Priscila

Ah Isabela estava tão estranha! O que será que ela tem!? Talvez tenha terminado com o Joaquim ou algo do tipo.

— Acho melhor eu voltar pra casa, já está muito tarde - digo e então começo a fazer o caminho em direção à minha casa.

Manuela

Deitamos na cama e nos cobrimos com lençóis brancos, Omar passa seu braço esquerdo em volta de meu pescoço e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, sorrio e lhe dou um selinho.

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— Essa foi a nossa primeira vez de muitas né!? - ele pergunta e eu concordo.

Depois de alguns minutos Omar dormiu e eu aproveitei a chance me troquei e fui dar uma volta por aqui pra ver se encontrava a Isabela.

Joaquim

Depois de termos entrado, nos deitamos na cama e poucos minutos depois Isa adormeceu, ela realmente parecia estar cansada.

Resolvo ir até meu apartamento pra ver se está tudo bem e pegar algumas coisas.

Caminho lentamente pelas ruas desertas de São Paulo e logo após avisto meu prédio, Isabela está adentrando-o, oque ela faz aqui sozinha!?

— Isabela! - corro em sua direção e ela arregala os olhos paralisa.

— Jo-Joaquim!? - ela gagueja parecendo estar impressionada com minha presença.

— O que faz aqui? - pergunto preocupado lhe abraçando.

— Nada, é que eu queria vir aqui ver como as coisas estão - ela responde.

Isabela estava estranha, seu corpo estava gelado, seu perfume era diferente, seus cabelos não eram macios, seu olhar demonstrava surpresa em me ver, e então eu percebi.

— Espera...Você não é a Isabela - nessa hora ela se afasta de mim e me observa calada.

— Claro que sou eu Joaquim, está delirando? - ela pergunta me beijando.

— Não, você é a Manuela, mas como!? Você não estava morta? - pergunto e ela chora.

— Eu quase morri Joaquim e tudo foi culpa da Isabela, ela nunca foi, não é e nunca será quem vocês pensam, ela é vingativa, rancorosa, maldosa, quase me matou por conta de dinheiro, logo depois que ela fugiu eu me levantei e fugi também caminhei ao hospital mais próximo e lá fiquei - ela chorava, mas eu conheço muito bem a Manuela, ela havia ficado rancorosa e má, quem havia mudado era a Isabela.

— Pare de fazer os seus joguinhos Manuela, eu não acredito, sei que a Isabela tentou te matar, mas ela não estava consciente do que fazia, eu acredito nela e não em você - respondo.

— Mas eu juro, depois disso ela descobriu que eu estava viva e queria me procurar novamente pra dar um fim em mim de uma vez por todas! - ela exclama.

Isabela

— Joaquim!? - grito acordando assustada e atordoada.

Levanto rapidamente e o procuro por todos os cantos da casa mas não o encontro, saio lá fora e vejo meu pai em uma cadeira de balanço.

— Pai cadê o Joaquim!? - exclamo.

— Quando eu estava nos fundos da casa o vi saindo, acho que ele foi em casa, mas fique calma filha, daqui a pouco ele volta - ele me acalma.

— Eu sei, mas pai, eu preciso te contar uma coisa... - digo com seriedade.

— Você não está grávida né!? - ele exclama assustado e eu rio e nego com a cabeça, vejo que ele se acalma.

— Não pai, é algo mais sério! - exclamo retomando minha postura e sentando-me ao lado dele.

— Então me fale filha - ele respondo olhando para a mata.

— Provavelmente você deve saber da Manuela não é, já que ficou nos espiando - digo.

— Sei sim filha - ele responde.

— Então, depois de um tempo, nós duas tivemos uma briga, a Regina havia feito a cabeça dela e ela se tornou fria, sem sentimentos, má e rancorosa, eu estava completamente fora do controle e disse que ela queria roubar minha herança junto com a Regina e então ela começou a me falar muitas besteiras, disse que você havia morrido por ter desgosto de mim e muitas outras coisas... - dou uma pausa.

— Longe disso minha filha, eu te amo mais que tudo nesse mundo - termina.

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— Então em uma noite eu caminhei até o quarto e a matei, finquei uma faca em seu peito e agora eu sinto algo me atordoando, acho que ela está viva e voltou pra acabar comigo - respondo séria, mas muitas lágrimas escorrem por meu rosto.

Ele simplesmente me abraça, sei que provavelmente ele ficou chocado com tudo o que eu falei e vai demorar um pouco pra falar sobre esse assunto, mas eu também sinto que ele está do meu lado.

— Vai ficar tudo bem filha, nós vamos vencer a Manuela e a Regina, juntos, como uma família - ele me dá um beijo na testa.

— Eu sinto que algo está acontecendo com o Joaquim, e isso tem haver com a Manuela, precisamos ir atrás dele - respondo.

Meu pai apenas assente, fecha a porta e caminhamos em direção ao prédio dos irmãos Vaz.

De longe vemos Manuela tentando beijar Joaquim, meu coração dói e uma lágrima solitária cai de meus olhos, ele a empurra fraco e briga com ela dizendo que nunca a quis e ela simplesmente continua o forçando.

Meu sangue ferve e a raiva percorre meu corpo, corro atrás dela e então a seguro pelo pescoço fazendo se virar pra mim.

— O deixe em paz você está escutando sua vadia, antes que eu faça algo com você! - respondo com ódio.

— Isso mesmo, faça, me mate - ela ria - Mas você vai junto - Manuela retira a faca que eu utilizei nela do bolso.

— Se for pra deixar todos em paz, tudo bem, me mate Manuela, não era o que você mais queria, vá em frente, eu estou aqui - termino e sinto uma faca perfurar meu peito.

Me deito no chão gemendo de dor e ela corre, vejo Joaquim e meu pai correndo em minha direção e então apago, acho que é o meu fim.

Joaquim

— Isabela, por favor me responde! - ela estava desacordada em meus braços e seu pai chorava a chacoalhando com a tentativa de tentar acordá-la.

— Por favor filha, não me deixe, você é tudo o que eu tenho - Orlando chorava muito.

— Temos que levá-la ao hospital! - exclamo a pegando em meus braços e caminhando o mais rápido possível sendo seguido de Orlando.

Assim que chegamos lá ela foi imediatamente levada para a ala de emergência e eu e o pai dela ficamos na recepção, tivemos que mentir, dizer que um bandido a esfaqueou, mas que não conseguiu levar nada e que não tínhamos documentos, absolutamente nada.

Só espero que ela fique bem, a última coisa que eu quero é perdê-la e ainda mais por minha culpa, se isso acontecer eu nunca vou me perdoar!