Eu sou o inverno

O início de um império


Eles me encaravam atentamente após explicar o meu plano, era notável que não confiavam muito em mim. No meu plano na realidade, que era bem simples, mas que demoraria um bom tempo pra ser concluído, precisávamos tomar as devidas providências o mais rápido possível afinal não sabíamos exatamente como Esther se sairia, Niklaus já estava bem a minha frente com os planejamentos mais importantes e essa era a minha vez de finalmente sair em campo a frente e tomar o controle de tudo, pois convenhamos... todo mundo sabe que quem manda de verdade sou eu.

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— Transilvânia? - Kol riu me perguntando - Você indo para lá Sage é mais do que irônico. Eu deveria ter escolhido lá para a lua de mel de vocês. Posso fazer isso presenteando vocês no aniversário de casamento.

— É , nós vamos para lá. - informei eles e ouvir Nik bufar do meu lado - Nem adianta Klaus, eu vou e você vai ficar.- briguei com ele sabendo que ele gostaria de uma viagem, mas agora ele é um pai de família e vai arcar com os deveres.

Ninguém mandou. Escondi meu sorriso pela minha vingança um tanto silenciosa, eu poderia não ter dado uma surra nele, mas agora ele tinha que se controlar em alguns aspectos por bem ou por mal, ele não tinha escolha.

— Podemos deixar tudo com Marcel. - ele informou e eu rolei os olhos, ele está cansando de ficar tão parado.

— Nós ainda nem sabemos se realmente tem alguma coisa lá, as datas podem ter sidos adulteradas para fazerem reciclagem de conteúdo..- Elijah contestou – E você precisa ficar com Hope.

— Não importa. Iremos eu, Natalie, Kol e Elijah. Apenas nós.- informei – Vamos dar conta de tudo. Temos sensatez e loucura juntos, então... vai ser mais do que fácil. – dei um sorriso malicioso – Será equilibrado.

Tirando o fato de que ninguém bate muito bem da cabeça. Esqueça o equilíbrio.

— Vou comprar as passagens. - Natalie avisou.

— Ok. Ok. - sussurrei, se ninguém quer ir comigo eu só lamento.

Eu tinha que admitir que o meu tele porte não era dos melhores, então, era melhor ficar em silêncio e seguir os sábios. Suspirei e olhei para Elijah.

— Vamos, nós vamos na emissora para saber o local exato onde isso foi gravado. Sabemos que ele podem ter feito as filmagens em outros locais e terem dito que ocorreu lá... então. – ele se levantou e veio em minha direção.

Entramos no carro e eu dei a partida, eu finalmente havia ganhado um carro, não que eu não pudesse roubar o meu, mas Niklaus estava de olho em mim depois que eu joguei o carro que ele me deu dentro de um rio e eu tinha ficado até um pouco traumatizada depois de ter capotado na ultima vez e quase morrido quando ainda estava em transição.

— Eu estou feliz pela sua dedicação Sage. -ele me avaliou por alguns segundos enquanto eu dirigia em direção a emissora – É bom te ter na nossa família, eu sinto um pouco mais de segurança vendo que você está entrando nos eixos.

— Minha dedicação sempre foi a mesma Elijah, eu disse que faria muitas coisas e eu cumpri todos elas. Eu sempre cumpro as minhas promessas. – o olhei atentamente.

— Eu apenas digo que faço o que eu posso. - ele sorriu largamente.

— Como você está? Afinal Camille também era sua amiga, e tem Finn e Hayley.- sussurrei – Eu sei que já se passou muito tempo, mas... a dor ameniza... nunca some. – me lembrei de minha família de criação.

— Nunca some. Eu tenho mais de 1200 anos de dor, e aprendi a conviver com todas elas. Esse é o preço que se paga pela imortalidade. Eu não era muito ligado a Camille, devo confessar que só tinha contato com ela por causa de Niklaus. Finn... não foi nenhuma novidade, se ele vivesse era capaz que nós morrêssemos então antes ele do que nós... e Hayley foi uma grande amiga. Nunca passou disso. Eu tenho um grande apreço por ela e principalmente por Hope que vejo como se fosse minha filha. – deu um sorriso pequeno – Eu sou milenar, mas eu nunca paro de conhecer coisas novas.

— Ainda bem. – respirei fundo e parei de frente ao imenso portão, o segurança se aproximou – Quero entrar.

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— Não... – acelerei e deixei ele falando sozinho enquanto passava por cima do portão com o carro, saímos e andamos até a sede da emissora.

Elijah vinha irritado pela minha indiscrição, como se eu fosse pular o muro só pra falar com um cara não é? Ah gente por favor, vai dizer que todo mundo teria a paciência de esperar 15 minutos pra falar com um cara nada importante como esse? Eu sou uma rainha Híbrida, eu tenho que esperar?

— Poderia ter hipnotizado ele. – Elijah resmungou – Devemos ser discretos Sage.- me repreendeu como se fosse meu pai.

— Mas não devemos mesmo Elijah, eu posso fazer o que eu bem entender. Eu vou os assustar e eles vão me dizer.

— Eu acho que uma simples ligação seria mais do que o suficiente. – entramos no local recebendo olhares e eu me dirigi a sala de direção derrubando tudo que se metia em minha frente.

— Eu não gosto de falar pelo celular, não te irrita aquela voz chatinha no seu ouvido?- peguei meu celular novo e o coloquei no vídeo da dança.

Entrei na sala e o homem atrás da mesa me olhou com curiosidade, joguei o celular na mesa me sentindo uma mafiosa entregando fotos de quem eu mataria. Cruzei os braços e ele apenas suspirou descontente não parecendo nada surpreso com a minha aparição em sua sala, isso deveria ser muito comum por aqui.

— Não deveria estar aqui senhorita. – ele resmungou colocando o óculos.

— Não te perguntei nada, eu quero saber onde esse vídeo foi gravado. – ele o olhou rapidamente.

— Na Transilvânia. Está bem claro. – bufei.

— Isso é o que vocês dizem.- pisquei e Elijah suprimiu uma risada ao meu lado.

— Você trata todo mundo como um vilão? – ele cruzou os braços – Realmente foi gravado na Transilvânia, recebemos autorização do dono do lote, senhorita isso é uma gravação do ano passado, não tem nada ilegal aqui ou o que quer que uma maluca como você esteja procurando por aqui. – rolei meus olhos, que cara chato e abusado.

Adorei ele deve ser um avô muito sensacional.

— Onde fica esse lote? – peguei um bloquinho e uma caneta e dei para ele que passou a escrever.

— É onde o castelo de Vlad Tepes fica, você sabe o cara que originou o Drácula. Pode encontrar o novo dono e sua família por lá. – ele me olhou atentamente esperando que eu saísse logo de sua sala.

— Tem alguém morando nesse castelo e não sou eu? Realmente nós temos que dar um susto.

— Viu como foi fácil Sage? Não precisávamos ter agido assim. – Elijah ainda me repreendia.

— A diferença entre nós dois é que você entraria despercebido e sem se anunciar. Elijah nós somos totalmente opostos. – saímos da sala do diretor e Elijah veio atrás de mim resmungando em voz baixa.

— Aja como uma Mikaelson.

— Achei que já estivesse agindo como uma.

~º~

Descemos do avião e eu olhei tudo entediada, eu estava muito irritada por ter passado tanto tempo presa em um avião ouvindo as piadinhas de Kol e as músicas horríveis dele. Suspirei e olhei ao redor sem nem saber por onde deveria começar, eu estava mais do que perdida com a situação mesmo que já soubéssemos onde deveríamos estar. Suspirei e Elijah me olhou com uma careta vindo para o meu lado carregando sua própria mochila, incrivelmente ele usava uma calça jeans larga e camiseta já que o dia estava terrivelmente quente e queríamos nos misturar com facilidade, algo que não aconteceria se ele estivesse usando um terno na Transilvânia.

Olhei a mata d um verde intenso com árvores extremamente altas e grossas, o chão era de uma terra extremamente escura e o céu estava bem escuro, fora que estava extremamente abafado e quente apesar de ser um dia úmido cheio de moscas e insetos infernais, malditos que mereciam uma morte lenta queimando no fogo do inferno de onde eles saíram. Odeio insetos.

— Sage você lembrou de alugar quartos? – olhei de cara feia para Natalie, ela por acaso estava achando que estávamos de férias?

A princesinha loira coroada está sonhando que estamos de férias em Paris para eu ter que alugar quartos? Eu vou armar uma guerra para pegar um reio com apenas 4 pessoas, eu vou ficar no mato como um general ou sei-lá o que medieval armando estratégias prudentes e efetivas de eliminação rápida, afinal eu posso ser bem forte... mas... até eu tomar tudo terei sido drenada por esses insetos malditos.

— Não precisa, nós não vamos parar, vamos pegar o que queremos e vamos embora, simples assim.- dei de ombros sem ligar para a sua careta.

— Você só pode estar de palhaçada com a minha cara, como assim não vamos descansar?- a olhei.

— Ah você precisa descansar princesa? Durma em um papelão ou dentro de uma caixa, eu não me importo. – ela bufou e eu enrosquei meu braço no braço de Kol – Precisamos achar o maldito castelo logo e sair daqui, esse clima está me irritando profundamente. Tudo muito úmido, irritante. – resmunguei estapeando uma mosca que pousou no meu braço.

— Eu achei que combinou perfeitamente com você, melhor impossível. – Kol resmungou rindo e colocou seu óculos escuros enquanto eu colocava o meu – Vamos, vamos... somos só nós quatro aqui e temos que ser rápidos e pegar logo essas árvores.

Esqueci de avisar que eu não vim só pra isso, vou matar esse humano maldito que está se achando o “rei”. Ser imundo.

— Isso faz eu me lembrar de algo. – começamos a avançar pelo local e entramos na mata seguindo o GPS – Tudo bem, a presença de Kol fez eu me lembrar de algo... – reprimi uma risada – Eu não sabia que você gostava de se envolver com garotinhos Natalie. – dei um sorriso maldoso e ela me encarou com fúria – Como Kol se saiu como seu namoradinho? O que vocês aprenderam de bom um com o outro? A brincar de pique-pega? Esconde-esconde? Não é isso que crianças fazem?

— Como assim? – o moreno ainda parecia perdido.

— Oh pobres corações se derreteram quando se encontraram, tão lindo, tão meloso e dramático como um Mikaelson de sangue... – frisei – Consegue ser. – ri de novo e vi o rosto de Elijah se preencher em compreensão, ele mordeu o lábio e desviou os olhos contendo alguma piadinha.

— Bem Natalie, eu realmente não sabia que você gostava de brincar de boneco. Você não era velha demais pra isso?- ele não se aguentou e desviou os olhos abrindo um sorriso.

— Parece que essa fase já passou. – fingi um suspiro de alívio – Seria muito triste se por algum acaso... alguém te lembrasse disso pela eternidade. – abri um sorriso maldoso.

— Por que Kol não está sendo atacado?- nos questionou.

— O louco é ele, nós procuramos sensatez em você. – coloquei a mão em seu ombro – Não se preocupe, todos nessa família podem ser recicláveis. – apertei seu ombro com mais força – Mas se você sonhar com Niklaus eu arranco suas pernas e costuro ela nos seus ombros.

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— A última pessoa dessa família que eu preciso me envolver é com Niklaus, eu estou realmente traumatizada com isso. – ri baixo e continuei seguindo grudada em Kol pronta para o usar como ponte ou escada caso precisasse.

— Me conte querida, qual foi a sensação quando você se deparou com esse lindo sorriso de menino, esse rostinho de bebê sem pelos e esses maravilhosos olhos Mikaelson? – segurei o rosto dele com força que continha uma gargalhada e ela nos deixou falando sozinhos – Volte aqui querida. – a segui escorregando na terra – Eu ainda não terminei de perguntar as coisas, é sério... – ela suspirou e correu e eu olhei para os dois – Se ofende fácil hein, conhecendo sua personalidade Kol... fico até surpresa que ela tenha gostado de você algum dia... e que você já tenha tido rosto de machinho o suficiente pra conseguir uma mulher sem que ela pensasse que estava cometendo algum crime. – ele desapareceu e eu olhei para Elijah que sorria – Discorda irmão?

Kol era lindo, fato. Delicioso, fato. Mas era um porre, fato maior ainda.

— De forma alguma irmã. – corremos atrás deles e logo paramos acima de uma colina.

Olhei para o castelo com um pouco de fascínio e assombro, ele era bonito, mas era muito bizarro. Parecia escuro, fechado demais e sufocante demais, era completamente estranho que alguém suportasse morar em um inferno de lugar como esse no meio de uma mata infernal, com esse monte de mosca maldita infernal que fica zumbindo em nossos ouvidos. Olhei de cara feia e vimos as árvores ao fundo e uma movimentação estranha, segurei o imenso pedaço de madeira que veio em minha direção e rolei os olhos saltando da colina deslizando pela terra escura e desviando das imensas árvores e parei de frente a um grupo de vampiros.

— Forasteiros, quem são vocês?– joguei a madeira no chão sabendo que aquilo não me feria.

Eu sei eu sou um máximo, mas prata é diferente não é? Vai entender as aberrações de Ibis. Quem é que ia atacar “aparentemente” uma vampira com prata?

O olhei atentamente e estreitei os olhos e abri um sorriso de lado. Eu quero ser rainha da Europa, e o fato de ter um cara com um castelo que é um vampiro e ter subordinados faz disso um reino. Quero. Se eu não posso ter o de Elizabeth eu posso ter o resto.

— Eu sou Sage Mikaelson e essa é minha família, viemos aqui para coletar a madeira de carvalho branco. – ele não tinha ideia de quem eu era.

— O que quer com a madeira de carvalho branco? Nosso rei está as cultivando por anos. – ele me encarou atentamente e um grupo enorme de vampiros surgiu nos olhando com curiosidade – São selvagens? Os nômades malditos?

— Todos sabem que Esther está vindo e vem com um exército de Originais, é meio óbvio que saibamos o que vai acontecer não é? – sorri para eles – Então precisamos da madeira. – dei um pequeno sorriso, eu não esperava os convencer – Não somos selvagens e muito menos nômades.

Ele deu um aceno com a cabeça e passamos a o seguir para dentro sendo acompanhados pelo pequeno grupo de vampiros, Elijah me olhou e eu dei de ombros sem realmente me importar, seria mais do que impossível que algum deles conseguisse nos matar. Me matar. Entramos no castelo e eu franzi a testa, era o tipo de lugar que eu odiava, cheio de armaduras, quadro bizarros, paredes e pisos escuros e o local sombrio. Isso me lembrava a casa antiga de Niklaus ao qual eu odiava e que me dava arrepios.

— É terrível isso aqui não é? – dei um tapa em uma armadura a derrubado no chão e alguém bateu em minha mão – Eu mudaria tudo. – sussurrei ainda olhando o local e então paramos em uma sala e eu olhei ao redor com uma careta – Posso colocar um quadro bem colorido naquela parede, as paredes podem ser de cor lilás ou azul claro, o piso de porcelanato branco... e tirar esses candelabros malditos. Eu não gosto de decorações sombrias, odeio tudo.- comecei a planejar tudo enquanto informava Elijah.

— Olá, a que devo a visita?- olhei o loiro de cabelo quase branco de olhos pretos, sim, pretos.

Ele estava parado, dentro de um casaco de cor vermelho sangue com um tecido extremamente pesado embora estivesse um INFERNO de quente. Maluco.

— Pois é né? Eu quero madeira. – cruzei os braços – De carvalho branco, estamos aqui te pedindo por favor, com toda a honestidade do mundo. – comecei com uma voz suave.

— Eu não vou entregar, aquilo ali minha querida foram anos... anos de trabalho, eu tive que esconder tudo aquilo daquela família maldita que destruiu com todas as árvores de carvalho branco. Aquilo é o que vai nos livrar daquela praga Mikaelson. – apontou em direção ao matagal e eu não vi porra nenhuma já que a cortina preta bloqueava nossa visão.

— Alguém avisa para esse homem que... se eles morrem você também morre.- arqueei uma sobrancelha pela sua estupidez.

— O que?

— Isso que você ouviu, bem... agora ela não tem mais utilidade nenhuma pra você. Nós queremos as arvores. – falei – Se os Mikaelson foram mortos, todos os vampiros que eles criaram por anos irão embora também, assim como as criações desse vampiro e etc...

— Me desculpe minha querida, sem querer ser rude... mas quem é você? – ele se sentou despreocupadamente com a sua sala lotada de vampiros, se eu fosse humana já teria morrido de claustrofobia.

— Sou Sage Mikaelson, a nova, não a velha.- não queria ser confundida com aquela piranha ruiva.

— Mikaelson. – ele grunhiu e se levantou imediatamente – O que é que você quer aqui? – gritou.

— Eu só queria madeira, mas depois que descobri que tem um reino aqui... eu quero seu reino.- meus irmãos engasgaram em minhas costas e eu apenas sorri.

— Não ela não quer. – Elijah me corrigiu imediatamente – Sage está consumindo alguns alucinógenos depois que se casou com meu irmão Niklaus.

— Saiam do meu castelo agora! – ele gritou e eu ergui as mãos o olhando despreocupadamente – Se quiserem podem pegar os do Ruver, mas aqui não! – ele gritou todo nervosinho.

Ruver é? Quero o dele também. Sai o local sem me importar enquanto Elijah me puxava com força pelo braço em direção a saída, parei e olhei o tal rei com uma careta.

— Onde fica esse tal castelo do Ruver? – ele jogou um papel amassado na minha cara e nós saímos.

— Sage você enlouqueceu? – olhei para Natalie sem me importar e encarei o céu vendo um pequeno avião passar por ele – Os Ruver são um grupo imenso de vampiros selvagens! Não podemos arrumar uma briga aqui... desse jeito sem os nossos! – tentou colocar coerência na minha cabeça – SELVAGENS! – gritou.

Meu amor, minha rainha querida... eu sou um exército em uma única mulher fofa.

— Não ué. – sussurrei – Eu estou perfeitamente sã.

— Desistiu só de ouvir um sai daqui?- Kol riu batendo em meu ombro.

— Não Kol. – o bati de volta – Eu vou tomar esse lugar, eu tenho um plano e se ele não quis por bem... eu vou pegar por mal, se sobrar alguma coisa. Que tal começarmos com o nosso plano de dominação global?

~º~

Olhei os dois que conversavam tranquilamente do outro lado da fogueira, Natalie e Elijah relembravam os tempos passados enquanto eu e Kol observávamos comendo um chocolate. O moreno suspirou e olhou para os dois com descaso vendo eles rirem e depois me encarou encostando seu corpo no meu e apoiando a cabeça nos braços que estavam sobre os seus joelhos dobrados, Kol parecia um adolescente de 16 anos dessa maneira. Imagino quantas mulheres se enganaram com esse rostinho fofo, ele passava justamente a impressão contrária de quem ele realmente era.

— O que foi vampiro baby? – ele bufou irritado e arrumou o cabelo encarando a mata escura.

— Nada Sage.

— Está com ciúmes irmãozinho?- ele ameaçou me bater e eu fugi de seus braços – O que foi?

— Sage olha só onde nós estamos. – apontou ao redor mostrando as árvores imensas e o chão lotado de folhas.

— E dai?- questionei sem realmente me importar com isso – Você já dormiu no mato mil vezes. – me lembrei e apertei o botãozinho do repelente o lançando ao redor de nós pela décima vez na noite.

— A diferença é que no mato em que eu dormi não tinha dois reinos de vampiros no cercando se sentindo ameaçados por uma maluca que tem o meu sobrenome, que faz parte da minha família e que é casada com o meu irmão mais perigoso e insano.

Perigoso e insano era o Kol, o Klaus só não se importava.

— Você está com medo? – questionei evitando rir e ele bateu na minha cabeça.

— Sage, tem uma floresta de madeira de carvalho branco do nosso lado.- apontou – Adivinha com o que eu morro? Pra você é fácil falar, nada te mata.

— Você ama ela?- apontei para a loira.

— Eu não. – deu de ombros sem se importar – Sinceramente ela foi apaixonada por mim, eu comecei a sentir algo, mas ai o Niklaus fez todo aquele show de sempre dele e eu perdi o interesse. Kol Mikaelson nunca vai se apaixonar. – agarrei a cabeça dele com força e ele me olhou confuso – O que?

— Praga de bruxa, te joguei mil carmas. – soltei sua cabeça e ele me olhou de cara feia.

— Realmente Sage, você não poderia ter mesmo alugado um quarto?- a loira resmungou matando dezenas de mosquitinhos que insistiam em a incomodar, Elijah parecia a ponto de soltar raios pelos olhos e dizimar toda a floresta e eu junto.

— Para quê você quer um quarto? Qual dos meus irmão você vai levar dessa vez? Hum? O bebê da família ou o senhor delícia destruidor? – ela arremessou uma pedra em minha direção e eu apenas a olhei fazendo voltar bem na cara dela – Isso é pelo sapato, falta mais um. Arremessa um tronco agora que ele vai voltar em chamas. – ameacei.

Kol engoliu uma gargalhada e ela apenas voltou a conversar com Elijah me ignorando por completo, meu celular tocou e eu o atendi rapidamente e Kol saiu de meu lado entrando na floresta escura e seguindo em direção a cidade.

— Oi Nik.

Oi amor.— ouvi sua voz metálica e uma risada – Encontrou o que queria?

— Sim.

E quando vai voltar?

— Olha vai depender de muitos fatores.— quase pude ouvir ele revirar os olhos.

Tipo?- ele suspirou – Por favor Sage não me diga que conseguiu ser presa por homicídio ou que Kol foi preso, ou que Elijah arrumou confusão com bruxas ou que Natalie se encontrou com um grupo de lobisomens. Eu sabia que eu deveria ter mandado outro grupo.

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Quanta fé na própria família.

— Você não manda coisa nenhuma. – suspirei e ouvi que ele se acalmava – Temos a madeira, mas o problema é o seguinte... Tem dois reinos aqui, e um deles tem poder total sobre a madeira.- ele grunhiu irritado – E eu decidi que eu vou destruir os dois reinos e pegar a madeira.

Como assim você simplesmente decidiu?— ele estava furioso.

— Decidi Nik, eu simplesmente decidi que vou pegar o reino pra mim. Apenas isso. – informei – É a forma de termos a madeira, assim que ele soube qual era o meu nome ele me expulsou.- resmunguei – Vê se pode?

— Ah ele pode amor, somos uma família bem odiada, vai ter que se acostumar com isso agora.- comentou e ouvi Hope chorar ao fundo — Por favor Nataniel, pare de tirar fotos dela está a irritando. – ouvi um barulho de pancada e logo ele voltou a falar comigo – Espere ai amor, não faça nada, vou mandar um grupo de vampiros até ai para poder ajudar.

— Por favor Niklaus, olha só com quem você está falando, acha mesmo que eu preciso de ajuda?

Sim Sage, principalmente de psicológica, o que foi que te deu na cabeça para desafiar dois reinos? Ainda mais só estando com quatro pessoas?

— Meu amor, nós temos uma Híbrida e bruxa, temos uma vampira muito velha – ouvi um resmungo – E dois originais, é mais do que suficiente. E eu tenho um plano e até agora desafiei apenas um único reino.

Sage... por favor querida... tenha cuidado.— ele suspirou – E volte logo, alguém tem que dar uma lição no Marcel e na Katherine.

— E por que não você?

Eu estou ocupado cuidando de um bebê, um reino, uma pantera, uma esposa completamente insana, uma irmã querendo entrar no mundo do amor, um Nataniel perseguindo uma Ibis que não sai um minuto de perto da minha filha... por favor.

— Entendi. – reprimi uma risada – Voltarei com mais dores de cabeça. – ri ao ver Natalie e Elijah próximos, Niklaus vai destruir o mundo quando souber.

Mal posso esperar.

~º~

— Ok, o plano é o seguinte. – me virei para eles que me seguiam, Elijah usava um óculos de sol imenso que não conseguia esconder o seu mal humor notável, Natalie parecia uma selvagem com o cabelo cheio de folhas e a roupa rasgada e Kol estava do mesmo modo assim como eu.

Elijah era o único decente apesar de eu ver que seus olhos estavam prestes a sangrar, provavelmente ele ainda tentava soltar raio pelos olhos em uma tentativa de me matar.

Definitivamente parecíamos mais mendigos do que vampiros poderosos prestes a tomarmos um reino. Olhei novamente o imenso mapa e Elijah veio para o meu lado encarando ao redor de nós procurando pelo possível reino, mas na realidade não víamos absolutamente nada, tudo estava completamente deserto. Olhei pelas proximidades e notei que estávamos praticamente em cima do x, olhei a imensa cachoeira e dei um suspiro, eu já imaginava o que nos aguardava e isso me deixava levemente mal humorada. Prendi meu cabelo e joguei a mochila no chão guardando o mapa, retirei minha blusa ficando com o top e o short e vi eles me lançarem olhares confusos.

— Sage não tem nada aqui. – Elijah contestou.

— Claro que tem, vamos por baixo da água. – informei – O reino é aqui de baixo, lembra que Natalie disse que os Ruver são selvagens? Então... eles obviamente não querem ser achados. Provavelmente vivem como bandidos foragidos, roubam e fazem tudo de ruim e vem se esconder aqui, onde nunca serão achados, por que não estão expostos e por que provavelmente matam tudo que se aproximar daqui. Eu não virei rainha atoa.

Eles se olharam e deram de ombros, olhamos ao redor, não tinha como ir pelas laterais. Saltei para dentro da água e ela me golpeou com força me refrescando e agradeci por ter um pouco de paz daquelas mosquitos nojentos que estavam me irritando profundamente.

— Você não disse o plano. – Natalie veio nadando atrás.

— O plano é que, vamos fazer eles entrarem em uma guerra com aquele outro reino. – informei – Vamos entrar quebrando tudo, e depois fugimos, simples assim.

— E para que serve aquele avião Sage? – ela questionou – Não faz sentido algum.

— Você vai ver, não seja tão nervosa. – pedi e então mergulhei passando por de baixo da cascata e de algumas rochas e voltei para cima sendo acompanhada por eles.

— Caramba. – Kol sussurrou ao meu lado quando voltamos a superfície – Olha só isso.

Era uma espécie de castelo feito de rochas, em todos os cantos era iluminado por tochas e pela fraca luz do sol que entrava por fissuras no teto da caverna, era simplesmente magnífico e extraordinário, era incrível. Perfeito. Subimos até chegarmos em uma espécie de escada e fomos em direção ao local principal, parecia completamente abandonado. Isso era apenas uma pequena camuflagem, estava claro para nós que eles estavam escondidos pelos cantos, me questionei se eles teriam a pedra do sol. Se não tivessem seria um tanto problemático.

— Será que tem alguém aqui? Parece tão vazio. – Natalie sussurrou.

— Não sei. Não sei dizer. – eu sentia que éramos observados, mas não sabia de onde eles nos olhavam – Por que selvagens?

— Eles não gostam de viver no meio da sociedade, são ótimos caçadores e rastreadores, fora que se escondem muito bem. São como felinos espreitando esperando as presas para poder atacar. Eles são pacientes. – avisou – Tomem cuidado.

— Ok. – respondi e chutei uma rocha imensa destruindo o que parecia uma espécie de casa – Acabem com tudo.

Kol riu com seu taco de basebol de metal e bateu em uma tocha que voou em um pedaço de lona iniciando as chamas, eu sabia que logo seriamos atacados. Não demorou muito e uma espécie de lança de madeira quase me atravessou, o primeiro corpo veio em minha direção e eu o nocauteei com força, olhei irritada vendo um grupo imenso saltar das paredes em nossas direções e eu comecei a desviar de seus ataques sempre escapando de golpes que com toda certeza me trariam muita dor, eles eram insanos.

Kol surgiu e deu uma pancada com força na cabeça de um deles que pendeu para o lado, chutei outro e então fiz o que Nik havia me indicado para fazer... morder. A minha mordida provocava dor intensa imediatamente. Mordi o primeiro deles que caiu no chão gritando de dor e bati com a cabeça de outro contra a parede sentindo seu crânio rachar em minhas mãos. . Natalie saltou para trás e quebrou o pescoço de um deles e enfiou a mão no peito arrancando o coração e o lançando longe, Elijah elegante apenas retirava corações sem mal se mover.

— Parem! - um grito alto nos fez travar e olhar em direção ao alto do castelo onde havia um homem parado nos observando. - Quem são vocês?

— Somos do reino de Oswald. - Kol sorriu – Esse aqui do lado mesmo.

— O que querem? Por que aquele inútil mandou vocês? – ele ainda gritava abertamente, esse merda ainda não se tocou que não tem nenhum surdo?

— Por que estamos declarando guerra contra vocês. - informei - Ele cansou de compartilhar terreno e agora quer dominar toda a Europa. Como deve ser, precisamos de criaturas mais civilizadas- fui o mais debochada possível.

— Eu não vou entregar meu reino.

— Eu estava contando com isso. - sussurrei e corri pelo local enquanto centenas de corpos vinham correndo em minha direção.

— Mais rápido. - Elijah disse e nós saltamos sobre a casa e pulamos em outra enquanto escalávamos em direção a fissura.

Arremessamos um vampiro que surgiu em nossa frente e chutamos uma parte da estrutura do castelo que tremeu fazendo a fissura aumentar de tamanho, centenas de pedras começaram a cair e nós desviamos delas com agilidade. Subimos no topo do castelo e eu arranquei o coração do "rei", frágil rei que desdenhou de mim. Saltamos para cima nos agarrando na fissura e corremos para o lado contrário ao do reino de Oswald, chegamos rapidamente na pista de pouso e Kol veio logo atrás com seu taco de basebol.

— Consegui despistar eles, eles seguiram até o reino. - avisou e eu olhei para eles.

— Ok. Os vampiros que o Nik mandou já devem estar chegando, sigam para lá com eles, mas não se metem na briga por nada nessa vida. Fiquem longe do castelo até a minha ordem. - eles acenaram com a cabeça e eu olhei para o piloto e segurei sua cabeça com força e forcei a energia a fluir pelos meus olhos - Você vai fazer tudo que eu disser, absolutamente tudo sem questionar nada. Você tem família? Alguém? - ele negou com a cabeça - Ótimo, você vai ficar no lado bom. - sorri para ele - Espero que te conforte.

Entramos no avião e eu encarei todo o local vendo que ele estava lotado de galões de combustível, e isso me fez abrir um sorriso. Pelo menos ele fez algo que eu pedi e me poupou mais trabalho, me sentei ao seu lado e coloquei o fone e ele fez o mesmo, logo estávamos decolando sobre a cidade. Comecei a me mover de forma impaciente averiguando todo o local, ele suspirava esperando por ordens e eu apenas apontava o local para onde ele deveria ir.

— Você vai me fazer um favor. Está vendo aquele castelo? - ele acenou com a cabeça - Você vai jogar esse avião nele. Se você conseguir escapar você vai voltar pra casa e vai se esquecer disso, se não conseguir eu lamento por você.

— Tudo bem. - ele acenou com a cabeça - É melhor você saltar. - olhei para baixo vendo a imensa quantidade de vampiros entrando no castelo.

Olhei para o piloto e saltei do avião, merda, merda, merda. Gritei ao ver que seria uma queda terrível, eu não conseguiria amortecer algo assim. Kol surgiu e conseguiu me segurar, mas mesmo assim o impacto foi forte demais e minhas pernas bateram com violência contra o chão fazendo um estalo alto que me fez gritar, rolamos pelo amontoado de folhas molhadas enquanto deslizávamos em direção ao castelo. Kol parou primeiro e segurou meu corpo com força apoiando meu tronco no seu enquanto eu ofegava com a dor, era terrível. Tremendamente dolorosa, sentia meu corpo se curar vagarosamente e olhei para baixo vendo os ossos expostos estalarem voltando para o lugar certo. Kol tapou minha boca.

— Você é muito desastrada, um vampiro normal não teria problemas com isso. - ele riu preocupado e senti ele mexer no meu cabelo.

— Ponto pra mim. - sussurrei.

— Que inferno. - resmungou e Elijah apareceu com um grupo enorme de vampiros.

— Tudo bem? - Marcel se aproximou tocando meu rosto e se afastando rapidamente evitando levar uma mordida.

— Sim. - estiquei o braço quando a carne se fechou e ele me ajudou a me levantar - Obrigada. - sussurrei.

— Por nada. - ele apenas sorriu.

— Eu esqueci de te entregar o reino de Finn, a sua parte. - começamos a descer em direção ao reino e eu ouvi o motor do avião.

— Com você por perto eu nunca sairei do posto de príncipe, mesmo em outro reino. Frederich não está sendo considerado um rei. Eu não vou largar New Orleans.

— É melhor você nem sonhar em me chamar de mãe. - ameacei.

Parei quando vi a aeronave branca imensa cair de uma vez acertando o castelo e o explodindo lindamente, vi o objeto dourado ser lançado em nossa direção e rolar pelo chão. Ergui o pé e pisei nele o segurando e me abaixei logo em seguida pegando e avaliando com cuidado, estava quente. Eu finalmente tenho uma.

Ergui a coroa sorrindo e coloquei na minha cabeça.

Que rainha o que? Eu quero ser imperatriz.