Eu sou o inverno

Terror da virada


– Hum. - resmunguei acertando a mão que mexia em meu cabelo, ouvi um resmungo e aspirei.

Não consegui identificar o cheiro já que o perfume de Klaus e outros estavam por todo o meu quarto atrapalhando o meu olfato. Eu preciso de um pouco de distância desses vampiros, altas partes de meu cérebro estão sendo afetadas. Gravemente.

– Ei. É ano novo. - abri os olhos me deparando com Kol.

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– Vai pro inferno Kol. Me esquece. - acertei um tapa em seu rosto e voltei a dormir.

O moreno enfiou o rosto no meu cabelo e colocou uma mão em minha cintura, gemi de frustração e me afastei. Kol era um porre e estava terrivelmente gelado, onde a Caroline maldita se mete em uma hora dessas pra tirar esse encosto de perto de mim?

– Kol sai logo daqui. - reclamei.

– Não. Me dê um pouco de atenção.

Reprimi o choro de ódio que me inundou e gritei como se estivesse sendo mortalmente atacada. Em milésimos de segundos ouvi os vampiros entrando no quarto.

– Sage. - Rebekah tocou meu cabelo.

Ué?

– Kol me mordeu. - choraminguei - Doeu muito. - enterrei o rosto no travesseiro.

– Sage. - Elijah me reprendeu sabendo que eu mentia.

Ué?

– Tirem ele daqui quero dormir. - resmunguei.

– Caroline está te esperando nos Salvatores Sage. - ouvi a voz de Klaus.

Ué?

– O que estão fazendo na minha casa? - finalmente abri os olhos reconhecendo as paredes vermelhas - Oh droga. - resmunguei cansada já pensando no tempo que levaria pra chegar na cozinha.

Me esqueci que estava temporariamente sem casa.

– Acho que não está muito bem da pancada na cabeça amor. Direi a ela que vai mais tarde. - Klaus anunciou se jogando ao meu lado e pegando o travesseiro.

– Ai merda. - me sentei notando que só havia nós dois no quarto - Já volto. - corri para o banheiro.

Minutos depois eu saia do banheiro secando os cabelos e enrolada em uma toalha, Klaus me olhou atentamente estreitando os olhos em direção ao meu pulso onde havia a pulseira que Elijah me dera na formatura. Ele parecia a reconhecer e eu me questionei se era uma joia de família, o que seria bem estranho já que discrição não era o forte da família.

– O que tem de errado com a pulseira? - ele me olhou atentamente.

– Quem deu?

Dei de ombros indo para o closet.

– Ei Nik... vestido azul? Ou branco? Ou ruby? Tem o perolado. - ergui os vestidos.

– Ruby. Quem deu? - se levantou se aproximando.

– Elijah. - falei baixo e ele abriu um sorriso perverso típico de quando ele se sente ameaçado.

– Era só isso. - fiz uma careta para o salto ao lado.

– Niklaus o que você tem na cabeça para me dar um sapato desse tamanho? - apontei para o sapato.

– Fica bem em você Sage. Deixa de ser implicante amor, é só uma noite. - resmungou tocando meu cabelo.

– E você ainda não saiu desse quarto porquê? - perguntei amarga.

– Eu estou na minha casa.

– É minha também. - dei de ombros.

– Porquê? - se aproximou encostando seu corpo no meu tentando me distrair.

– Por que eu quero. Por que eu disse que é. - empurrei ele - Agora vai arrumar uma comida que eu estou com fome.

Ele saiu do quarto rindo e eu coloquei meu tênis, o short curto de corrida e meu top. Peguei a mochila e coloquei o vestido e o salto e desci para o andar de baixo quase quebrando o pescoço na escada. Olhei ao redor me certificando de que não havia ninguém perto e me aproximei do vaso extremamente colorido, me mantive a uma distância de três metros tentando decifrar as figuras, senti que alguém olhava para minhas costas e discretamente me virei correndo para a cozinha evitando ser pega destruindo algum vaso, seria complicado dizer que um invasor era o culpado.

– Ah. Oi. - cumprimentei Kol desanimada - Rato... onde está minha comida? - perguntei quando abri os armários e não vi nada.

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– Está aqui. - ele sorriu me passando um pacote roxo.

Meu coração acelerou e meus olhos lacrimejaram, meu nariz inflou e meu olho esquerdo tremeu de maneira descontrolada. Segurei o pacote e bati no rosto do vampiro maldito com ele fazendo toda a comida se espalhar pela cozinha.

– Comida pra cachorro Kol? É sério isso?

– É muito sério. Eu tinha que sair por cima Sage, estou saindo de viagem. Vou aproveitar que Klaus está ocupado em horário integral graças a você e vou aproveitar para sumir sem deixar rastros. - abriu os braços - Vem me dá um abraço. - fiz cara feia.

– Não vai sair por cima. - sorri maliciosa.

Deixei minha mochila na cozinha e segui em direção ao carro de Kol, vamos ver aqui. Olhei a fiação e a puxei com violência fazendo uma pequena faísca cai no meio de minhas pernas atingindo o banco. Agora eu te pergunto, COMO CARALHOS UMA PESSOA COLOCA FOGO NO CARRO DESSE JEITO? Sai correndo do carro e voltei para a cozinha notando que Kol havia sumido, peguei um cupcake na geladeira e quando estava saindo da cozinha esbarrei em Elijah. Me lembrei do dia anterior.

~º~ Dia anterior ~º~

Nik se lançou para o meu lado olhando toda a parede esburacada, passou a mão por cima do corte já cicatrizado em minha cabeça e olhou o grupo, quando estava prestes a enlouquecer a voz de Elijah se sobressaiu.

– Niklaus eu não acredito que fez isso. - sua voz saiu agressiva e eu fiquei surpresa pela explosão de ódio dele.

Klaus foi pego totalmente de surpresa já que estava certo de que Elijah não faria nada. O moreno se lançou contra ele e empurrou a cabeça de Klaus contra a parede de minha casa fazendo um imenso buraco. Klaus ficou jogado lá dentro e todos encaramos Elijah que apenas arrumou o terno e deu um sorriso duro em minha direção enquanto voltava para o carro.

– Me desculpe pela sua casa Sage. Sinta-se a vontade para ficar na mansão até que ela seja totalmente recuperada.

Escancarei a boca olhando a parede se desfazer.

~º~ Atualmente ~º~

– Ei... Elijah. Klaus implicou com a pulseira... por quê? - cruzei os braços.

Elijah me olhou atentamente e suspirou antes de responder, parecia um assunto delicado para ele e quase me bati mentalmente.

– Sage... - sua voz saiu rouca e eu soube que não deveria ter perguntado - Eu amei uma mulher a anos atrás... o nome dela era Luísa e eu a pedi em casamento e ela aceitou, eu tinha certeza que era a mulher da minha vida. Eu tenho certeza que ela é a mulher da minha vida, nunca amei mais alguém do que ela. Essa pulseira era um presente para ela, eu queria mostrar o quanto a amava e fui atrás dessa maldita pulseira. - se encostou no balcão parecendo despreocupado em fala sobre o assunto, mas sei muito bem que não era bem assim que sentia.- Era da minha mãe. Foi dada pelo meu pai para mostrar amor eterno, cada pedra dessas foi um século que eles se mantiveram juntos mesmo mortos.

– Parece significar muito. - olhei para a parede, que situação de merda.

– E é Sage. Essas pedras são indestrutíveis. - ele pegou uma pedra ente o indicador e o polegar e a pressionou com tanta força que pude ver as veias em suas mãos, então ele a soltou e eu vi que a pulseira estava completamente inteira.

Me senti mal por Elijah. A compaixão me invadiu completamente, ela era uma daquelas loucas que o abandonou? Apesar de que eu também estava fazendo isso, mas eu nunca o dei esperanças. Isso me faz alguém má ou boa? Estou tão confusa. Como fazer ele me deixar? Eu estava mais do que decidida de que era Klaus quem eu queria mais do que nunca.

– Não. Ela não me abandonou. - decifrou meus pensamento - Quando voltei Niklaus tinha a matado.

Paralisei completamente sentindo o peito doer. Meu Klaus matou a mulher do irmão? Por quê? Prendi a respiração e o olhei séria me sentindo infinitamente culpada por algo que havia acontecido provavelmente a centenas de anos atrás. Eu me sentia péssima por gostar de Klaus nesse momento, se eu tivesse me aproximado de Elijah antes provavelmente já estaria morta.

– Ele não queria ficar sem a família dele não é? - perguntei rouca - O quão doente Klaus é?

– Ele acreditava que ela conspirava contra nós ajudando Mikael.

– E ela...

– Sim. Demorei séculos para descobrir, mas era verdade. Mesmo assim não deixou de ser doloroso e nem isso apagou o que ainda sinto por ela. - o olhei atravessado percebendo o quão boba eu estava sendo.

– Então você acredita que nós dois somos aqueles que nunca terão uma chance coma pessoa que verdadeiramente ama? Por isso... você diz gostar de mim? Por que acredita que eu amo Klaus e que nunca serei correspondida? - o silêncio dele fora suficiente.

Não significa que ele não goste de mim, significa que ele gosta de alguém por que esse alguém pode conhecer a dor dele e os dois podem se curar sozinhos. Talvez esteja fazendo isso de maneira inconsciente, ou talvez eu seja a vadia gostosona desgracenta que faz todo mundo ficar confuso. Vai entender. Minha cabeça não parava de formular hipóteses malucas que eu sabia que não faziam sentido algum... ou talvez só fosse difícil de acreditar por justamente fazer todo o sentido.

– Eu vejo nos seus olhos o quanto gosta dele. - me olhou atentamente - E vejo nele o quanto ele gosta de você.

– Então quer o destruir me usando? Pois no fundo acha que ele merece sentir a dor que você sentiu? Ele já não foi rejeitado o suficiente, eu já não fui?

Ele me olhou desesperado ao perceber que eu mudava meu humor descontroladamente. Eu definitivamente acordei com o pé esquerdo hoje. Estava abalada por quase ser uma mendiga.

– Sage que não quis dizer isso. Eu não estou te usando. Eu realmente gosto de você e me encantei por você... não estou armando nada contra Niklaus.

– Não sei acredito. - o encarei desconfiada.

– Deveria. Niklaus é meu irmão acima de qualquer coisa, não nego que sinto algo por você. Eu não penso em maneira alguma de provocar atrito em nós três, eu sei o que eu sinto.

– E se você me amar apenas como irmã?

– Em algum momento eu irei descobrir, apesar de estar certo sobre o que sinto.

Assenti com a cabeça me sentindo desconfortável por estar perto dele, a sensação de ter sido enganada ainda me consumia mesmo eu sabendo que isso era efeito do meu péssimo humor. O olhei atentamente deixando meu orgulho de lado e o abracei com força sentindo uma dor imensa consumir meu peito enquanto eu alucinava sobre o assunto. Ele me apertou em seus braços com força, me soltei dele e retirei a pulseira que eu amava. Ele não deveria ter me dado, era como se ele forçasse aquele amor a minha pessoa, como se quisesse dar um rosto ao sentimento que ainda nutria por outra pessoa. Aquilo era de outra. De alguém que verdadeiramente o merecia.

– Dê a alguém que ame de verdade. - coloquei em sua mão.

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– Sage.

– Só gostar nunca vai ser suficiente nem pra mim e nem pra você. Eu não vou entregar o meu coração por tão pouco. - sai do local.

Subi as escadas correndo batendo as portas dos corredores até que cheguei na maior de todas e mais ostentosa, preciso dizer de quem é? Abri a porta com força que bateu e voltou com tudo, me joguei para dentro gritando quanto fiquei presa entre a porta e o batente. Resmunguei baixo e entrei com dificuldade no quarto pressionando meu estomago que doía devido a ter sido prensado.

–Nik sou eu. - avisei o loiro que estava virado para a janela.

– Eu sei que é você, você é a única que quebra as portas da minha casa. Eu já tinha te ouvido na primeira. - seu tom era rude e eu me senti sensível, droga... minha casinha, esse maldito cabeção que quebrou minha parede.

– Desculpe Klaus. -usei o apelido que eu raramente usava - Vou tentar não bater.

Ele riu debochado e isso me enfureceu e chateou ao mesmo tempo. Céus que bomba. Eu estava em um rompante sentimental.

– Me faça rir mais querida, você não é capaz de tal coisa. Jhon disse que duplicatas eram furtivas, mas você deve ter nascido com algum defeito Sage. Eu te ouço a quilômetros. - foi seco e direto mantendo os olhos na janela.

Meu nível de chateação multiplicou de tamanho e eu me vi mortalmente desvalorizada. Ofendida. Ele me INFERIORIZOU Respirei fundo diversas vezes. Você é Sage Verona Bitch! Seja uma vadia, seja uma vadia, VADIA.

Me aproximei de Klaus silenciosamente ficando sem respirar, notei que ele girou levemente a cabeça tentando me ouvir, mas não conseguiu.

– Pra onde foi essa...

Antes que ele terminasse de falar eu o empurrei com tanta força que ele foi arremessado pela janela a fazendo se quebrar em milhares de pedaços no exato momento em que eu ouvia a explosão na entrada da casa. Bem feito maldito. Não sou obrigada a aguentar seus chiliques. Onde já se viu um homem de 1200 anos dando piti? Eu ainda posso, só tenho 18 ou 19. Não sei.

Cruzei os braços e desci as escadas pacientemente fazendo questão de acertar minha mochila em todas as suas estatuas e armaduras malditas, me aproximei da maldita mesinha e a chutei quebrando o maldito vaso no exato momento que Klaus passava pela porta. Eu estava espumando de revolta e isso era mais do que nítido em todas as minhas ações inclusive em meu rosto que eu não fazia nem questão de disfarçar. Klaus me olhou com cuidado enquanto sua pele se regenerava dos cacos de vidro e arqueou a sobrancelha.

– Qual o seu problema Sage? - pude ver que ele achava graça - Você fica tão bonitinha irritada.

– É você seu maldito! - gritei arremessando a mesa nele - Pare de me ofender seu merda.

Dei o dedo do meio por não ter achado nada para arremessar nele.

– Você merece uma surra seu imbecil, daquelas que te quebre esse seu maldito pescoço branquelo sanguinário. Que essa sua família do inferno vá a merda.

Joguei minha mochila para o alto derrubando seu lustre e peguei os cristais arremessando nele que desviava completamente surpreso pelo meu ataque. Eu não estava com raiva, eu estava triste. Chateada, porra eu só queria desabafar!

– Qual o problema Sage! - gritou irritado e eu ri debochada me engasgando.

– Você é velho Niklaus. Tão velho quanto um dinossauro, quanto um homem das cavernas, tão velho quanto o planeta, tão velho quanto pó, tão velho quanto o Big Bang e aquele leite estragado que faz todo mundo vomitar. Pare de agir como um adolescente nojento.

– Pare você Sage. Deixe de agir como louca. Eu estou tentado entender o que está se passando com você, se você não me disser eu obviamente não vou poder te ajudar com o seu problema. - ele gritava irritado, mas eu via em seus olhos que ele se divertia com a situação, parece um sádico.

– Urgh vocês se merecem. - Rebekah passou por nós mexendo em seu cabelo.

– Não paro imbecil está achando que eu tenho sua idade? Eu posso agir como eu quiser... porque eu sou louca. - joguei mais cristais nele.

Klaus bufou irritado e se lançou contra mim dando um tapa em minha mão me fazendo jogar os cristais para longe. Agarrou meu queixo com força e olhou em meus olhos que eu estreitei em desafio. Klaus segurou meus ombros e me lançou com força contra a parede erguendo meus braços, baixou seu rosto em minha direção e me beijou com agressividade quase fazendo minha cabeça entrar na parede. Virei o rosto para o lado e me preparei para soltar um de meus xingamentos, mas ele apenas riu e aproveitou a deixa para grudar nossos lábios e invadir minha boca com sua língua. Sua mão direita desceu enquanto a esquerda mantinha meus dois braços presos, Klaus usou a mão livre para puxar minha perna direita para cima na direção de seu quadril, enrosquei minha duas pernas em seu quadril e em poucos segundos eu era lançada na cama com ele por cima.

Klaus me beijou intensamente enquanto passeava com suas mãos quentes pelo meu corpo, suprimi um gemido quando senti seus lábio em minha orelha e arqueei o corpo me colando a ele sentindo meu corpo arrepiar completamente. Me parecia certo, me parecia um sonho.

– Sage... - ele sussurrou e eu me senti indo ao céus.

Droga. Estar com Klaus era surreal, intenso demais. Forte demais, desnorteante demais. Era uma parada híbrida? Não sei. Meu coração passou a bater descontroladamente em meu peito de forma dolorosa enquanto todo meu corpo arrepiava e queimava com seu contato, isso era infinitamente melhor do que qualquer cosia que eu havia sentido na vida. Parecíamos completamente conectados um ao outro.

Apertei seu braço com força e ele deixou seu corpo cair sobre o meu, pude sentir cada pedaço de seu corpo enquanto ele baixava seu rosto em direção ao meu pescoço, mas ele não parou como eu esperava, ao invés disso continuou a descer mais e mais e finalmente eu acordei do torpor quando um clarão surgiu e uma sombra apareceu na parede. Chutei Klaus para longe gritando com o susto e me joguei do outro lado da cama enquanto ele me olhava atordoado e visivelmente nervoso.

– O que foi agora? - massageou o maxilar.

– Nik eu juro que tinha um homem na janela. Eu juro! - gritei apontando para o local.

– Sage não dê desculpas. - ele me olhou atentamente e depois para a janela provavelmente esperando eu me jogasse dela e fosse embora.

Não Monamour.

– Não me olha com essa cara. Eu posso estar puta com você, mas não vou sair dessa casa nessa chuva. Quando acabar você me leva até Caroline. - decretei - Enfia esse seu narizinhzo nojento ai na janela, que já que eu estou dando desculpas para não transar com você, eu vou te dar uma ocupação enquanto arrumo uma transa com um homem de verdade. - gritei batendo a porta sabendo imediatamente que eu estava morta.

Corri para o quarto da frente e fechei a porta silenciosamente ouvindo Klaus abrir a dele. Me sentei no chão sabendo que ele percorria toda a casa me procurando, como eu sabia? Sentia apenas uma vibração pelo cômodo que cresciam no sentido que ele corria devido a sua super velocidade. Era como se eu estivesse super sensível em relação a ele e o mais medonho é que Klaus está tão puto que nem pensou em usar a marcação para me achar.

~°~

– Não estou nem ai para sua opinião... por mim você come ela, engasga e morre. - falei séria e Alaric me repreendeu com o olhar.

– Por favor né Sage? Deixa de ser chata. - Caroline me olhou de cima a baixo rindo de minhas roupas molhadas - Fugiu de Klaus? Só assim para ele não te trazer e deixar você sair com nessa chuva. Tem lugar de baixo de agua.

Revirei os olhos reprimindo um calafrio ao pensar no ódio que Klaus estaria sentindo nesse momento. Na realidade eu sentia exatamente o ódio que ele sentia no momento graças a marcação e me questionei como ele não havia me achado ainda... Talvez estivesse descontando o ódio antes de se aproximar de mim, ou talvez estivesse nervoso demais para pensar de forma coerente. Ninguém manda ser um merda.

– Fugi sim, e caso ele me procure diga que não estou. - o celular dela tocou no mesmo seguinte enquanto ela abria um sorriso malicioso.

– Oi Niklaus. Sim estou bem e você? A Sage? O que ela fez? - corri para o forno e tirei o seu bicho quase completamente assado, ameacei jogar no chão - Não, não vi ela. Mas o que ela fez? - riu - Sage transando com estranhos? Ela não é tão popular assim Niklaus, os homens tem medo dela. - ameacei jogar o bicho no chão - Exceto o Enzo né? E o Kol? E seu irmão Elijah. Mas se te conforta ela pode ter ido atrás de uma mulher também, tem algumas querendo. - revirei os olhos e Care sorriu -Ela está aqui.

Stefan surgiu e agarrou a forma, Caroline desligou o celular e segurou a faca que eu arremessei em sua direção. Sorriu feliz e eu bufei subindo as escadas correndo e desistindo de arrumar a decoração, Caroline me paga. Fui para o banheiro de Katerina e enchi a banheira de água, retirei as roupas e me joguei na água fumegante. Eu até submergiria e encheria a água de verbena, mas Klaus estaria puto demais e não adiantaria nada. O jeito é implorar por arrego. Ou correr para os braços de alguém, Elena seria a única a me proteger.

Cedo demais ouvi as portas serem batidas com violência e essa era uma situação para a qual eu não tinha desculpas. Inspirei e Klaus entrou quebrando a maçaneta. Era a hora da verdade, ele não me encheria o saco e nem me mataria por isso.... tenho certeza.

– Eu sou virgem. - vi a surpresa em seu rosto.

Não era uma mentira. Viu, eu tenho solução para tudo.

– Eu não sabia. - se explicou e eu corei furiosamente.

– Quer que eu ande com uma placa no pescoço? - resmunguei e ele fez careta se aproximando.

– Não é nenhuma de suas mentiras não é? - me olhou intensamente tentando desvendar o que se passava em minha mente.

– Não.

Comecei a rir de nervoso e ele revirou os olhos.

– Sage. - repreendeu.

– Se duvida me hipnotiza. - desafiei me afundando no meio da espuma densa - Eu não estou usando nenhuma joia, se quiser olhar...

Ele estreitou os olhos enfiando a mão na banheira e tocando em minha barriga.

– Eu enxergo através da água Sage. Espuma não é problema. - arregalei os olhos me sentando jogando água para todo o lado.

– Niklaus filho da puta, é por isso que você se acha tão íntimo assim seu maldito? - joguei água nele.

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– Sage eu estou brincando. Se eu disser que um vampiro tem visão de raio-x você acredita?

– E não tem? - ele riu e se aproximou tocando meu rosto.

– Não. E quanto a te hipnotizar... não precisa. - sorriu malicioso - Eu vou descobrir por mim mesmo. Uma hora você vai ceder.

Isso foi um desafio?

~°~

Klaus me olhava furioso, também pudera depois do soco que eu dei na boca dele. Ri e me estiquei sobre ele me aproveitando de sua pele deliciosa, como pode ser tão cheiroso?

– Alguma novidade?

– Não sei onde está o corpo. O livro não é fácil de achar. E quanto aos lobisomens... sei que um grupo logo vai chegar. - deu de ombros se ajeitando ao lado de Bekah.

– Niklaus eu estou tentando respirar. - reclamou lixando as unhas

– Você não precisa disso Bekah. E nem desse vestido. - olhou o vestido curto dela.

– Niklaus me poupe. - resmungou voltando a lixar as unhas - Sage...

– Não. Vai pro inferno Bekah. - cruzei os braços e ela riu debochada, Elena me olhava de cara feia enquanto pendurava as luzes brancas.

– Sage dá pra dar uma força aqui? - pediu do alto da escada.

– Claro. - resmunguei e chutei o apoio da escada a fazendo cair - Pede ajuda pra sua amiga piranha. Quem sabe ela não enfia uma faca nas suas costas.

Ataque aos vampiros.

– Droga. - resmungou e eu ouvi Bekah rir.

– Sage me ajuda aqui na cozinha. - Caroline apareceu.

– Claro. - andei a passos duros até o local - É pra fazer o que? - peguei a faca.

– O mousse. - a olhei de cara feia.

– Eu tenho cara de confeiteira?

– Minha nossa, credo.

– Caroline você me deu uma facada nas costas! - bufei irritada.

– Não fiz nada disso Sage. Eu apenas informei onde você estava ao seu protetor. Seu anjinho da guarda. - a olhei em fúria com o olho esquerdo tremendo.

– Estou retribuindo o favor. - enfiei a faca em suas costas e dei o dedo do meio enquanto ela gritava e me olhava horrorizada.

– O que...

– O que nada Caroline. Se você fosse humana eu te dava um soco nas costas, você não morre com isso para de drama. - resmunguei mal humorada.

Ao contrario do que eu pensava ela riu e se aproximou de mim se enroscando no meu pescoço, tirei a faca e rejeitei seu abraço indo até o armário derrubando tudo no chão.

– Se não quer estar aqui não precisa Sage. - a olhei irritada.

– Fala como se eu tivesse escolha Caroline. Você me ligou 58 vezes me enchendo o saco pra vir aqui. - joguei o pacote de farinha no balcão que explodiu nos sujando de branco - Não precisa. É claro que precisa, toda festa tem que ter a pessoa que causa discórdia.

– Sage. - ouvi Klaus me repreendendo.

– Está vendo isso? Ele está ficando bonzinho. - reclamei - Daqui a pouco está dando show de moralismo gratuito.

– O que você e Klaus tanto aprontam por ai que não desgrudam mais?

Bufei como um touro quebrando a garrafa de licor e despejando o líquido na bacia cheia de chocolate em pó. Nem sei fazer mousse.

– Não trate uma garrafa como ovos. - reclamou voltando a mexer no bicho que ela assava.

– Eu estou in love por ele Caroline. - debochei - Passamos o dia sentados na grama abraçados contando borboletas e classificando as mais coloridas. O que você acha que eu faço com Klaus? Merda é claro.

Coloquei o leite condensado sabendo que estava tudo errado. A olhei de lado e ela ergueu as mãos.

– Você tem que relaxar mais Sage. E se fizermos uma noite de garotas qualquer dia desses?

– Eu vou poder desabafar? - coloquei a cabeça em seu ombro - Igual aquelas meninas que usam rosa nos filmes?

– Claro. - ela ficou tensa - O que Klaus fez?

– Foi Elijah.

– Você está in love por ele e ele te rejeitou?

– O contrário.

– Uau. Bem... o que tem de errado? - suspirei.

Contei um breve resumo sobre os acontecimentos e no final de tudo ela me encarava com aquele olhar julgador de sempre que me deixava extremamente irritada.

– Então...Klaus... Elijah. Eu não esperava algo assim de Elijah, tem certeza que ele quer isso? Uma substituta?

– Não sei. Eu acredito que sim.

– Mas e se ele gostar mesmo de você? Afinal te deu uma pulseira super importante. - percebi que ela tentava me empurrar para ele.

– Não importa o que você decida para mim. Eu quero minha amiga agora e não uma juíza.

– Elijah é melhor para você, mas se ele quiser você por esses motivos é melhor que se mantenha longe.

– E Klaus? - sussurrei.

– É perigoso. Vai fazer mais estragos que Elijah... torça para ele realmente gostar de você. - passou a mão em minha cabeça - Eu cuido de você, mas não sou obrigada a aceitar os dois juntos.

Concordei com a cabeça e vi Katerina entrar pela porta da cozinha segurando uma sacola.

– Barbie comprei o que pediu. - se jogou em uma cadeira e abriu um sorriso malicioso - Tive que dar uma parada no meio do caminho. Alias Sage... quanto tempo... não veio mais visitar sua nova amiga?

Ouvi Caroline grunhir e cravar uma faca no bicho assado dela.

– Amiga? O que sabe sobre ser amiga, vadia? - ela aumentou o sorriso mexendo em seus cachos.

– Sei que nos damos muito bem para nos considerarmos amiga. Eu adoro esse seu jeito psicótica, uma aliança entre nós seria extraordinária. Você e esse seu híbrido ao meu lado...

– Klaus não vai ficar ao lado de vadia alguma. E eu muito menos. De vadia já basta a Care.

– Sage! - repreendeu e Katerina alargou o sorriso.

– Quanto amor. - debochou - Você poderia gostar de mim sabe? Temos tudo para nos darmos bem. - piscou.

– Não tem nada de bom pra gostar em você.

– Sage você está sendo excessivamente cruel. - Caroline me parou.

Ué? Ela enlouqueceu?

– Deixe. Eu gosto. - Katerina sorriu - Se ninguém se importa... eu vou tomar uma banho de banheira com o meu Stefan.

Caroline gritou e eu fui para fora da cozinha enquanto ela avançava contra Katerina que ria.

~°~

– Sage não pode. - Damon sussurrou em meu ouvido tentando me arrancar da geladeira.

– Claro que pode.

– Caroline foi enfática ao dizer que não é pra comer o maldito bolo. - tentou me puxar e eu enfiei o salto no seu pé.

– Vai dizer que não está com vontade também? Olha essa cobertura de creme gritando "alguém me coma, Damie me coma por favor". - afinei a voz.

Eu tinha o incrível poder de transformar Damon em uma verdadeira criança rebelde.

– Little para de caçar confusão. - me empurrou para o lado.

– Come logo a culpa vai cair em mim da mesma forma.

– Little.

– Arrombei. Foi violado. Tem minhas bactérias, agora pode. - meti o dedo no bolo e coloquei na boca.

Ele se engasgou com uma risada e se inclinou para frente dando uma mordida enorme no bolo, dei uma risada baixa e me inclinei o mordendo também quase gemendo ao sentir o gosto delicioso de creme.

– Eu não disse. - mordi de novo.

– Está ótimo. - virou seu copo de whisky no bolo - Melhor agora.

Mordi e ri ao sentir o sabor horroroso da bebida.

– Sage. - me virei vendo Stefan - Damon. O que fazem?

– Procuramos algo de bom pra beber. - dei de ombros fingindo descaso - O que quer aqui?

– É minha casa. - cruzou os braços e eu percebi que ele não iria sair.

– Stefan quer bolo? - perguntei.

– Caroline disse para não comer.

– É outro bolo. Esse fui em quem fiz. - ele estreitou os olhos.

– Eu vou chamar Caroline e perguntar.

Antes que ele fosse agarrei sua cabeça e dei uma chave de braço nele o segurando com força, nos empurrei até a geladeira e meti a boca no bolo junto com Damon.

– Será que alguém percebe? - ri vendo que metade do bolo já estava em nosso estomago.

– Temos testemunha. Persuade. - rimos puxando Stefan para cima que se debatia.

– Come Tefinho. - forcei a cabeça dele no bolo.

Forcei tanto que a cabeça dele entrou com tudo no bolo o sujando, a grade se soltou e o bolo caiu a nossos pés. Passei um dedo no rosto de Stefan e lambi enquanto me afastava correndo com Damon, esbarrei em Enzo que me segurou impedindo uma queda e corri para sala interceptando a bebida de Klaus e bebendo no lugar dele enquanto eu o abraçava pela cintura.

– Care o Stefan derrubou seu bolo. Está com vergonha de te dizer. - reparei que Damon também bebia para disfarçar o hálito.

– Ele o que? - ela ficou pálida - Eu demorei 12 horas para fazer aquele bolo. - peguei a taça de mousse que Rebekah comia - Me diz que é brincadeira.

– Não. -comi o mousse percebendo que ele estava lotado de álcool.

Klaus passou o braço por minha cintura me mantendo ao seu lado. Ele sabia que a culpa era minha, credo. Parece até que tem olho nas costas. Caroline saiu como uma bala em direção a cozinha e eu engoli a risada e então ela berrou.

– Sage! Damon! - me afastei deles e fui irritada em direção a cozinha pisando no maldito vestido e indo de cara no chão.

– Onde está escrito que não pode?- reclamei gritando ouvindo risadas atrás de mim.

– Moça... - ri quando Stefan apareceu completamente sujo - Sage você da muito trabalho.

– É por isso que você me ama bobo. - pisquei enquanto ele limpava o rosto.

– Claro. - riu.

– Não pode! Simplesmente não pode. - Caroline surgiu reclamando ajeitando seu vestido branco - Qual vai ser a sobremesa da noite hein?

– Eu não acredito que tirei meu tempo pra fazer o maldito mousse e você desprezar.

– Aquilo é chocolate com álcool. 90% álcool, 10% chocolate. Não existe mousse.

– Você é muito mal agradecida. - botei a mão nos quadris.

– Sage... apenas entenda que quando eu digo não pode, é por que não pode.

– Eu sou mulher e sou louca. Posso tudo, se tem algo que eu posso, é tudo.

~°~

– Vai Sage. - me empurrou.

– Eu não Enzo. - jogou a garrafa para mim - Não quero abrir.

– Deixa de ser chata, vai dar meia noite.

– Abre você. - resmunguei.

– Sage. - mostrou as dezenas de taças que segurava.

Soltei um suspiro e todos olharam para mim.

– Parem. - pedi envergonhada.

Pressionei a rolha para cima e dei um suspiro desanimado, ela saiu voando e acertou a janela a quebrando em milhares de pedaços. Misericórdia.

– É que... tinha um homem ali na janela, olhando. Um vampiro. - sussurrei apontando.

– E você ia mata-lo com uma rolha? - Klaus riu se aproximando e segurando minha cintura - Eu voto para que todas as festas sejam realizadas na mansão Salvatore. Sage ficará longe da minha casa nas festas..

– Ela é sua agora, eu aguento isso a um ano. Não quis o contrato? Leva o brinde. - Stefan riu irônico enquanto bebia.

– Está me dando ela de mão beijada meu amigo?

– De forma alguma. Estou sugerindo que passe mais tempo com ela. - riu travesso.

Klaus me puxou para fora da mansão usando a janela, agarrei seu braço e ele me levou para a mata escura me colocando em cima de uma pedra imensa. O loiro subiu ao meu lado e enlaçou a minha cintura enquanto sorria para mim, forcei os ouvidos percebendo que a contagem havia iniciado.

– Uma tradição humana, para dar boa sorte.

– Sorte Nik? Não achei que acreditasse nisso. - ri me pendurando em seu pescoço.

– Sorte no amor querida. - sorriu e eu olhei no fundo de seus olhos brilhantes me derretendo por completo.

E então ouvimos quando o primeiro fogo de artifício foi solto.

– Feliz ano novo meu amor. - e me beijou enquanto o céu inteiro se coloria iluminando o nosso mundo e corações escuros.