Waiting for Love

Prologue


As vezes estamos no auge da nossa glória, dançando em um foco de um holofote com um tutu cravejado de pedrarias, com a plateia prestando atenção somente em você. Esses momentos são frágeis e em um passo em falso eles se despedaçam em um milhão de pedacinhos. Eu deveria saber disso antes de agarrar com todas as forças o papel de solista principal.

O resultado não poderia ter sido melhor: meu pé esquerdo fraturado. Fora um belo tombo, uma bela fratura. Os médicos até hoje não sabem como eu estou movendo meu pé esquerdo. Depois de duas cirurgias e meses inteiros de fisioterapia intensa posso assegurar que nem tudo voltou como era antes.

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Para começar, minha mãe achou minhas pílulas de cafeína, as quais tenho vício. Elas geralmente me dão mais energia e me deixa mais ligada, mas esses efeitos já pararam de funcionar há um bom tempo. Também tem a questão Verlac, ou melhor Sebastian Verlac, um francês que já repercutiu a Europa inteira devido ao seu talento, se engraçou comigo quando passou uma temporada em Londres. Talvez o grande X da maioria dos meus problemas foi ter cruzado deliberadamente o caminho dele. Verlac tem um talento reconhecido mas grande parte dele é pelo os "remédios" que ele toma.

Mas como Murphy disse uma vez, tudo que está ruim pode piorar. Diante dessa situação toda, minha mãe me mandou para a América para viver com Valentin Morguestern, meu pai. Ah é claro com Jonathan, meu irmão mais velho. Quem me dera que eu só tivesse que conviver com esses dois, para completar o pacote tem a atual mulher dele, Camille Beucort que está mais para uma prostituta francesa do que uma "Madame" mulher de um americano/escocês rico. Talvez ela era isso quando meu pai a encontrou em alguma de suas aventuras pela França.

Camille, ao contrário que muitos pensam, em alguma vida passada fora casada e tem uma filha, Maureen Brown. O que realmente é ridículo, já que meu pai tem dois filhos (lindos, diga-se de passagem) e realmente autoriza aquele projeto de Camille morar no mesmo teto que nós. Não diria que isso é falta de crianças na casa, já que Jonathan e eu velemos por umas dez.

Talvez esses não são nem a metade dos meus reais problemas. Isso eu pude ter certeza quando eu descobri quem realmente era meu vizinho de janela, aquilo sim eu poderia de chamar de problema real. E como eu na certa, sou uma pessoa que atrai problemas em um raio de dez quilômetros, ele com certeza irá se tronar um dos maiores.