Prólogo

A Balança feita de prata brilhava na luz da lua que entrava pelas frestas do teto. Não havia nenhum som ali, exceto o barulho das folhas caindo fora do tempo e do vento. O corpo da sacerdotisa continuava caído e morto no piso de mármore.

Aquilo era tão típico das crianças da Noite, matar e deixar o corpo caído para os corvos.

Ele se agitou quando sentiu a energia de Érebo e Nyx ali. Estava muito fraca, talvez fizesse anos que os filhos deles ou eles não entravam ali, mas ainda dava para sentir.

Mas isso não importava. Ele não ia destruir eles ainda.

Iria deixar para depois, talvez até por último.

Ele ficou parado assistindo. A névoa branca indo lentamente na direção da Balança de prata. Oh, aquela balança, tão preciosa para aqueles dois. E iria ser destruída. Ele podia ordenar que a névoa destruísse a Balança rapidamente, mas não. Era muito mais bonito observar a névoa se aproximando lentamente.

Por que destruir tão rápido se é muito mais bonito lentamente?

Aos poucos a nevoa chegou até a Balança e a engolfou. O som do metal brilhante sendo destruído chegou até seus ouvidos. Depois a névoa se dissipou e não havia mais nada ali.

Só o Caos.