Até Que Eu Morra - Dramione

Capítulo Extra - Draco Malfoy


Ele se remexeu na cama mais uma vez.

Estava na linha entre o mundo dos sonhos e o mundo real, embora não conseguisse distinguir qual era qual.

Podia sentir o lençol macio debaixo de si, mas não sabia se era o lençol de sua cama verdadeira ou da cama que os seus sonhos o pusera.

Podia sentir também mãos femininas e firmes em seu corpo.

Ele não sabia a quem pertencia àquelas mãos, mas a sensação de sua pele contra aquela pele era indescritível, lhe provocava uma espécie de calor reconfortante.

No sonho seus olhos se abriram e piscaram diversas vezes tentando se acostumar com a claridade que invadia o quarto.

Quando sua visão ficou mais clara ele olhou para o corpo que dividia a cama com ele, demorou alguns segundos para Draco reconhecer os revoltosos cachos castanhos da Granger.

Ela permanecia dormindo de forma quase angelical, o Draco do sonho se aproximou da menina e depositou um simples beijos em seus lábios aconchegando-se mais a ela.

Porém o Draco real não gostava do que via.

Sonhar com Granger uma vez era horrível para ele, mas sonhar com ela duas vezes era muito, muito pior.

— Sabe, vocês até que formam um belo casal – disse uma voz feminina.

Draco olhou para os lados e não viu ninguém.

— Quem está aí? – perguntou ele.

— Ninguém importante – respondeu a voz.

Ela parecia pertencer a uma criança, mas Draco não tinha certeza.

— É um lindo sonho, não é? – continuou a voz de forma divertida – Fui eu quem o criou.

Malfoy ficou espantado.

— Foi você quem criou isso? – exclamou furioso.

— Sim.

— Pois desfaça já! Não quero permanecer aqui.

— Não dá.

— Como assim não dá? Se você criou sabe desfazer.

— Sim, fui eu quem criou o sonho, mas quem deu seguimento a ele foi você, então a partir de agora só você pode dar um fim nisso. Tchauzinho.

— Espere! – disse ele.

Mas ele sabia que quem quer que fosse que conversava com ele já tinha ido.

— Quem pode dar um fim é você – resmungou voltando os olhos para a cena e prendendo a respiração com o que viu

Seu eu do sonho e Hermione Granger estavam se beijando, não era um beijo suave como o que ele dera a ela quando acordou, era um beijo quente e selvagem.

Ele observou sem nenhuma reação quando seu eu do sonho se postou em cima da garota. Draco não estava gostando nada daquilo, porque além de ver, ele podia sentir também.

— Quem pode dar um fim é você – repetiu – Quem pode dar um fim é você! Mas como?

E de repente ele não via mais a cena, só a sentia.

Sentia sua boca se movendo contra os lábios macios de Granger.

Sentia o corpo quente dela embaixo do seu.

Ele gostava, ele queria.

Era tão bom, Draco se sentia em casa estando entre aqueles braços.

Mas o pouco de sanidade que restou em Malfoy lhe avisou para parar.

Ele sabia o que iria acontecer se continuasse a beijando daquele jeito.

E por mais que aquilo fosse um sonho dormir com Hermione Granger era errado.

Terrivelmente errado na verdade.

E ele queria tanto fazer o errado.

Não! – seus pensamentos gritaram – Não faça isso! Acorde!

Acorde!

Acorde!

E ele acordou em sua cama no dormitório da Sonserina.

Seu corpo estava completamente suado e um formigamento em baixo de seu ventre lhe alertava sobre o quanto aquele sonho mexera com ele e seu corpo.

Ele gostou de cada parte de seu sonho e ainda podia sentir os deliciosos lábios da garota sob os seus.

Era uma sensação boa.

E ele se odiava por gostar disto.

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