A descendente de Salazar Slytherin

I: temos uma bruxa na família


Depois do incidente do dia anterior, Maia ficou muito constrangida e não conseguiu olhar diretamente para a mãe durante muito tempo, mas tudo ficou bem depois de um tempo.

O dia estava indo perfeitamente bem — e normal —, Maia não tinha conversado com nenhuma cobra e ninguém tinha citado o que tinha acontecido. Mas tudo mudou quando, de repente, uma coruja pousou sobre a janela da cozinha.

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— Sai daqui! — Elizabeth dizia tentando espantar a coruja, mas a mesma não se movia, o que fez a mulher estranhar — Uma coruja apareceu aqui, Greg. Como isso é possível? Ainda está de dia — ela falou.

— Como assim uma coruja apareceu aqui? Não tem corujas por aqui — o homem falou indo até a cozinha — Pode deixar isso comigo — ele falou e a mulher concordou com a cabeça.

O homem olhou para a perna da coruja e percebeu que tinha algo amarrado lá. Não podia ser… Uma carta.

— O que foi? — Elizabeth perguntou ao perceber que o marido olhava fixamente para a perna da coruja e se dirigia até a mesma.

— Tem alguma coisa amarrada na perna dela. Acho que é uma carta — Greg falou e deixou a coruja entrar.

Ele tirou a carta da perna dela e ela saiu voando na mesma hora. O homem e a mulher se entreolharam, confusos.

Devagar, ele começou a abrir a carta — não sem perceber que um símbolo estranho prendia a mesma — e, logo após, começou a le-la.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

Diretor: Albus Dumbledore

(ordem de Merlin, primeira classe, grande feiticeiro, bruxo chefe, cacique supremo, Confederação Internacional dos Bruxos)

Prezada Sra Maia Bennett,

Temos o prazer de informar que V.Sa tem uma vaga na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa no dia primeiro de setembro, estamos aguardando sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall

Diretora substituta

Ao terminar de ler tal carta, o casal não teve reação alguma. Com certeza era alguma brincadeira de mal gosto de algum moleque que queria rir da cara de Maia. Aquilo tinha passado dos limites.

O homem se levantou, furioso, decidido a procurar a pessoa que tinha feito aquela carta para rir de sua filha, mas quando abriu a porta deu de cara com uma mulher de chapéu pontudo e uma roupa preta muito estranha.

O homem franziu a testa.

— Quem é a senhora? — ele perguntou.

— Me desculpe, eu já ia bater na porta. Meu nome é Minerva McGonagall, com certeza vocês o viram na carta que eu mandei. Se é que já chegou. Eu posso entrar? Assim eu explico melhor o que está acontecendo — o casal se entreolhou novamente, confuso, mas o homem acabou concordando e a professora McGonagall entrou — Será que vocês poderiam chamar a Maia, por favor?

— Ah… Eu não sei — a mulher respondeu, temerosa e surpresa pelo fato daquela mulher estranha saber o nome de sua filha.

— Pode ficar calma, eu não vou machucá-la. É apenas uma coisa que eu preciso avisar a vocês três. Pode segurar ela o tempo inteiro, se achar mais seguro — por fim, a mulher concordou e foi até o quarto de Maia busca-la. Não demorou muito para que ela voltasse — Ah, excelente!

— Quem é você? — Maia perguntou, confusa.

— Meu nome é Minerva McGonagall, mas daqui a alguns dias você vai ter que me chamar de professora McGonagall — ela respondeu como se não fosse nada — Como vocês leram na carta que aquela coruja mandou, eu sou vice diretora da escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Pessoalmente, eu mesma queria trazer a carta, mas a coruja estava trancada fazia muito tempo, então aproveitei e a deixei trazer essa carta. Mas continuando, e por favor, não se assustem, a escola de magia e bruxaria de Hogwarts é uma escola para pessoas especiais, assim como a Maia.

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— O que a senhora quer dizer com isso? — Elizabeth perguntou, irritada.

— Maia tem um talento muito especial, sra. Bennett — ela respondeu, percebendo o tom de voz da mulher — Ela pode fazer coisas que quase nenhuma criança poderia fazer. Maia pode fazer magia — o casal se entreolhou novamente, mas dessa vez eles estavam espantados — Eu posso ve-la de perto? Eu prometo que não vou machucá-la.

— Claro que não. Você acha que pode simplesmente chegar aqui e dizer que a minha filha pode fazer magia e eu vou deixar você tocar nela? Você é louca, isso sim! — e, falando isso, apertou a filha em seus braços ainda mais.

— Claro, claro… Já imaginava essa reação. Eu posso provar pra vocês que magia existe e que a Maia é uma das pessoas que tem capacidade de fazer isso — então, tirou a varinha do bolso e, com um pequeno movimento, fez a lareira à sua frente acender.

— O que diabos…? — o homem se aproximou, espantado.

— É o que eu estou tentando dizer. Eu não sou louca… — Maia a interrompeu.

— Eu posso falar com cobras — e seus pais lhe lançaram um olhar repreensor, que ela ignorou.

— Como? — a professora McGonagall perguntou, chocada. Esse era um dom muito raro que somente os descendentes de Slytherin possuíam — Você tem certeza disso? Isso é um dom muito raro e… Como você pode falar com cobras se é filha de trouxas? — eles olharam irritados para ela — Trouxa quer dizer que não é bruxo.

— Eu tenho certeza. As cobras gostam de mim, porque eu sou a única pessoa que consegue entendê-las — a professora McGonagall olhou com curiosidade para ela.

— Não é possível... Como ela pode ser ofidioglota se é filha de trouxas? — ela perguntava para si mesma. Por um momento, ficou calada, parecendo estar perdida em seus próprios pensamentos. Até que, enfim, perguntou: — Maia, o que mais você pode fazer?

— Posso fazer coisas explodirem quando estou com raiva, posso fazer objetos se mexerem sem nem ao menos toca-los, posso fazer coisas ruins acontecerem com pessoas que me irritam — ela terminou e os pais suspiraram.

— Tem como você fazer esse livro se mexer agora? Só tenta. Imagina ele se mechendo e isso irá acontecer. Será a prova que seus pais precisam para acreditarem em mim — falou colocando um livro na mesa e Maia concordou com a cabeça.

A garota se concentrou com todas as suas forças e imaginou o livro se mexendo. Imaginou o vento soprando, fazendo com que ele andasse de um lado para o outro. Quase sem ela perceber, o livro já estava do outro lado da mesa.

— Excelente! — a professora falou e olhou para os pais de Maia, que estavam espantados.

— Como você fez isso? — Greg perguntou sem acreditar.

— Eu só imaginei o livro se mexendo e aconteceu — ela falou, sorrindo.

— Então… Então é verdade? Nossa filha pode fazer magia e por isso ela conversa com as cobras? — a mulher perguntou.

— Creio que sim — como eram trouxas, Minerva achou melhor não discutir o assunto da ofidioglossia com eles, então somente concordou. Eles apenas ficaram calados e olharam para Maia — Vocês irão deixá-la ir para a escola, então?

A mulher ainda parecia insegura em relação à proposta de McGonagall, mas depois de ter visto o que viu, não tinha como ela achar que aquela senhora estava mentindo. Não existia outra explicação para o que estava acontecendo.

— Lá é seguro? — a mãe perguntou, preocupada.

— Tenho que te confirmar que não há lugar no mundo mais seguro que Hogwarts — e sorriu.

— O que você acha, Maia? — o pai perguntou.

— Eu quero muito ir. Lá eu vou aprender a fazer magia? — perguntou, encantada.

— Com certeza. Inclusive, eu vou ser sua professora de transfiguração. Lá eu explico — acrescentou ao ver a expressão confusa da menina.

— Nos dê a sua palavra de que ela vai ficar bem — Elizabeth falou.

— Eu te dou a minha palavra. Antes do dia primeiro de setembro, que é quando nós voltamos às aulas, eu irei voltar aqui pra levar vocês até o Beco Diagonal, que é onde nós vamos comprar todos os materiais necessários para ela. Posso vir dia 24 de julho? — ela perguntou.

— Pode sim — mesmo estando assustada, ela acabou concordando.

— Ótimo. Aqui está a lista de materiais — e tirou um pedaço de pergaminho do bolso e entregou para a mulher — Agora eu preciso ir. Dumbledore deve estar me esperando para resolver as coisas de início de ano letivo — ela falou e caminhou até a porta — Até 24 de julho — e fechou a porta, deixando o casal ainda surpreso.

Eram muitas coisas para processar. Coisas que mudaram completamente a vida de Maia.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.