A proposta

Parte II- Esquecido


Parte II

Esquecido

Emma

Eu acordei com o som suave do violino.

Esqueci-me por completo que deixara o Mp3 ligado, embora fosse um habito constante. Era relaxante sentir o toque e o frescor de uma melodia viva e doce como aquela versão batida de “Part of Your World” ressoando em notas acesas, acompanhadas da sincronia do vento que se despedaçava pela janela aberta.

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Tudo parecia tão tranqüilo e certo...

Por que então tinha a sensação que faltava algo?

Fechei os olhos, tentando decidir se jogava os cobertores no chão ou se apenas voltava a dormir em meu sono tranquilo. Talvez, aquele incômodo vazio não existisse mais se me concentrasse e fechasse os olhos...

Não. Tinha coisas importantes para fazer...

E era apenas... Nada. Uma impressão sem nenhum cabimento. Quer dizer... Era apenas uma sensação...Uma velha e amalgama sensação. Nada acontecera.

Chutei os cobertores quentes e confortáveis, tentando encontrar força e resistência para me levantar. Tinha coisas importantes para fazer naquele dia.

E... Um encontro!

Como pude esquecer-me? Prometi que iria encontrar August!

Não um encontro de verdade. Íamos apenas tomar um café e conversar. Um dialogo saudável e pleno entre dois amigos.

Não que eu tivesse algum interesse romântico por ele. Um vinculo de parceria. Nem mesmo observava com decoro o modo como ele sorria e como aquilo parecia sincero e afetuoso. Aberto e sonhador. Um pedaço quente do verão estampado num rosto juvenil.

Okay... Talvez eu gostasse um pouquinho.

—Não!- Falei em voz alta, cortando meus pensamentos. Tinha outras coisas mais significativas que tinham que ser resolvidas. Eu não podia ficar me importando com caras, não importa o quão quentes eles poderiam ser e...

Oh... Não! Estava fazendo isso de novo.

Olhei para o relógio. Se corresse e me trocasse rapidamente ainda conseguiria encontrá-lo no horário. Não que eu me importasse com isso...

Eu já disse que não me importava?

Agarrei um vestido leve e solto, feito para o outono com suas cores leves e o comprimento mediano. Não era minha melhor roupa, mas era pratica e confortável.

Corri para a cozinha sem ao menos me preocupar com itens básicos de maquilagem facial ou um batom raso. Não havia tempo para adornar minha face com tais itens.

Agora era só pegar a chave e estaria...

Meus dedos hesitaram sobre a bancada. Ao lado da chave dourada, pousado com a delicadeza de uma pluma, uma carta se estendia. Sobre os olhos, não parecia ser feita de papel ou linho, tão pouco de madeira ou tinta. Era um material estranho e translúcido, delineado por uma letra inumana em sua perfeição e decoro; pintado sem tinta ou pinceis.

Mas as letras eram reais e deixavam uma estranha mensagem:

Aproveite bem esta nova chance. Ele se sacrificou por você”

Senti os lábios se abrindo e os olhos se arregalarem. O que isso queria dizer? Eu estava ótima! Em perfeitas condições de saúde e sanidade. Aquilo... Aquilo não tinha nenhum sentido!

Como assim alguém tinha se sacrificado por mim?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.