Can't Be So Wrong - Versão 2.0

Capítulo 8 - Hipoteticamente


Capítulo 8 - Hipoteticamente

Hermione PDV:

Levei alguns minutos para arrumar meu desastre capilar e minhas roupas, então desci de volta.

O jantar havia sido um pouco agitado e eu não estava com muita paciência para aquilo. De qualquer forma, era bastante diferente a sensação de ter Viktor Krum (O Viktor Krum) me encarando durante a refeição logo após ter tido o primeiro beijo com George no meio do jardim vazio.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

E logo antes de beijar Fred.

Quer dizer... Isso é um pouco assustador. Eu precisava lidar com Fred e George e suas investidas loucas e... Bem, era confuso demais ter tudo aqui na minha mente.

E eu imaginando que seria um ano calmo.

Quando desci de volta ao salão, os gêmeos me encaravam com sorrisos maliciosos no rosto.

Oh, Merlin... O quê eles estavam pensando?

— Hermione. – Ron me chamou assim que me sentei entre ele e Harry. – Quem acha que vai ser o campeão de Hogwarts?

Dei de ombros. Eu não estava exatamente dando atenção ao torneio naquele momento. Havia tanto a se preocupar, porquê me preocupar com algo tão insignificante.

— Não sei, não conheço muita gente do 7º ano. – Confessei. – Só espero que o campeão de Hogwarts possa nos honrar.

Meu melhor amigo ruivo inflou o peito.

— Tenho absoluta certeza de que Krum será o campeão de Durmstrang. – Declarou e revirei os olhos, fazendo Harry rir.

— Lá vem você com essa de Krum outra vez. – Resmunguei. – O Cálice vai decidir, e ele é uma pessoa pra ceder aos seus sonhos.

Viktor Krum poderia muito bem ser a alma gêmea de Ronald com toda essa atenção que ele dava ao jogador (que nem sabia que ele existia, diga-se de passagem).

— Hermione, ele é o maior jogador de todos os tempos. – Contestou como se estivesse ofendido. – Eu nem sabia que ele ainda estava na escola. Não parece ter 17 anos.

Dei de ombros novamente, manifestando uma teoria que havia criado um pouco depois das escolas novas terem sido introduzidas aos alunos.

— Quem sabe a escola venha tentando mantê-lo lá. – Comentei.

Ron pareceu não aceitar muito bem a ideia.

— Está chamando Krum de burro? – Ele arregalou os olhos como se estivesse irritado.

Como se estivesse? Desculpe o erro: Ele estava irritado. Profundamente irritado.

— Ron, ele nem sabe da sua existência. – Lembrei. – Porque se importa tanto?

Meu amigo revirou os olhos como se fosse o dono da verdade, cruzando os braços.

— Hermione, ele sabe da minha existência. Ele me viu hoje, até esbarrou em mim sem querer. – Tocou o tecido da capa. – Eu nunca mais vou lavar essa capa.

Ri pelo nariz com sua paixonite estranha.

— Depois eu que era piradinha pelo Lockhart no 2º ano. – Revirei os olhos.

Bom... Eu era.

— E era mesmo. – Harry corrigiu ao meu lado.

— Ele era bonitinho. – Lembrei. – Burro, sem caráter e covarde, mas ainda era bonitinho.

Harry riu, tocando em meu braço.

— Gostei da parte do burro sem caráter e covarde. Ele tentou apagar a nossa memória, Hermione.

— Foi a partir daí que ele não me pareceu mais tão legal. – Expliquei a parte óbvia.

Harry e Rony reviraram os olhos e continuamos conversando até a noite chegar ao fim.

Fred PDV:

Encarei meu irmão com surpresa e diversão enquanto ele me contava sobre sua tarde nos jardins com a doce Hermione.

— Isso é um pouco surpreendente. – Notei.

— Por quê? Achou que eu não faria nada? – Pôs as mãos atrás da cabeça.

— Não é isso. É que nós tivemos um momento no salão comunal quando você e os outros estavam no salão principal.

O rosto quase idêntico ao meu franziu as sobrancelhas, inclinando-se em minha direção.

— Um momento?

Confirmei e contei-lhe sobre a cena, deixando-o boquiaberto.

— Não acredito. – Abriu a boca. – Eu jurava que ela era uma santinha.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Gargalhamos juntos e ele sorriu com um olhar distante.

— Eu realmente gosto dela. – Confessou.

Franzi as sobrancelhas e suspirei.

Ele estava apaixonado por ela, e eu também.

Eu podia me apaixonar por qualquer garota. Qualquer uma mesmo, podia querer qualquer uma, mas eu havia me apaixonado exatamente pela mesma garota que meu irmão também era apaixonado.

Era insano.

Mas aqueles olhos com de mel eram irresistíveis de se olhar. E aquele cabelo macio era irresistível de se tocar.

— Mentes parecidas pensam iguais. – Meu irmão murmurou. – Você também está apaixonado por ela.

Confirmei e ele suspirou. Ficamos em silêncio por um longo tempo, buscando por uma solução para aquilo. Podíamos fazer um acordo e nenhum de nós se aproximar mais dela, mas seria doloroso demais.

Podíamos deixá-la escolher, mas aquilo poderia se por entre nós e não queríamos nada entre nosso relacionamento.

— Nós podemos dividi-la. – Sugeri.

George me encarou em silêncio por longos minutos até responder.

— É uma grande ideia, mas ela vai querer?

Sorri de canto.

— Podemos fazê-la querer. – Me inclinei para mais perto dele. – Podemos fazê-la implorar.

Hermione Granger, você não vai saber onde foi atingida.

(...)

Na manhã seguinte, descemos ao salão comunal e nos batemos com ninguém mais ninguém menos que nossa morena.

— Bom dia, bruxinha. – Beijamos suas bochechas ao mesmo tempo, assustando-a com a surpresa.

— Parecem felizes. Algo novo? – Nos olhou inquisitiva.

Encarei meu irmão por um segundo antes de rirmos juntos.

— Acordamos felizes. Gostaria de nossa companhia até o salão principal?

— Eu adoraria.

Caminhamos calmamente até os corredores e logo nos sentamos juntos à mesa da Grifinória.

— Lembre-se. – Puxei uma torrada, olhando-a em seguida. – Fique longe dos cremes amarelos.

Nós três rimos juntos e ela logo se empenhou em tomar seu café da manhã.

— Sabe, Hermione. – George sussurrou, tomando minha atenção. – Fred me contou sobre ontem.

Ela arregalou os olhos com tanta intensidade que temi que eles pulariam para fora de suas cavidades.

— Eu fiquei com ciúmes. – Sua mão correu até sua coxa.

Ela se preparou para dizer algo, mas logo substituí a voz de meu irmão do outro lado.

— Não a condenamos. – Avisei. – Afinal, porque escolher só um quando se pode ter os dois?

— E ser feliz assim? – Ele completou.

Ela corou profundamente e brinquei com a barra de sua saia.

— O quê vocês querem dizer? – Finalmente indagou.

— E se nós, hipoteticamente, tentássemos fazer isso dar certo?

Ela hesitou e nos olhou.

— Hipoteticamente?

Confirmamos e ela deu um sorriso que foi surpreendente para nós.

— Eu adoraria o desafio.

Aquela conversa nunca seria hipotética.

Continua...