Cold As Snow

Porão


— Tu me paga Alexy! – Rosa tenta voar em cima dele, mas meu irmão a segura.

— Calma Rosa. – Kyle a puxa para perto, ela cruza os braços e fica de cara emburrada.

— Tá. – Ela diz com a cara ainda fechada. Meu irmão a solta; no mesmo instante ela dá um tapa no braço do Alexy.

— AI! – Alexy reclama. – Isso tudo por causa do rato?

— NÃO NÉ! – Ela exclama.

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— Pelo o que então? – Alexy pergunta confuso.

— É por... Que... – Ela cora e Alexy fica confuso de novo, mas logo entende.

— Aaah... Desculpa então. – Ele coça a cabeça e sorri.

— Te desculpo, mas não significa que não irei me vingar. – Ela avisa com um sorriso travesso. Alexy abre um sorriso forçado em linha reta, ele parecia com medo.

— Tá bom. – Eu puxo Rosa pra um pouco longe do Alexy. – Agora é a vez do Armin com o Nath.

— Não vai dar agora, Nathaniel está num telefonema e não voltou até agora, acho que vai demorar. – Ele diz com um sorriso enorme na cara.

— Pelo o menos disfarça né Armin. – Eu o empurro e ele ri.

— Então pela ordem é... – Rosa fica procurando na listinha que a Vio fez. – Castiel e Mia. – Ela olha na minha direção com um sorriso travesso.

— Okaay. – Eu me levanto e vou em direção do corredor. – Tu não vens? – Pergunto olhando para o Castiel.

— Não. – Ele fecha os olhos.

— Cassy, meu amigo querido... – Rosa o chama.

Ela o olhava com um olhar de dar medo.

— Tô levantando já. – Ele se levanta rapidamente. - Era só brincadeirinha. – Ele ri forçado.

— Que bom. Agora vão.

Nós subimos as escadas do corredor e fomos até o fim dele, onde tinha outro corredor com uma escada e uma porta no final, e entramos. Foi um pouco difícil de abrir, mas tudo bem, entramos e começamos a procurar. Eu fui inventar de tirar uma caixa de cima da outra, mas não deu muito certo não, comecei a cambalear.

— Ou, ou, ou, ouuuu. – Eu ia caindo, mas alguém me segura.

— Heh, vai com calma com as caixas baixinha. – Ele sorri de canto.

— Idiota. – Sorrio de volta, mas revirando os olhos.

Nós começamos a procurar coisas legais ali no meio daquilo tudo, eu achei uma foto antiga e uns esboços, mas nada era tipo: Uau! Eu comecei a mexer mais e achei um diário, legal. Eu procurei mais e achei um saco de bolinhas de isopor; tive uma ideia.

— Psiu. – Chamo-o e o mesmo olha.

— O q... – Eu jogo uma bolinha nele antes que ele perceba. – Au! Você vai ver...

Ele começa a correr atrás de mim e ficamos nessa por um tempo durante dois idiotas.

— Tá... Uma trégua. – Eu peço.

Sentamos-nos um pouco no chão para descansar.

— Mia. – Castiel chama.

— Eu. – Respondo.

— Agora que estamos sozinhos, podemos conversar?

—... Pode, eu acho. – Eu abraço meus joelhos e fico olhando pra ele.

— Por que você tá assim?

— Assim como?

— Grossa comigo sabe, você era bem legal comigo, vivíamos juntos, daí tudo mudou, e você me evita desde então...

— Ah... Sei lá. Eu fiquei meio estranha com a chegada da sua “amiguinha”, me senti desconfortável.

—... - Ele não fala nada.

— E também, pelo jeito que ela me olhava, sabia que minha presença incomodava. – Eu abraço mais as minhas pernas.

—... – Ele continua em silêncio.

— Vai falar nada não? Pelo que eu saiba, uma conversa se faz com duas ou mais pessoas, não uma. – Reviro os olhos.

— Mia... Posso te perguntar uma coisa?

— Hum... Acho que sim.

— Você... Sabe, sentiu ciúmes da Mary?

Eu fico com uma cara surpresa e percebo que eu corei. Ficamos um tempo em silêncio.

— Precisamos ir. – Eu falo. – Não achamos nada.

Eu me levanto para abrir a porta.

Castiel

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— Mia... Posso te perguntar uma coisa? – Eu a encaro e pergunto.

— Hum... Acho que sim.

— Você... Sabe, sentiu ciúmes da Mary?

Ela ficou com uma cara surpresa e percebo que ela corou. O silêncio toma de conta.

— Precisamos ir. – Ela dispara. – Não achamos nada.

Ela se levanta para abrir a porta.

— Mia... – Eu a chamo. – Não fuja de novo, sério.

— Nem se eu quisesse eu iria fugir... – Ela me responde com a mão ainda no trinco.

— Uh? – Fico um pouco confuso. – V-Você não quer ir?

— Não é isso idiota. A porta não quer abrir, acho que emperrou.

— Hã? Deixa-me ver, deve ser bem porque você é fraca. – Eu sorrio para ela e ela me dá língua.

Eu pressiono o trinco, empurro a porta e nada. Chuto a porta... E nada.

— Quem é a fraca agora? – Ela está de braços cruzados rindo da minha cara.

— Ha ha, engraçadinha. – Dou língua. – Mas é sério, estamos presos.

— P-Presos? – Ela fica assustada.

— Sim, por q... – Ela me corta.

— EU NÃO QUERO FICAR PRESA AQUI! E SE UM FANTASMA ME PEGAR? E SE ESQUECEREM DE NÓS? WAAAAH! – Ela está surtando e bagunçando o cabelo.

Eu chego perto dela e seguro seus pulsos.

— Calma, eu estou aqui com você... Calma. – Eu falo bem calmamente para ela não surtar de novo.

Estávamos nos olhando, e era intenso.

— Sim... – Ela fala baixo.

— Uh?

— Eu senti ciúmes da Mary... – Ela tira os pulsos dali e abaixa a cabeça.

Mia

— Sim... – Eu falo baixo.

— Uh? – Ele me olha confuso.

— Eu senti ciúmes da Mary... – Eu tiro os pulsos dali e abaixo a cabeça.

— S-Sério? – Ele parecia surpreso por eu admitir.

— Sim. – Eu mordo o lábio inferior.

— E por que você não deixou eu te beijar daquela vez?

— Eu sei lá... – Eu me jogo em um colchão que lá havia.

Ele deita do meu lado.

— Por que beijou o Nathaniel na festa?

— Vai começar... – Reclamo.

— Estamos presos aqui, você não tem saída.

— Confesse que você tá amando fazer esse questionário. – Rio de leve.

— Digamos que sim, agora responde.

— Ué, porque eu quis... E também raiva.

— Raiva?

— Sim. – Eu me levanto e me sento. – Eu vi você e a Mary se agarrando na festa, aquilo doeu muito.

— Ah... – Ele se senta e baixa a cabeça. – Me pergunto como seria se ela não tivesse me beijado e eu aceitado.

— Seria... Diferente. – Eu sorrio pra ele.

Eu coloco minha cabeça nos joelhos cujo eu estou abraçando e fico olhando para ele enquanto sorrio.

— Senti saudades de falar com você... – Ele fala sorrindo.

Assim você acaba comigo.

— Hã? – Ele ergue uma sobrancelha ainda me olhando.

— E-Eu falei isso alto?

Ele assentiu.

— Q-Quer dizer, também senti. – Volto a sorrir e ele cora.

Ficamos nos encarando com um sorriso estranho na cara. Ele está se aproximando, eu pensei em me distanciar, mas eu não consegui.

— Oh Mi... – Ele fala num tom calmo.

Ele pega meu queixo com o dedo indicador e me beija, ele me puxa para perto pela cintura, ele me beija de um jeito... Bom? Eu retribuo o beijo dele, nós caímos no colchão, mas ainda nos beijando, era tão bom beijar ele... Não sei por que nunca deixei. Nós nos separamos por falta de ar.

— Eu... Te... Amo. – Castiel fala baixo no meu ouvido e eu coro muito.

Eu não sabia o que fazer, só fechei os olhos.