McGonagall se encontrava parada em frente a mesa dos professores no Salão Principal, tal qual Alvo Dumbledore fizera quando, no quarto ano, Harry Potter voltara no fim da última prova do Torneio Tribruxo carregando o corpo sem vida de Cedrico Diggory.

— Como vocês sabem — disse ela, sua voz ecoando pelo lugar em meio ao silêncio sepulcral que havia se instalado — Um de nossos colegas, um aluno como qualquer outro, excedeu todos os limites dentro de Hogwarts, seguindo um caminho onde não há voltas. Zachary Lloyd foi o responsável pela criatura que atacou e matou brutalmente cinco alunos neste ano letivo, a besta em questão foi o Agoureiro, uma criatura tão antiga quanto possível, e que se encontra extinta, além de ser quase impossível de ser controlada. Lloyd deu sorte de não ser, ele próprio, morto por tal fera, mas isso não é a questão. Nós perdemos colegas, amigos e parentes. E na última noite Zachary Lloyd atacou Hermione Granger e tentou matá-la dentro da Floresta Proibida — diversas cabeças viraram para olhar a mesa da Grifinória, contudo Draco sabia que não iriam encontrá-la.

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Hermione tinha batido a cabeça quando foi estuporada por Lloyd e, ao ser levada para a Ala Hospitalar, Madame Pomfrey havia insistido em mantê-la em observação, mesmo após constatar que nada acontecera com a moça.

— Mas graças a Draco Malfoy, nenhuma morte aconteceu — agora as cabeças viraram para Draco, mas ele simplesmente abaixou a cabeça. Não merecia um parabéns, pois teria matado Lloyd se não fosse por sua irmã — Entretanto Lloyd foi gravemente ferido durante o duelo, após ter conjurado a Marca Negra que muitos viram pelas janelas de Hogwarts ontem, e foi levado para o St. Mungus onde aguardará sua recuperação para, então, ser levado até Azkaban onde cumprirá sua pena. Sua irmã, Astrid Lloyd, também não estuda mais nesta escola, foi transferida pelos avós hoje cedo para outro lugar.

Isso era o mínimo que poderia ser feito.

— Espero que após estes acontecimentos, após essa guerra terrível que enfrentamos, vocês percebam que o poder não é tudo, que a vingança não é o caminho. Que existem coisas mais importantes, que preenchem o homem de uma forma inigualável. Essas coisas são o amor e o companheirismo que estão presentes, sempre em nossas vidas.

Minerva suspirou, aparentando estar tão cansada quanto Draco se sentia.

— Nosso ano letivo ainda está na metade e os percalços até agora foram graves, mas agora nossa escola está segura e não haverá mais preocupações sobre ataques dentro do castelo. Dito isso, aproveitem o almoço.

~o~

Draco se encontrava com a cabeça encostada na beirada da cama no meio dos seus braços enquanto segurava a mão de uma Hermione adormecida.

Depois do almoço onde a diretora dissera algumas palavras, ele tinha seguido diretamente para a Ala Hospitalar com a esperança de ver Hermione e até, quem sabe, passar o resto da tarde com ela, entretanto Madame Pomfrey fora contra no início, mas depois de muita insistência de Malfoy ela somente jogou as mãos para cima e disse: — Faça o que quiser, senhor Malfoy. E os deixou.

Ele estava ali desde então, segurando a mão de Hermione e esperando que ela acordasse, contudo começava a ficar cansado. A noite se dormir por conta do duelo com Zachary além dos diversos interrogatórios pelo qual teve que passar após serem levados de volta a Hogwarts,começava a cobrar seu preço e seu corpo já apresenta sinais de querer apagar.

Um gemido baixo fez Malfoy levantar a cabeça rapidamente.

As pálpebras de Hermione tremeram quando seus olhos forçaram-se a abrir.

— Draco? — ela perguntou.

— Eu estou aqui — respondeu.

Ele estava tão aliviado por ela estar acordada e bem. Ficara desesperado quando Hermione demorara mais que o normal para acordar depois que o feitiço passou e quando o resgate chegou, alertados pela Marca Negra que pairava ameaçadora sobre a clareira, tiveram que tirar um Draco paralisado de medo de cima do corpo de Hermione. Após isso, ela e Lloyd foram levados para receber cuidados médicos enquanto ele e Astrid foram encarcerados em salas diferentes, passando pelas mesmas perguntas diversas vezes.

— Onde estamos? — Hermione inquiriu

— Na Ala Hospitalar, tudo está bem agora. Nós estamos bem.

— Zachary?

— Em Azkaban.

— Longe. Nós não precisamos mais nos preocupar.

Inesperadamente, Hermione sorriu.

— Nós? — perguntou, a animação evidente em seus olhos.

Draco sorriu também, esquecendo do cansaço e das dores.

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— Nós — ele confirmou — Porque depois de tudo isso, garota, não vou te deixar mais.

E ele não iria.