Sweet Connor
Capítulo 12.
Oliver Queen.
A viagem para NY veio de ultima hora, o que arruinou todos os meus planos de ter mais tempo com Connor. Helena precisou vir comigo, já que faz parte do grupo de advogados que representa a família Queen, alguns problemas burocráticos acabaram me tomando todo o fim de semana, acabei tendo de deixar John encarregado dos problemas do arqueiro.
− Um beijo por seus pensamentos. - despertei de meu torpor com a voz suave de Helena, sua respiração tocando meu rosto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!− Apenas bobagens. - tentei desviar o assunto.
− Oliver Queen não é tipo de homem que perde tempo pensando em bobagens. - a verdade é que eu estava pensando neles, não só em Connor, mas também em Felicity, eu estava ansioso por vê-los e isso soava tão ridículo, não por causa do meu garoto, mas por ela. Malditos desejos que me faziam sucumbir as lembranças daquela noite. Maldita noite.
− Estava pensando em Connor, será que eu fiz bem deixando meu garoto aos cuidados de Felicity?
− Qual é Oliver! O menino foi criado por ela todos esses anos, você não acha que está indo longe demais?
− Ela perdeu meu filho duas vezes, o que você quer que eu pense? - ela me olhou suspirando longamente.
− Tudo bem, vamos mudar de assunto porque tudo que eu menos quero é você irritado agora. - senti seus beijos por meu pescoço e meu corpo se excitando em resposta. Helena era boa, boa advogada e boa de cama.
Voltei para Star na segunda, eu estava morrendo de saudades do Connor. Engraçado como não foi preciso muito para que eu me apegasse a ele, era muito fácil se sentir encantado por aquela pessoinha. Mas o que estava me incomodando era o fato de também estar sentindo falta dela, eu não queria e nem podia me sentir assim, precisava arrancar Felicity dos meus pensamentos e para isso eu já sabia o que fazer.
− Ollie. - senti o peso de Connor se agarrar a minhas pernas.
− Hey campeão. - o ergui nos braços lhe dando um abraço apertado sentindo seu perfume infantil se apoderar de minhas narinas.
− Connor o que eu já falei sobre abrir a porta sem olhar primeiro? - vi Felicity estancar na porta ao perceber que eu estava ali, sorri minimamente em sua direção. − Ah é você, oi Oliver.
− Como vai Felicity? - cumprimentei com Connor ainda nos braços. Observei com o canto dos olhos ele nos observar atento.
− Vou bem, você veio direto do aeroporto? - seus olhos me encaravam curiosos.
− Sim, eu estava morrendo de saudades desse carinha aqui. - o clima entre nós dois era estranho, ela não conseguia me olhar por mais de três segundos, enquanto eu precisava me esforçar para não encará-la por tempo demais.
− Lissy, o Ollie pode ficar para o almoço? - eu mesmo recusaria o convite se não fosse o sorriso pidão que Connor nos lançou. − Por favor?
− Você precisa perguntar ao Oliver se ele aceita querido. - o espertinho juntou as duas mãozinhas num pedido mudo.
− Tudo bem Connor, eu fico.
O almoço ocorreu da forma mais tranquila possível, procurei concentrar minha atenção toda em Connor que parecia alheio a toda aquela tensão entre mim e Felicity.
− Ollie, sabia que a mamãe me prometeu uma festa do Buzz?
− É mesmo amigão? E o que você acha de uma super festa no playground do shopping? Ou melhor, uma super festa em um clube bem grande? Com piscina e tudo mais.
− Nem pense nisso Oliver. - vi Felicity fazer uma rápida careta em protesto. − Você não vai levar o meu filho para o seu mundo de riquinho fútil. Connor terá uma festa simples aqui em casa mesmo, ele convidará quem quiser e será do jeito dele.
− Você não pode me privar de dar o melhor para o meu filho, Felicity.
− Não, você é que não pode chegar querendo mandar em tudo, acha que o seu dinheiro pode comprar tudo?
− Gente, parem os dois. - olhei para Donna que estava com Connor nos braços, seu rostinho assustado escondido na curva do pescoço da mais velha. − Vocês estão esquecendo o mais importante, a festa é do Connor, vocês não acham que ele deveria escolher?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!− Eu não quero mais festa vovó, não quero que a mamãe e o papai briguem. - vi Connor descer do colo de Donna e correr escada acima, senti a culpa invadir minha consciência, olhei Felicity por um momento e ela parecia na mesma situação.
− Estão satisfeitos, agora? Vocês não percebem que essas brigas só o assustam? - ela suspirou pesado. − Se quiserem que isso dê certo, precisarão dar uma trégua nessas brigas... Por Connor.
− Sua mãe tem razão, não podemos bagunçar a cabecinha dele com nossos problemas. - olhei Felicity que parecia concordar.
− Tudo bem, por Connor.
− Agora levantem essas bundas daí e vão consolar o filho de vocês.
Donna tinha razão, Connor devia ser prioridade e o que estávamos fazendo deixava-o confuso e assustado.
− Hey querido. - Felicity chamou, fazendo com que ele virasse o corpinho em nossa direção.
− Vocês vão brigar comigo? Eu não quero chatear vocês.
− Não querido, você não nos chateou e nós não vamos brigar.
− Connor, viemos te pedir desculpa. - sentei na beira da sua cama, enquanto Felicity sentava na cabeceira. − Nós prometemos não brigar mais.
− Jura Ollie? - seu sorriso enlanguescendo conforme eu confirmava com a cabeça.
− Sim campeão. - ele me abraçou apertados depois Felicity.
− E agora, o que você acha de decidirmos juntos sua festa? - Felicity sugeriu com ele ainda agarrado a ela.
− Pode ser misturado? - ri de seus olhinhos receosos.
− Pode ser no jardim da minha casa, que tal? - ofereci.
− A gente pode se vestir igual o desenho?
− Amor, essa história de novo?
− Por favor, mamãe. - se aquela criança continuasse com aquele olhar depois de grande, ele iria longe.
− E como seria isso, carinha? - interrompi o dialogo mudo deles.
− Eu seria o Buzz, a mamãe poderia ser a Jessie e você o xerife Wood. - divagou empolgado.
Acabamos passando a tarde planejando a festa de um Connor super empolgado. Não lembro se alguma vez fiquei tanto tempo sem brigar ou implicar com Felicity, mas naquele momento eu desejei mais disso por mais vezes.
− Se você rir, eu vou te dar uns cascudos. - ralhei com Thea que prendia o riso olhando para a fantasia em cima da minha cama.
− Eu não vou, prometo. - seu esforço em se manter seria era em vão. − Desculpa.
− Sem graça. - fiz uma careta, mas acabei rindo junto com ela.
− O que você acha de trazer Connor para dormir aqui?
− Sério? Você acha que a Felicity deixa?
− Thea, ele é meu filho, Felicity não tem que deixar nada.
− Ollie... - seu tom erra de repreensão. − Enfim, acho muito boa a ideia dele ir se acostumando a sua casa.
− Então é isso, vou buscá-lo ainda hoje.
− Mas Oliver, a festa de aniversário do Connor é amanhã. - argumentou confusa.
− Isso mesmo, ele já estará aqui, vai ser até melhor.
Cheguei até a casa de Felicity por volta das 16:00 Donna me recebeu com uma careta resmungando que sua filha ia leva-la a loucura com todos os preparativos finais da festinha.
− Papai. - balancei a cabeça me agachando para receber um abraço de Connor.
− Oi carinha, onde está sua mãe? - percorri meus olhos a procura de Felicity ou Donna.
− No telefone com o tio Barry, lá na cozinha.
− Quem é o tio Barry, Connor? - questionei curioso.
− É um amigo da mamãe da nossa antiga cidade. - deu de ombros como se não fosse nada importante.
− Oliver, o que está fazendo aqui? - vi Felicity entrar na sala com uma expressão confusa.
− Eu vim buscar Connor.
− Mas a essa hora? Onde vocês vão passear a essa hora? Amanhã é a festa e Connor precisa dormir cedo Oliver.
− Você não entendeu Felicity, eu vim buscar Connor para dormir lá em casa.
− Dormir? Na sua casa? - ela franziu a testa processando as palavras. − Mas nem a pau, Oliver outro dia você marca com antecedência e ele vai, mas hoje não.
− Você não está entendendo Felicity, não é um pedido, eu vim buscar meu filho para passar uma noite na minha casa. E olha o lado bom, a festa será lá mesmo. - ela parecia querer protestar, mas se manteve calma.
− Você quer ir amor? - olhou Connor que parecia animado com a ideia.
− Posso mamãe? - ela assentiu meio incerta, para em seguida ter Connor comemorando.
− Então vai com o Oliver arrumar sua mochila, enquanto a mamãe termina umas coisas aqui.
Subi com Connor grudado em minhas costas, enquanto Felicity voltava sua atenção para o telefone. Nunca pensei que arrumar uma mochila fosse tão difícil, Connor precisava de mais coisas que eu, por fim organizamos tudo.
− Querido, pegou a bombinha? - Felicity parecia desesperada.
− Sim Lissy, não se preocupe, Ollie e eu pegamos tudo.
− Você vai ficar bem, não vai? - Connor afirmou com a cabeça, me fazendo revirar os olhos em busca de paciência.
− Felicity , é só uma noite, amanhã você o verá de novo. - ela me lançou um olhar assassino, como se eu tivesse dito uma blasfêmia.
− Obedeça o seu pai Connor e qualquer coisa me ligue Oliver, qualquer coisa. Me prometa! - ela exigiu segurando meu antebraço com força, apenas assenti diante sua preocupação desnecessária. Ela voltou a se despediu dele nos permitindo por fim sair dali para ter nossa noite de garotos.
− Pronto para a farra garoto? - lancei um sorriso traquina em direção a Connor que retribuiu com um igual.
Felicity Smoak.
Era a primeira noite longe de Connor, e isso estava me matando. Meu bebê só tinha quatro anos e já estava longe de mim, não era justo. Passava da meia noite quando Oliver me ligou desesperado, percebi que eu estava sendo egoísta, não era apenas a primeira vez de Connor ou minha, era uma experiência nova para Oliver também.
− Felicity, graças a Deus você me atendeu. - a voz desesperada me botou em alerta.
− Oliver, aconteceu alguma coisa com Connor?
− Ele está ardendo em febre e se queixa da garganta, eu não sei bem o que fazer. - confessou aflito. − Não sei se chamo um médico ou qual remédio dá, me sinto um inútil. Preciso de você, nós precisamos.
− Calma Oliver, Connor vai ficar bem, eu só preciso que você fique calmo. Respire.
− Tudo bem, o que eu devo fazer?
− O agasalhe e chame um médico, eu estou indo para ai.
− Que bom, porque ele não para de te chamar.
Catei a primeira roupa que vi, deixando um recado para mamãe que já dormia. Eu precisava me manter calma por Connor e por Oliver que parecia que ia ter sincope.
− Mamãe. - a vozinha manhosa me chamou assim que atravessei o arco da porta.
− Oi querido. - sentei perto dele, sentindo seus bracinhos me agarrar o pescoço. − Está tudo bem Connor, eu estou aqui.
− Suponho que seja a mãe. - um homem que não deveria passar dos 45 me encarou. Afirmei. − Connor pegou uma gripe fraca, mas todo cuidado é pouco, receitei um xarope para ele tomar duas vezes ao dia.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!− Felicity, esse é o Dr. Addam, o médico da família. - cumprimentei o homem brevemente. − Mas então doutor, amanhã será a festa de aniversario do Connor, ele está liberado?
− Sim Oliver, acredito que uma boa noite de sono será o suficiente para que o Connor acorde disposto, o resfriado está no começo, mas se ele amanhecer um pouco manhoso é normal. Bem, ele já está medicado, a única recomendação é manter ele o menos agasalhado possível, nada de abafar a febre.
− Obrigada Dr. Addam. - Oliver foi levar o homem até a porta.
− Lissy, dói aqui. - ele apontou a garganta, manhoso como só ele.
− O médico já deu remédio amor, já já passa, agora deita aqui para dormir. - ele se aconchegou mais a mim.
− Acho que vou deixar vocês aqui e vou para o quarto de hospedes. - observei Oliver escorado ao batente da porta.
− Papai? - a vozinha manhosa chamou.
− Sim Connor?
− Fica aqui. - ele apontou o outro lado da cama com a mão livre, enquanto a outra estava na boca. Oliver se aproximou temeroso, ocupando o lugar vago assim como Connor pediu, senti meus músculos tencionar devido a proximidade, mas a surpresa veio depois. Observei desconfortável Connor puxar minha mão e a de Oliver para a altura de sua barriga pondo uma sobre a outra e a pequenina e gorducha mão dele por cima.
− Boa noite, mamãe.
− Boa noite, meu amor.
− Boa noite, papai.
− Boa noite, campeão.
Acordei sentindo um peso sobre mim, Connor ressonava em meu pescoço com serenidade, a mão de Oliver ainda estava sobre a minha agora em cima do colchão o que fez meus olhos saltar em alerta. Pousei Connor com cuidado na cama, fazendo o mínimo barulho possível, dei uma ultima olhada dos dois deitados antes de sair.
− Filha, onde você estava? Já passa das 11:00 e a festa do Connor começa em menos de três horas.
− Ficou tarde para voltar, acabei dormindo na casa do Oliver.
− E como está o Connor? - ela perguntou atenta.
− Agora está bem, foi apenas um resfriado. - expliquei o mais breve possível. − Vim apenas buscar a roupa dele e a minha, vou dar um jeito de me vesti por lá mesmo.
− Tudo bem, nos vemos lá então. - corri até o meu quarto para pegar tudo que precisava, indo buscar as coisas de Connor em seguida. Voltei a casa de Oliver e estranhei a ausência de Moira, mas resolvi não questionar nada.
− Mamãe. - vi um toquinho de gente grudar nas minhas pernas e sorri com todo o carinho que ele exalava. − Onde você foi?
− Buscar suas roupas macaquinho, você está melhor?
− Sim, a tia Thea e o tio Roy tomaram café comigo e o papai. - ele parecia mais animado.
− Bom dia Felicity. - Thea se aproximou de braços dados com o namorado. − Não se preocupe com o xarope, já demos a ele.
− Obrigada Thea, e onde está Oliver?
− Saiu e disse que não se preocupasse que ele já viria pronto para a festa.
− Tudo bem, será que tem algum problema se eu me arrumar aqui?
− Claro que não, fique a vontade.
Subi para arrumar Connor que estava uma fofura de Buzz, seu macacãozinho espacial era muito parecido com o do filme o que o deixou uma graça. Deixei Connor ir para o jardim com Thea, enquanto terminava de me arrumar. Minha roupa era uma referência a da Jessie, mas ao invés da calça eu optei por uma saia marcando na cintura e drapeada soltinha, uma maquiagem leve e uma trança lateral, o chapéu de cowgirl e eu estava pronta.
Encontrei Thea no corredor e foi preciso muito esforço para não gargalhar alto com o que vi, Connor não tinha noção do que estava causando na tia.
− Não ria ou juro por Deus que te jogo uma bomba. - ela mesma parecia querer controlar a risada.
− Não me diga que Roy está nessa também. - ela sacudiu a cabeça soltando uma gargalhada que me levou junto.
− Seu filho é um pequeno terrorista, vamos logo antes que eu volte e me tranque no quarto.
− Meu pequeno gênio. - gargalhei ainda mais encarando Thea e Roy juntos.
− Mamãe, eles não estão legais de monstrinhos verde?
− Muito meu amor, estão muito legais.
− E o meu papai? - perguntou estranhando a ausência de Oliver.
− Estou aqui carinha. - todos nos viramos para encontrar um Oliver vestido de xerife Wood de mãos dadas a uma morena muito bonita.
− Ollie. - Connor se lançou em seus braços.
− Hey, eu quero que você conheça uma pessoa. - não sei porquê, mas senti todo o meu corpo tencionar com aquelas palavras, eu entendia o que estava acontecendo, só não entendia o porquê de me sentir estranha.
− Connor, essa aqui é a Helena, ela é minha namorada. - eu senti meu rosto formigar de tanto que eu forcei o sorriso, me obriguei a permanecer ali como se nada tivesse acontecido, era a vida dele, não me dizia respeito.
− Querido, cumprimente a moça.
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