The servant and the prince
Capítulo 2: Seu
–M-me chamou, Kaito-sama? - abri a porta e entrei, incapaz de me manter calmo.
–Ah sim, como foi seu dia, Gakupo? - ele se sentou em sua cama, olhando para o chão. Estava vestido ainda da roupa formal que usara no jantar.
–Bem, Vossa majestade. O que deseja? - perguntei, curvado.
– Venha - ele me chamou, dando um tapinha na cama, indicando que deveria sentar-me ao seu lado, ainda sem me fazer contato visual.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Eu me aproximei, relutante, e sentei. Ele pegou minhas mãos e as segurou, firme:
–Cante para mim, Gakupo - e fechou os olhos,virando a cabeça em minha direção, sorrindo.
– Eu não sei cantar, senhor! Isso é com as apresentadoras, eu nã-
Ele me interrompeu, colocando seu dedo indicador nos meus lábios:
– Por favor - abriu os olhos, cheios d'água, me implorando.
Engoli seco. Cantava alguns duetos de brincadeira com Luka, porém nunca desse jeito, sob pressão. Kaito-sama daquele jeito estava me fazendo afogar em preocupações, raramente ele chorava. Se não podia saber da situação, ao menos poderia atender seus pedidos e confortá-lo. Assim o fiz. Olhei para nossas mãos juntas e respirei fundo.
''Me abrace no meio de uma chuva interminável
Se você estiver escondendo a resposta
Por favor sussurre com sua inalterada voz
Para que pelo menos envolva o coração partido
Em breve o sentimento suspenso
Vai acumulando e aumentando os segredos
Mais uma vez digo "não mude"
Desfazendo o corado das bochechas ''
Uma música simples, que eu aprendi em um livro de poesias. Espero ter me saído bem. Meus olhos encontraram o rosto dele, que estava desabando de chorar. Um choro silencioso,porém cheio de dor.
–Mestre! - Soltei nossas mãos e limpei suas lágrimas, quase não conseguindo conter as minhas - E-está tudo bem?
Ele simplesmente me abraçou apoiando sua cabeça no meu ombro, e ficou ali, soluçando. Seu corpo magro encaixou no meu como se fôssemos um quebra-cabeça, com seus braços agarrando minhas costas.
Senti meu rosto esquentando, mas não deveria me importar. Fiz carinho em seus cabelos, tentando confortá-lo. Continuei:
''Se algum dia acordar desse sonho passageiro
Eu irei procurá-lo
Pergunto-me aonde iria
O desejo modesto que eu fiz
e o cenário que eu conheço
sinto que eu estou os esquecendo''
Afastei meu corpo levemente, para poder olhar seu rosto, sem desfazer o abraço:
–Melhor?
Ele abriu os olhos e olhou para mim, como se tivesse acabado de sair de um transe. Se afastou, soltando o abraço.
–...Obrigado - ele limpou o rosto com a manga da camisa - desculpe ter te incomodado - Ele desviou o olhar, com o rosto corado iluminado pelo luar.
–Não é nada,senhor. Estarei sempre a mercê da sua vontade - falei na voz mais reconfortante que pude - minha vida é ao seu favor.
–Ora, falando assim você parece meu cavaleiro,com sua armadura brilhante em seu cavalo branco... - brincou, ainda sem conseguir desfazer a expressão preocupada.
–Se ordenar, assim serei - sorri, me curvando.
–Então é assim, qualquer ordem minha você obedecerá? - ele arqueou uma sobrancelha - Feche as cortinas - ordenou, cruzando os braços.
Levantei e obedeci, estranhando o comando.
– Acenda algumas velas.
Obedeci.
– Se ajoelhe na minha frente.
Obedeci.
–Me beije.
Olhei para cima, sem saber o que fazer. Eu ouvi direito? Não podia ser. Meu coração acelerou como nunca, milhares de coisas se passaram pela minha cabeça.
– P-perdão? - gaguejei.
–Isso mesmo. Por que a demora? - ele falou, com um tom impaciente.
Me ergui, e apoiei minhas mãos em seus ombros. Apenas fechei os olhos, deixando minhas preocupações de lado.
Nossos lábios se tocaram, rapidamente. Recuei, com medo de ter feito algo errado. Eu beijei o príncipe. Por que ele me pediu isso? Um mero empregado...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ele levou os dedos aos seus lábios, como se pudesse sentir o que restou do rápido encontro
– Mais - ele sorriu com desejo, e puxou com força meu ombro,me fazendo cair por cima dele.
Fale com o autor