Clöe voltava da faculdade, já era noite e a Lua crescente no céu lhe sorria, a menina usava seu casaco vermelho com capuz, que comprara em uma liquidação, e os fones em seus ouvidos, nenhum som externo a incomodava, gostava de se desconectar do mundo, como se pudesse ligar e desligar sua existência; virou uma esquina e se deparou com a rua deserta, deu de ombros, mas apressou os passos cantando a melodia clássica que inundava sua mente, mal percebeu a presença de um alguém a seguindo, pulou uma poça e sentiu-se ser arrastada, não gritou, não teve tempo de gritar, seu corpo colidiu de contra uma parede suja e úmida, encarava olhos enormes e selvagens, sua respiração acelerou, a mochila foi arrancada de seu ombro com violência, bobamente se preocupou com o bolo de sua avó que estava ali, o assaltante abriu um sorriso largo e maldoso ao perceber o medo de Clöe, uma queimação encheu seu pulmão de desespero, olhou para baixo e viu a faca ser cravada em sua carne novamente, sentiu gosto de sangue, a faca voltou a fazer contado, o vermelho de seu sangue cintilava sob a pouca iluminação do beco, fazendo seu casaco ficar de dois tons, não que isso importasse mais; com o corpo pesado e dolorido, escorregou para o chão, sua visão ficou embaçada pelas lágrimas, ouviu os passos, do homem de olhos grandes, se afastando; pensou em sua avó, que ficaria a sua espera, e provavelmente, não dormiria, sentiu a infelicidade de morrer e deixá-la sozinha, logo em seu aniversário, uma lágrima desceu por sua face, e a dor fez com que perdesse os sentidos para sempre.

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