Cold As Snow
Meu Filho Quebrou!
— Uhum, tá, conte outra querido. – Fico sorrindo pra ele na zoa mesmo.
— SOMENTE INFORMAÇÃO TÁ?
— O que é somente informação? – Rosa chega com os pedidos.
— N-Nada não Rosa. – Meu irmão oferece o pior sorriso que alguém pode oferecer no planeta para a Rosa, e isso a faz rir.
— Para de me olhar assim, tá me fazendo rir. – Ela comenta sorrindo e ele cora.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Nós comemos nosso lanche de boa, gostei de passar um tempo com eles.
— Mia, a propósito, seu aniversário tá chegando né? – Meu irmão me lembra.
— Já passou. – Eu rio e Rosa também. – Me conhece tão bem irmãozinho. – Eu aperto sua bochecha e ele me dá língua. – Ô coisa linda meu deus. – Rosa ri.
— Aaai... Paaraa! Tá doendo!
— Eu estava com tantas saudades de encher o seu saco Kyle. – Eu rio e ele me dá língua.
— Me ame menos irmãzinha.
— Não se iluda não. – Mando um beijo.
Nós ficamos conversando, foi bem legal. Depois fomos ao playground, Kyle ensinou a Rosa a mexer numa arma no jogo de zumbis, ele tava mais corado que meus fones vermelhos. Eu ri tanto dele que vocês nem imagina, ele travava mais do que não sei o que. Fomos à parede de escalada, dançamos... Enfim, foi bem divertido. Depois disto tudo, fomos pegar um cineminha, deixei o Kyle sentar perto da Rosa, o que o deixou beem desconfortável. Saímos de lá quando o sol já havia se posto, fomos logo para casa. Ficamos ouvindo uma músiquinha leve como Linking Park, nada de mais sabe? Pra deixar o clima leve. Kyle deixou Rosa na sua casa e nós fomos para a nossa. Entramos em casa e nosso pai já havia chego.
— Oi pai... – Eu ofereci um sorriso que parecia uma cabra morrendo.
— Oi... – Meu irmão fez à mesma coisa. Nós saímos sem avisar.
— Por que não me avisaram? Fiquei preocupado. Venham cá, me dêem um abraço. – Ele nos abraça. – Vocês são tudo o que tenho, não saiam assim de novo, ok?
— Ok... – Concordamos. Ele puxa uma mecha de cada cabelo.
— AAAI! – Reclamamos juntos. – PAAI! – Juntos again.
— Desculpa. – Ele ri. – Mas tinha de ter punição.
Nós ficamos ali no sofá com nosso pai vendo tv e jogando conversa fora. Foi legal. Depois subimos, quando estávamos quase lá em cima nosso pai nos chama.
— Heey, errr... Adolescentes. – Ele nos chama de “adolescentes” porque não gostamos de “criança”.
— Nós. – Gritamos.
— O que vocês acham de dormir no meu quarto hoje? Sabe dormir com o papai.
Eu e meu irmão olhamos um para o outro com o sinal de “por que não, né?”.
— Ta okay então pai, só vou tomar meu banho e vestir meu pijama.
— Também. – Meu irmão adverte.
— Tudo bem, também vou tomar meu banho.
Eu subo e me jogo na banheira, passo uns 10 minutos boiando lá, depois saio e visto minha camisola deliciosa de dormir, coloco minhas pantufas e faço um coque no cabelo. Chegando ao quarto do papai meu irmão já estava deitado na cama somente com uma calça de moletom.
— Crie vergonha e vá vestir uma blusa. – Reviro os olhos.
— Crie vergonha e vá vestir uma calça. – Retruca.
— Já estão brigando de novo? – Meu pai ri enquanto termina de abotoar a camisa do pijama.
— Viu? Papai sabe o que é se vestir com um pijama descente. – Digo apontando com a mão.
— Viu? Papai sabe o que é uma calça de pijama. – Ele retruca e meu pai ri.
— Senti saudades dessas brigas bestas de vocês dois. – Ele beija a testa de cada um.
— Tá okay, parei. Agora dê espaço ô folgado, a cama é uma King size e tu tá esparramado ai. – Reclamo enquanto empurro meu irmão.
— Se movimentar dá muito trabalhooo. – Eu olho feio para ele e ele se deita direto.
Eu me deito e me esparramo pior do que meu irmão estava, tanto que fico até em cima dele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— AAAH! Beeem melhor. – Me espreguiço.
— Te sai daqui ô folgada. – Ele me empurra e meu celular cai de tela no chão, meu coração falta sair pela boca.
— FILHO DUMA MÃE, TU DERRUBOU MEU TELEFONE SEU FUDIDO! – Eu o empurro e o dele quase cai.
Eu saio da cama num pulo e vou pegar meu celular que está só o estilhaço. Mano eu chorei.
— SEU LASCADO DO CARALHO! TU QUEBROU MEU FILHO! VOU TE MATAR SEU... CARALHO. – Eu realmente estava muito puta naquele momento.
Eu o empurrei e comecei a bater nele, arranhei muito, meu pai só percebeu quando se virou para pegar o controle da televisão.
— O QUE TÁ HAVENDO AQUI? – Meu pai fala bem alto e nós nos aquietamos.
— Ele quebrou meu celular... – Eu ergo meu telefone para ele ver. – E por isso bati nele.
— Mas foi ela quem começou!
— Não pedi pra você quebrar meu filhote!
— CHEGA! – Meu pai se estressou. - *Suspiro*. Eu só queria relaxar com meus filhos hoje, mas tá difícil. – Nós dois ficamos cabisbaixos.
— Desculpa pai. – falamos em coro.
— *Respira fundo*. Tudo bem, vamos relaxar agora tá? – Assentimos com a cabeça.
Ficamos vendo um filme de terror no quarto do papai, eu fiquei de um lado e Kyle de outro, não olhei na cara dele, quebrou meu telefone aquele... Grrrrr. Não demorei muito e dormi, estava morta de cansada e precisava de um sono. Acordo primeiro que meu irmão, me arrumo e desço para ir para escola.
— Tchau pai.
— Tchau... Mas você não vai esperar seu irmão? – Meu pai questiona.
— Não, ele sabe se virar sozinho.
— Ah, ok. Eu te deixo na escola, vem.
Meu pai me deu carona até minha querida escola, não estava nem um pouco afim de ir hoje, mas estava muito menos afim de ver a cara do meu irmão.
— Tchau pai. – Dou um beijo na bochecha dele e saio.
— Tchau querida. Boa aula. – Ele acena para mim.
Eu entro naquela escola, eu estava de mau humor. Alguém chega e dá uma batidinha no meu quadril, minhas pernas pareciam gelatinas, eu acabo caindo.
— AI CACETE! – Eu atinjo o chão com tudo mas apoio as mão pra não tacar a cara.
— Ops, não vi você ai, é muito insignificante. – Era a Melody.
— Fale bem ou fale mal... – Eu canto e ela se vira.
— O que? – Ela parece brava.
— O que? – Eu a imito ‘parecendo’ confusa.
Eu juntei meus fones e uma sombra aparece do meu lado. Era o loiro.
— Bom dia. – Ele me ajuda a levantar.
— Péssimo dia.
— Mas já?
— Acordei de mau humor, só isso e nada mais.
— Ah, ok então. – Ele sorri. – Preciso resolver umas coisas, depois à gente se vê.
— Okay então, até depois.
Eu bato no meu uniforme pra tirar a poeira, eu pego meus fones e o coloco de novo, vou à direção da sala. Chegando lá, tem gente, não to nem um pouco afim de companhia, principalmente do ruivo.
— Mereço... – Sussurro e reviro meus olhos. – Coloco minha mochila depois... – Sussurro de novo e começo a sair de fininho. Por mais que eu queira falar com ele, meu ego não permite.
— Ei Mi, espera! – Merda! Ele me viu. Ele me chama antes de eu sair da sala.
Eu aperto meus lábios e me viro para falar com ele.
— O que é? – Olho sem expressão nenhuma.
— Podemos conversar? – Ele pergunta levantando as duas sobrancelhas.
— Não. – Digo colocando minha mochila na cadeira e depois vou à direção da porta. Com “colocar”, tá mais pra “jogar” na cadeira.
Na hora que eu pego no trinco para abrir a porta ele segura meu braço.
— Por favor... – Ele pede.
Eu olho para ele apertando meus lábios de novo.
— Tá. Se você tá fazendo tanta questão assim. – Digo colocando intensidade no “tanto”.
Eu sento-me na mesa do professor e ele pega uma cadeira para ficar de frente comigo.
— Então, o que quer ruivo? – Pergunto levantando uma sobrancelha.
— Quero saber por que me evita e por que está andando com o idiota do representante.
— Primeiro, estou te evitando por mil e três motivos. Segundo, eu ando com quem eu quiser “falô”? – Ele bufa.
— Tanto faz, só não gosto dele com você.
— O que te importa com quem ando? Você tem namorada lembra? E pelo o que eu lembro, eu ando a te evitar.
— Calma “ae” Mi. Não precisa se estressar. – Eu bufo. – Agora me fala esses “motivos” que você tem para me evitar. – Ele diz fazendo aspas com os dedos no “motivos”.
Eu fico em silêncio. Rosayla entra na sala.
— Mi, eu tava te... – Ela para. – Desculpa se eu atrapalhei já to de saída.
— Espera Rosa! – Eu a impeço e ela se vira. – Não atrapalhou nada, não tenho nada a falar com ele. – Eu me levanto e saio dali.
— Mas estávamos convers... – Eu olho para ele e ele se cala.
— Não tenho nada pra falar com você, okay?
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