e começa a explicar. – Não teremos tempo para fazer muita coisa, poderíamos fazer um jantar simples, rosas vermelhas, um som e um ambiente agradável a luz da lua. Eu irei dividir tudo em grupos de três pessoas... – Eu a interrompo.
— E o Kyle? – Pergunto.
— Ele irá nos levar aos lugares, ele disse que não sabe muito dessas coisas. – Ela explica. – Eu quero TODOS vocês aqui depois da aula. Os grupos serão: Eu, Alexy e Castiel; Mia, Kentin e Nath. – Ela dá um breve sorriso. – Antes que me peçam, sem mudanças. – Ela lança um olhar mortal e todos assentiram.
Rosalya quando quer pode ser a pessoa mais assustadora que você conhece.
A aula começa e agora eu tinha de prestar atenção, provas viriam mais tarde...
~X~
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Acabou a aula e eu ainda não saí da sala, Rosa vai querer me engolir quando eu chegar. Eu guardo tudo e me levanto para ir em direção a porta, mas alguém me impede me segurando pela mão.
— Mia...? – Era Nathaniel. – Podemos conversar, por favor? Você prometeu.
— Se eu prometi... - Eu dou de ombros e fico cara a cara com ele. – Fale.
— Me desculpa por tudo aquilo de quando estávamos juntos, eu estava passando por momentos difíceis, eu gosto muito da sua companhia, me encheram a cabeça se aproveitando da minha situação anormal... Desculpa-me, por favor! – Ele se explica praticamente com os olhos vermelhos.
Eu que estava de braços cruzados a sua frente de testa franzida, fui mudando de expressão, eu estava pensando na possibilidade de ter sido severa com ele... Porém eu preciso de ajuda num momento desses.
— Nath... Eu preciso pensar, foi ruim para mim... – Ele me corta.
— Eu sei Mi. – Ele se aproxima e pega nas minhas duas mãos. – Foi tão difícil para você quanto para mim, te escondi coisas como o que estava havendo e acabei descontando em você. Eu não deveria ter feito isso, você não merecia passar por isso comigo... Eu queria te poupar de sofrer comigo e fiz pior. – Ele aperta os olhos.
— Eu... Nem sei, Nathaniel. Estávamos juntos, você deveria ter me contado o que havia... E a propósito, o que havia? – Eu pergunto e vejo que ele fica desconfortável.
— N-Nada. – Ele fica muito incomodado.
— Esse “nada” acabou com o que tínhamos, era grande coisa sim. – Eu insisto.
— Por favor, Mi. Só me desculpe.
— Eu preciso pensar...
— Eu posso te pedir só uma coisa?
— Peça.
— Um abraço? – Ele pergunta por um fio.
— T-Tá.
Eu me aproximo e o abraço, ele parecia sentir falta. Eu acabo apertando suas costas e ele geme um pouco de dor.
— Te machuquei? – Pergunto.
— N-Não, nada.
- Ah, ta bem... Vá na frente e avise a Rosa de que irei logo ao supermercado comprar as coisas depois. – Eu peço.
Ele apenas assentiu e saiu da sala. Eu me sento na cadeira e apoio minha cabeça em minhas mãos. Eu ouço a porta abrir, depois fechar bruscamente e passos vindo rapidamente em minha direção. Eu nem ligo, apenas continuo fazendo o que estava fazendo, até que a pessoa começa a falar comigo.
— Quem você pensa que é? – Era uma voz familiar.
Eu ergo a cabeça e me deparo com a Melody totalmente furiosa em minha frente.
— Hã? – Pergunto.
— Quem você acha que é para estragar tudo o que construí com o Nathaniel?
— Do que você ta falando? – Fico mais confusa ainda.
— Eu não enchi a cabeça dele sobre coisas ruins de você, para a mesma simplesmente roubá-lo de mim! – Depois do que ela falou, ela tampa a boca.
— O que você falou? – Eu me levanto da cadeira e elevo o tom.
— Nada! – Ela tenta disfarçar.
— Você acabou de falar que eu terminei com o Nathaniel por SUA culpa? – Pergunto totalmente transtornada.
— E-Eu não falei nada! – Ela fala com voz trêmula.
— Eu poderia te bater agora! – Eu elevo mais ainda o tom.
Respiro fundo e tento relaxar. Eu me aproximo da cobra
— Só some do meu caminho, pois eu posso fazer pior. – Eu a alerto.
Saio da sala totalmente transtornada, eu pego um táxi e digo o destino. Terminei um namoro por culpa dela! Eu ainda não acredito que ela fez isso comigo só para ter o Nath. Eu vou me descabelar por ter ficado de mal com o Nathaniel por causa de mentiras, odeio mentiras!
Eu pelo visto cheguei cedo no local de encontro. Ela vai me pegar, de alguma forma ela vai me pagar pelo o que fez, ela me machucou e fez eu ficar de mal com alguém que gostava de mim, eu magoei alguém por culpa dela... EU QUERO ESGANAR ELA!
— Ei, ta tudo bem? – Kentin me tira dos meus devaneios.
— AAH! – Eu acabo me assustando. – Desculpa, por que a pergunta?
— Por que você tava dando um ataque aí sozinha. – Ele explica com um ar de quem quer rir.
Eu percebo que eu estava feito louca ali, minha bochecha começa a pegar fogo de tanta vergonha. Ficamos conversando a espera de Nathaniel. Ele não demora a chegar.
Entramos no supermercado com a lista de compras que a Rosa me mandou pelo celular, eu acabo ficando só com o Nathaniel pois Kentin foi pegar alguns legumes.
— Já pensou? – Ele pergunta.
— Sim... E me desculpa. – Eu baixo a cabeça e ele solta um pequeno riso.
— Sou eu quem falo isso. – Ele me fala sorrindo.
— Ambos falaremos então. – Eu tento acertar um acordo.
— Tá bem então.
Viramos-nos e ficamos de frente um para o outro.
— Desculpa. – Pedimos juntos.
Eu o abraço e ele também faz o mesmo comigo. Eu acabo lembrando de mais cedo e aperto suas costas, ele reclama de novo.
— Ai...
— T-Te machuquei? – Pergunto preocupada.
— N-N-Não, apenas uma dor nas costas por algumas coisas... – Ele desvia o olhar.
— Não quer me contar? – Eu pergunto.
— Não é nada grave. – Ele tenta disfarçar.
— Você sabe que eu irei descobrir. – Eu lanço um sorriso travesso sobre ele.
— N-Não vai. – Ele me contraria ainda desviando o olhar.
Senti falta de falar com ele.
— Eu fiquei sabendo de tudo... – Comento.
— De tudo o que?! – Ele fica pálido.
— Da Melody e etc... De tudo que ela fez. – Eu explico.
— Ah, pois é e eu de idiota acreditei em tudo. Eu fui muito idiota.
— Não foi sua culpa, não estava estável. – Eu tento acalmá-lo.
— Obrigado por compreender. – Ele sorri.
— ARRRN ANNN. – Alguém tosse forte.
Era Kentin.
— Vamos continuar com as compras? – Ele pergunta meio bravo.
— Claro. – Eu concordo.
Terminamos de comprar tudo e depois fomos até minha casa para preparar as receitas.
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