Broken Life

Capitulo 3 – White Tulips Of A Tracker


Nos Capítulos Anteriores…

Às Vezes Tomar Café Não é Uma Boa Ideia

Em poucos minutos eu já tomei conta da cozinha, peguei o copo do elixir coloquei em cima da bancada para quando Steve acordar o vê-lo, depois que tomasse meu café, talvez eu procurasse um papel e fizesse um bilhete, mas antes mesmo de terminar meus planos escuto o barulho do elevador e em seguida pisadas, a primeira coisa que vem a minha cabeça é: “Ele mentiu para mim, o cara tem esposa e agora ela está aqui, ela vai me ver e pensar algo muito obvio que qualquer ser humano sensato pensaria, e eu vou acabar com um casamento de um bilionário, provavelmente sairei nas capas das revistas posso até ver a manchete ”Desconhecida acaba casamento de anos do bilionário Steve Rogers” Droga Natasha!”

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É Uma Ótima Ideia

– Eu sou a Natasha – Me aproximo lentamente olhando para o homem que continuava parado como uma estatua – Você deve ser o Will – Supus lembrando-me do nome que Steve disso ontem – Seu pai me falou de você...

– É eu sou – Ele parece feliz, é pelo menos o garoto gostou de mim.

Mas Nunca Tenha Tanta Certeza Assim

– Natasha você é a namorada do papai? – Me assusto ao ouvir a pergunta, quantos anos esse garoto tem? Será que vêm muitas mulheres aqui?

~*~

– Quando eu pergunto, eu quero uma resposta – A grosseria continuava – Você não entendeu as regras? – Do que diabos ele estava falando? – Mulheres que vão para cama comigo, não dormem aqui – Ele continuou a falar, e eu comecei a mi irritar, odiava aquele tom – E muito menos ficam para o café da manhã com o meu filho – Uau! Ele era realmente grosso, a raiva estava subindo a minha cabeça, quem ele achava que era para tratar mulheres assim? E que tipo de mulher o deixava trata-la desse jeito? O cara era um babaca e eu já estava me arrependendo amargamente de tê-lo ajudado.

Capitulo 3 – White Tulips Of A Tracker

"Não dá pra saber qual dia será o mais importante da sua vida.

Os dias que você pensa serem importantes nunca atingem a proporção imaginada são os dias normais, os que começam normalmente, e acabam se tornando os mais importantes.

Nunca se sabe qual é o dia mais importante da sua vida não até ele acontecer, você não reconhece o dia mais importante da sua vida até que esteja no meio dele.

O dia que você se compromete com algo ou com alguém.

O dia que você tem seu coração partido.

O dia que você conhece sua alma gêmea.

O dia que você se dá conta que não há tempo suficiente, porque você quer viver para sempre.

Esses são os dias mais importantes.

Os dias perfeitos."

É uma bela lógica, nunca sabemos o que os dias nos revelam, o vivemos e ai Boom! As coisas acontecem, eu não tento pensar muito sobre isso, eu não tenho expectativas, não gosto de tê-las, elas fazem as dores e as decepções serem maiores, hoje pode ser um dia desses importantes não que eu acha que isso vai acontecer ou que me importe com isso.

Sábados são tão tediosos para mim, eu odeio meu trabalho com todas as minhas forças, mas quando se trata de sábados e domingos, eu preferiria estar mil vezes correndo pela cidade embaixo do sol á ficar em casa sozinha vendo o relógio rodar, as horas passarem e o dia nunca acabar.

Pepper me deixou, tinha consulta marcada com a Ginecologista/Obstetra ela está planejando tudo para a gravidez, nada pode dar errado e quando ela encontrar esse pretendente a pai do filho dela tudo deve já está certo.

Acho isso uma completa loucura admito, mas confesso também que a ideia de ter um bebê em minha vida, uma vidinha inocente que só de olhar dá esperanças até o ser humano mais pessimista do mundo, me faz muito feliz, me faz ter expectativas, e eu nunca tenho elas.

A campainha toca me fazendo saltar do sofá onde estava sentada olhando a TV desligada como se fosse à coisa mais interessante do mundo. Calço minhas pantufas de melancia que combinavam com o meu baby-doll de minions, única pessoa que visitava ultimamente era a Pepper mesmo e ela já tinha me visto de trajes piores, então esse não ia fazê-la sair correndo.

Abro a porta já com um protesto em mente, sabia que ela iria querer me arrastar com ela para o consultório, e eu amo minha melhor amiga e faria qualquer coisa no mundo por ela, menos terminar meu sábado em uma sala de espera de um consultório.

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A loira de bela silhueta sempre em roupas elegantes, não estava na minha porta como eu esperava, no lugar dela tinha um cara de terno, gravata baixo e quase careca, sua barba está bem feita e sua postura é seria, eu o nunca tinha visto na vida.

– Senhorita Romanoff? – Ele pergunta me observando com a mesma postura, olho suas mãos ocupada por um belo buquê de tulipas brancas, eu amo tulipas brancas porque significam perdão, e para mim o perdão é a maior demonstração de altruísmo e amor incondicional que alguém poder dar e fazer por outra pessoa.

– Sou eu – Meus olhos ainda estão nas flores, mas volto a olha-lo assim que respondo.

– Meu chefe me encarregou de entregar-lhe – O buquê foi entregue a mim que pego ainda sem entender nada, ninguém nunca me mandou flores na vida, quem diabos fez isso?

– Seu chefe... – Questiono-o, ele me dá um leve sorriso, parecia meio desdenhoso. Eu deveria saber quem é o chefe dele?

– Steve Rogers – Ele foi tão obvio que acabei me irritando com o tom sarcástico dele.

– Steve Rogers? – Franzo a testa, levantando uma das minhas sobrancelhas – Como ele descobriu meu endereço? – Eu tinha muitas perguntas, mas foi tudo que conseguir formular e falar naquele momento, eu estava confusa e até mesmo assustada, como esse cara descobriu meu endereço? Como ele soube que eu amo tulipas brancas? Porque isso não foi um palpite de sorte tenho certeza.

– Meu patrão consegue tudo o que ele quer – Ele solta a frase como se fosse à coisa mais normal de se dizer, depois se afasta tão repentinamente e rápido que me deixa sem ação por alguns segundos, eu queria fazer um monte de questionamentos a ele, mas o cara desapareceu como fumaça, uma hora ele estava ali parado com um sorriso presunçoso, no outro tinha desaparecido.

– Hey! – Ainda grito, mesmo não o vendo mais, até tentaria persegui-lo, mas a ideia some da minha cabeça quando lembro que estou de baby-doll de minions e pantufas de melancia, fecho a porta atras de mim e observo as flores por um longo momento em meus braços, dentro do buquê tem um cartão amarelo, o pego e coloco as flores na mesinha de centro entre minha TV e meu sofá e me sento na poltrona verde observando a caligrafia bem feita, penso por um momento se foi ele que escreveu, ou mandou alguma secretaria fazer isso por ele.

“Espero que goste. Tulipas brancas, ótimo gosto para flores. Te esperarei hoje as 19:00 hrs no Villa Azur, o meu motorista te pegará. S. R.”

Isso foi um convite ou uma ordem? Ainda estou tentando decidir enquanto olho o bilhete, ele é mandão demais para o meu gosto, não tenho certeza se devo ir a esse jantar. Quem ele acha que é? ... Alguém que pode pagar o melhor restaurante do país meu subconsciente grita. Oh Droga! A comida de lá deve ser maravilhosa, e o pior é que essa é a única chance de eu ir lá com o salário que ganho, nem que eu trabalhasse minha vida toda sem gastar um centavo eu conseguiria pagar aquele lugar e mesmo que conseguisse eu esperaria uma fila de reserva que nem em outra vida chegaria minha vez.

Ok eu vou, mas só pela comida, Porque ele tinha que escolher esse restaurante?

As 19:00 hrs. em ponto eu estava pronta, podem falar muitas coisas de mim, mas eu era pontual, mentira eu não era pontual, mas especialmente hoje eu tinha sido. Estava vestida no meu melhor e único vestido elegante que Pepper tinha me dado de presente e nunca tinha encontrado um lugar a altura para ir. Ele era longo e azul com pescoço halter frisado com pedras pequenas e brilhantes, uma sandália de salto de tiras finas e pretas cruzadas, completava meu look de mulher elegante, meu cabelo estava solto e com cachos e eu usava apenas brincos como acessório.

Olho pela janela uma limusine me esperava do lado de fora. Quem manda uma limusine para um simples jantar? Parece que nunca mais esquecerei essa noite, pego meu celular, batom e algum dinheiro e coloco em minha bolsa de mão e saiu. Estou um pouco nervosa, mas tento demonstrar o mínimo possível quando atravesso a portaria parando de frente do mesmo homem que me trouxe as flores mais cedo.

– Pronta, senhorita Romanoff? – Ele pergunta já abrindo a porta da limusine para mim.

– Por favor, me chame de Natasha – Odeio formalidades – Desculpa, mas qual é o seu nome? – Entro no carro e espero ele entrar para ouvir sua resposta.

– Phil Coulson, Senhorita.

– Phil, prazer em conhecê-lo, por favor, pare de me chamar de Senhorita, ou Romanoff, apenas Nat ou Natasha... Agora me fale do seu patrão, ele é sempre tão mandão? – Pergunto educadamente, ele dá um leve sorriso e balança a cabeça.

– Eu já lhe disse Senhorita Natasha, o Senhor Rogers usa todos os meios para conseguir o que quer. – Reviro os olhos com a mesma frase de mais cedo, quem esse Rogers era? O rei do mundo? Deus? Viro-me a cabeça para a janela e olho a cidade passar rapidamente, não falo mais nada.

Entro ao restaurante e vou direto até a recepção onde uma mulher alta e loira parecendo modelo de capa de revista sorri docemente e me pergunta em que poderia me ajudar

– Eu vi me encontrar com o senhor Rogers

Suas feições mudam instantaneamente quando ela ouvi o nome Rogers, seus olhos parecem punhais enquanto fala – Siga-me

A mulher me conduz até a parte de trás do restaurante onde a mesa que Steve Rogers estava, ele nos viu chegando então se levantou imediatamente enquanto nos, aproximávamos-nos, ele caminha até minha cadeira e a puxa, eu me sento e pronuncio um baixinho “obrigado” então ele volta para seu lugar. Ok agora ele tem bons modos.

– Boa noite Senhorita Romanoff, obrigada por aceitar meu convite – Isso foi mesmo um convite? Porque ainda tinha minhas duvidas.

Queria dizer a ele que só estava aqui, por causa do restaurante, se fosse qualquer outro restaurante que ele tivesse escolhido eu não teria ido, mas apenas dou um leve sorriso antes de respondê-lo.

– Boa noite Sr. Rogers – Odeio formalidades – Obrigada pelo convite, mas realmente não era necessário, e, por favor, pode me chamar de Nat.

Ele franze o cenho – Não é Natasha?

– Isso, meus amigos me chamam de Nat – Ele pega o menu e eu o acompanho, não saberia o que pedir, mas acompanharia ele.

– Eu não sou seu amigo – Quando ouço tais palavras, quase saiu correndo dali, ele era realmente grosso, tinha me enganado com o negocio de boas maneiras.

Abaixo o menu e olho com um sorriso, que era tão verdadeiro quanto o aplique do cabelo da minha vizinha – Tudo bem Sr. Rogers, porque então não se ater apenas á Senhorita Natasha – Eu o vi sorrir um pouco atras do menu

– Peça o que quiser, parece que você não tem se alimentado bem nas ultimas semanas – Serio eu estava perdendo a paciência com esse cara, agora ele achava que eu era o quê? Uma mendiga, moradora de rua?

– Não que seja da sua conta, mas eu como todos os dias e muito bem Sr. Rogers – Tento me segurar, mas ele estava passando de todos os limites.

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Ele me analisa sem falar nada por um momento, qual era o problema desse cara? Primeiro ele diz que não somos amigos, o que era uma verdade, mas não precisava da grosseria, agora me chama de anoréxica?

– Só acho que você está um pouco magra. – Eu fui muito forte ontem quando tive que te arrastar bêbado sozinha até sua casa, as palavras quase me escapam da boca, mas continuo a ser educada

– Eu sempre tive esse corpo, sempre fui magra, confesso que agora estou mais, mas não é porque estou passando fome.

Ele ia falar mais alguma coisa, suponho que seria mais uma grosseria, mas o garçom interrompe chegando com uma garrafa de vinho tinto, nos servindo e depois anotando nossos pedidos, eu tento me concentrar no garçom, mas o olhar fixo de Steve em mim estava me deixando desconfortável.

– Então qual é a sua historia Sr. Rogers? – Pergunto assim que o garçom nos deixa, tinha que puxar algum papo, não aguentaria ficar em silencio enquanto ele me olhava daquele jeito

– Minha Historia? – Ele parecia meio surpreso com minha pergunta

Um sorriso me escapou – É sua historia – Confirmo

– Ok. Eu sou o CEO da maior empresa dessa cidade, tenho 30 anos, tenho mais dinheiro do que preciso e do que posso gastar. Tenho um filho que você conheceu cuido dele sozinho porque a mãe dele morreu quando ele nasceu, não cultivo relacionamentos... Não mais, tenho o que eu quero e faço o que eu quiser – Eu fiquei parada como uma estatua sem falar nada só ouvindo ele se gabar de se mesmo. – E a sua historia, Senhorita Natasha? – Agora foi à vez dele de me questionar

Sorriu meio desgostosa – Minha vida não é tão interessante nem glamorosa como a sua, sua uma garota de 25 anos, minha família era Russa eu morei na Rússia até meus 05 anos, vim para cá morei em Nova York por um tempo depois me mudei para Miami, minha mãe morreu quando tinha 12 anos, meu pai quando tinha 16, eu trabalho como assistente de uma editora de livros, sou mais como uma faz tudo, odeio meu trabalho... Acho que é isso. Ah! às vezes ajudo em uma cozinha comunitária, minha amiga me forçou no começo, mas agora faço porque adoro – Meus dedos estão tamborilando na mesa, eu estava nervosa, e não gostava de falar da minha vida.

– E o que o seu namorado acha de você ajudar caras bêbados no meio da noite e depois sair para jantar com eles? – Tinha tanta ironia em sua voz quanto dinheiro na sua conta bancaria

– Eu não tenho namorado, o ultimo foi há dois anos atras, não estou atras de um... Gosto de ficar sozinha – Fui direta, muito direta.

– E o sonho de se apaixonar, casar, ter filhos, construir uma família? – As ironias continuavam, e eu estava quase pulando em sua garganta.

– Não acredito em conto de fadas... E na verdade nada é para sempre... – Ele se surpreendeu com minhas escolhas de palavras, mas essa era a pura verdade, e eu não tinha medo de dizer.

~*~

Villa Azur era tão belo quanto eu imagina, a iluminação baixa de luminárias chiquérrimas deixava o lugar aconchegante, elegante e romântico, a decoração era tão simples com cores claras, mas ao mesmo tempo tão moderna, havia quadros maravilhosos nas paredes e musica calma, as mesas eram forradas com toalhas de cetim e as refeições servidas em porcelanas caras e delicadas

– Você gosta daqui? – Ele me pergunta enquanto eu observo discretamente, ou pelo menos eu achava que era discretamente o lugar.

– Sim, muito... É tão maravilhoso quanto eu imaginava.

As nossas refeições chegam, assim que Steve estava prestes a me falar algo, ele espera enquanto o garçom coloca nossos pratos e só começa a falar quando estamos realmente sozinhos de novo.

– Você gosta de ajudar as pessoas não é? Bêbados em Clubs, Cozinha comunitária, por quê?

– Por quê? – Não entendo de começo, ou pelos menos não sei como responder por que eu o ajudei? Porque eu ajudo alimentar pessoas que não tem grana? Eu não sei nunca me fiz essa pergunta, talvez para me sentir melhor comigo mesma. Isso soou tão egoísta, em um ato tão altruísta – Sei lá, acho que quero um lugar no paraíso – Eu brinco, mas ele não sorrir, ele parece bravo, está com a mesma carranca quando me encontrou de manhã na cozinha.

– Você não devia fazer essas merdas – Alguém, por favor, me ajuda a entender esse homem, porque ele está bravo? – Quero dizer, e se eu fosse um estuprador, se eu te matasse ou te roubasse? Você não pode andar por ai ajudando pessoas que você não conhece, você é apenas uma garota – Era um sermão? Ele estava preocupado com o meu bem estar? Porque ele era tão indecifrável, ele oscilava do bem ao mal em segundos, do cara educado, ao cara de mau humor em um piscar de olhos, Quem diabos era esse homem?

– Você não me faria mal nem se quisesse, e eu não sou só uma garota, eu sei me defender, Sr. Rogers. E digamos que eu gosto de poder ser útil ajudar de alguma forma, eu nunca tive quem me ajudasse – Sentia que estávamos entrando em uma conversa que eu não queria, mas também não conseguia evitar.

– Seus pais morreram muito cedo não é?

– Minha mãe teve câncer, e meu pai era alcoólatra, nunca foi fácil – Eu sentia se começasse a falar sobre eles começaria a chorar a qualquer momento.

– Foi por isso que você me ajudou? Achou que eu era um alcoólatra – Dou mais uma garfada no meu prato, depois repouso o garfo, enquanto o vejo beber o vinho.

– Meu pai morreu engasgado com o próprio vomito em uma noite de bebedeira, eu não estava lá para socorrê-lo, as pessoas acham que isso é besteira o que elas não percebem é o quão isso é fácil de acontecer. Eu não queria que você tivesse o mesmo destino, eu estava lá e eu podia te ajudar não me perdoaria se não fizesse, eu cuidei do meu pai por quatro anos, o vi cada bebedeira de cada dia desde que minha mãe morreu, ele bebia até cair no esquecimento e uma manhã eu o encontrei na cama morto... – Paro de falar não conseguiria continuar, olho para o outro lado, para ver lindas luzes refletirem em cristais pequenos, tento respirar fundo para voltar olhar Steve que não tirou o olhar mim nem por um minuto. Quando o olho ele está lá com os olhos vidrados em mim com sua postura indecifrável, acho que o choquei um pouco contando todas essas merdas da minha vida, mas foi ele quem quis saber, então não tive muito culpa de derramar tudo isso.

Depois de um longo silencio Steve levanta a taça e faz um gesto para que eu faça o mesmo, eu atendo logo em seguida a erguendo.

– Obrigada pelo o que você fez na noite passada e pela companhia essa noite, e me desculpe por estar tão bravo hoje cedo, eu não esperava um ruiva pequenina e petulante na minha cozinha – Eu sorriu e ele me acompanha em um sorriso mais discreto.

– Foi um prazer

Enquanto saiamos toda a atenção do restaurante e até das pessoas da rua eram para nós, quer dizer para ele, porque a maioria que olhavam eram mulheres, lambendo os lábios e com insinuações ridículas, era meio desconfortável para mim está ali ao lado dele, ele parecia não importar nem ao menos perceber, mas para mim era muito obvio.

– Quer um sorvete? – Pergunto, percebo uma sorveteria logo a frente do restaurante, eu amo sorvete, e queria retribuir de alguma forma o ótimo jantar.

– Não, eu quero te levar em casa sem menores problemas – E a grosseria voltou, tinha demorado muito, eu tinha até estranhado – Preciso ir a outro lugar

– Aonde? – Porque eu não controlo minha maldita boca, agora ele vai achar que estou interessada na vida dele.

– Você não vai querer saber – Ele é curto e se direciona ao carro

– OK, então eu vou tomar o meu sorvete e você vai para seu lugar secreto, até mais ver Sr. Rogers. – Saiu caminhando sem olhar para atras, chega de grosseria, nunca mais eu o veria e eu estava muito bem com isso, não precisava de alguém na minha vida com tantos problemas com se mesmo, quanto eu.

– Porque você não entra nesse carro, e para de ser petulante por um momento essa noite – A voz dele é grossa e faz arrepiar meu corpo todo, mas não deixo me afetar, me viro e o encaro.

– Você não é meu dono, e eu não faço o que você quer... Obrigada pela carona, mas eu vou ficar e tomar meu sorvete.

– Droga garota! O que economizaram no seu tamanho, te colocaram de petulância – Ele resmunga, e eu solto um sorriso quando o vejo vindo até mim – Isso vai ser muito rápido, você toma esse maldito sorvete e eu te levo para casa.

– Combinado – Meu sorriso vitorioso, o faz colocar uma carranca muito falsa naquele rostinho lindo.

– Phil, você pode ir, quando terminarmos, eu te aviso – ele ordena o motorista que assente, depois sai caminhando me deixando para trás, eu tento acompanha-lo, mas meus saltos não estão me deixando então resolvo isso rapidamente me abaixo ali mesmo no meio das calçadas e tiro meus sapatos colocando meus pés no chão gelado, aquilo era quase uma terapia para mim.

– O que você está fazendo? Esse chão é imundo – Ele resmunga novamente, parecia um velho resmungão brigando com os netos.

– Meus pés estão me matando – Dou de ombros e agora saiu na frente desfilando bem mais confortável

Calço minhas sandálias antes de entrar na sorveteria me apoiando nele, que continua com a carranca que me faz rir discretamente, me sento em uma mesa perto da rua e ele me acompanha.

– Olá o que desejam? – A morena baixinha e atarracada pergunta com os olhos em cima do meu acompanhante, para ele isso deveria ser a coisa mais normal do mundo, porque ele nem liga parece nem perceber todos os olhares em cima dele

– Me traga um sorvete de chocolate com casquinha e cobertura, e você o que quer? – Pergunto levando minha atenção para ele

– Quero que você ande rápido com isso... – Grosso!

– Um de baunilha como muita cobertura de chocolate para ver se adoça a vida do Sr. Rogers ai – Dou um leve sorriso e ele me lança um olhar matador, enquanto a garota sai.

– Você parece uma criança sabia? Cabeça dura e com essa boquinha nervosa – Ele resmunga

– E você parece um velho, todo cheio de regras e de não me toques – Retruco no mesmo tom – Há quanto tempo você não toma sorvete? Se é que você já tomou na vida.

Ele pensa um segundo – Sei lá, acho quando criança.

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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Os sorvetes chegam em seguida fazendo brotar um longo sorriso no meu rosto, sorvetes me deixavam feliz, eles sempre me lembravam de um tempo bem distante, tempo onde as coisas eram mais fáceis, eles me lembravam pessoas que não tinha mais, e isso tornava até mórbido e sombrio, mas para mim era algo bom.

Não teve muita conversa enquanto nos deliciávamos com o sorvete, estávamos bem concentrado naquele pedacinho do céu, pelo menos eu estava, Já Steve eu tenho minhas duvidas já que ele nem tomou todo o sorvete, eu suspeito que ele não tomou, só para não dar o braço a torcer para mim, mas optei por ficar quieta.

– Agora está pronta para ir, ou quer mais alguma coisa? Um parque de diversão? Passagens pra Disney? – Sua ironia não me afeta nem um pouco, apenas me levanto tirando o dinheiro da bolsa sabia que ele ia protestar e ele fez, mas meu olhar de “não se atreva” o fez desistir, pago a garçonete que estava mais concentrada em babar no Rogers do que em receber meu dinheiro.

Quando saímos da sorveteria a limusine já estava nos esperando, entramos em silencio assim ficamos por um belo tempo, o clima estava meio estranho, às vezes eu o olhava discretamente de canto de olho e ele continuava a me olhar como no restaurante sem nenhuma cerimônia, aquilo estava me deixando louca, então decido terminar aquele martírio.

– Serio que a ultima vez que você tomou sorvete foi quando criança? – Dou um leve sorriso e o olho.

– Serio, Por quê? É um problema? – Qual era o problema dele? Sempre armado a cada palavra que dizia.

– Não nenhum, só... Eu só estou surpresa – volto a olhar a bela noite de Miami pela janela da Limusine

– Você encontraria muitas coisas surpreendentes em mim, Senhorita Romanoff – Ele solta e eu estremeço toda, não esperava por aquela resposta, não falo nada, não tinha e nem podia falar naquele momento, apenas continuo a olhar a janela.

No Próximo Capitulo...

Outro Bilionário Entra Em Cena

– Opa, opa tira o senhor... É Tony, Tony Stark, odeio formalidades – Era disso que eu estava falando, gostei dele, tirando o sarcasmo

Qual o meu problema essa semana com homens extremamente bonitos e ricos que usam terno? Eu estou os encontrando essa semana, mais do que já encontrei em minha vida toda.

Mas Não Agrada Todo Mundo

– O que falar desse povo de Miami, que só vive queimando os miolos na praia – Ele murmura, e duas ruguinhas aparecem na testa de Pepper, a coisa ficaria feia.

– Você falou mal de Miami, é isso? – Ela saltou brava

Enquanto Isso Nat Está Salvando O Dia Mais Uma Vez

– Minha babá, mas eu acho que ela não vem mais – O loirinho fez um biquinho que cortou meu coração, ele deve ter todo mundo nas mãos, com essa carinha.

– Ok – E lá vai eu de novo me meter onde não era chamada – Eu te levo até em casa... – O que eu podia fazer? Ele só era um garotinho.

Capitulo 04 – Men In Suit

Domingo, dia 20 De Dezembro.