— O que!? De jeito nenhum! Não vou sair de nosso reino. – Gina protestou, levantando-se da cama, tamanha era a sua revolta.

— Você não tem o que querer, Ginevra. Seu noivo estará no reino e você tem que ir para lá. É a tradição filha!

— Tradição!? Pelo que me lembro, mamãe, Hermione e minhas cunhadas só vieram para cá depois de dois meses de noivado. Tenho apenas alguns poucos dias de noivado com Dino! Por que deveria sair daqui? – Tentou argumentar.

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— Ora, Ginevra! Não faça perguntas. Você irá ao reino de Hogsmeade, quer queira, quer não! – Molly falou sem saber o que dizer como resposta ao argumento de Gina.

— Isso tudo é por conta de hoje, não é? – Gina falou depois de alguns segundos em silêncio. - Está com medo de que aconteça outro ataque. Está com medo de que eu seja atacada, que aconteça alguma coisa comigo. – Deduziu ao ver a expressão da mãe depois da pergunta.

Molly olhou triste e desesperadamente para a filha.

— Mãe, não se preocupe. Viu muito bem que eu sei me defender, viu como me saí bem. – Gina falou ao sentar-se novamente na cama.

— Gina, querida, você poderia ter se machucado serio hoje. Poderia ter morrido.

— Eu sei, mãe. Mas estou bem, nada aconteceu comigo. Estou bem. – Falou segurando as mãos da mãe.

— Ah, querida... – Molly não terminou a frase e os olhos lagrimejaram. Tudo que fez foi abraça-la fortemente.

— Conversaremos sobre eu sair desse reino depois. – Gina disse ao retribuir o abraço. – Quando realmente for a hora.

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Na feira....

— James onde eles estão? Onde estão os meus meninos!? Onde eles estão!? – Lilian perguntou mais para si que para James. Seus olhos começaram a lagrimejar, lançou um olhar desesperado para o marido.

— Calma, Lilian. Querida, eles devem estar bem. Harry protegerá a si e a Keli. – James tentou confortá-la. – Venha, vamos procurá-los.

Rapidamente desmontaram a barraca, colocaram tudo na carroça da família e se infiltraram naquele tanto de gente que havia na feira.

Vasculharam toda a feira atrás dos filhos e não os encontraram em lugar algum. Deixando Lilian cada vez mais desesperada e James cada vez mais preocupado.

Quando chegaram no final da feira, onde não existia quase ninguém na rua, avistaram ao longe três pessoas encapuzadas levando os seus filhos... e ninguém fazia nada.

Lilian levou as mãos a boca horrorizada. James ficou furioso e pensando rápido, pegou a espada de um dos guardas vigias, que por acaso estavam dormindo; com mais raiva ainda, James sorrateiramente começou a seguir as três pessoas encapuzadas com Lilian o seguindo de perto.

Quando já estavam perto o bastante para James ataca-los de surpresa, eles o perceberam e James agilmente começou uma luta de espadas com um dos homens, como a muito tempo não fazia. Para a sua surpresa, conseguiu o derrubar rapidamente e correu em direção aos outros dois que estavam com seus filhos. Viu de relance os olhos da filha e seu coração despedaçou quando percebeu como a filha estava assustada, e ao mesmo tempo sua raiva subiu ainda mais por eles estarem assustando sua menininha.

James entrou em uma luta com os dois homens e não percebeu quando Lilian correu para o homem caído no chão, pegara a espada do sujeito aproximou-se de onde estavam.

James começou a ter dificuldade em lutar com dois oponentes ao mesmo tempo e foi então que Lilian defendeu o marido de um ataque que provavelmente o teria o matado, começando uma luta com um oponente completamente surpreso. Tão surpreso quanto Harry e Keli estavam naquele momento, observando completamente atônitos aos pais lutarem quase que perfeitamente. Estavam confusos e assustados; como raios os pais sabiam lutar com espadas tão bem?

Os dois foram despertados de seus pensamentos por um grito do pai.

— Harry! Pegue Keli e saia imediatamente daqui! Proteja-a como se sua vida dependesse disso.

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Harry olhou para o pai desesperado. Não queria deixá-los ali, mas também não queria que Keli presenciasse se algo acontecesse. Olhou para a mãe que apenas lhe disse:

— Vá!

Harry pegou uma Keli chorosa nos braços e saindo dali correndo o mais rápido que conseguia indo de volta para casa.

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Dois dias depois.... No castelo de Grifinória....

Molly estava inquieta. Não via a hora de vê-las novamente, mesmo que fosse por um motivo ruim. Andava de um lado para o outro no quarto, e quando se aproximou pela vigésima vez da janela avistou ao longe duas carruagens de cores diferentes, uma azul marinha e a outra amarelo canária, aproximando-se dos grandes portões de entrada. Molly sorriu. Elas haviam chegado.

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Em uma das vilas do reino de Grifinória....

— Vanessa, obrigado por ficar aqui cuidando de Keli enquanto tenho que resolver algumas coisas. – Lilian falou realmente agradecida pela vizinha puder olhar Keli ali mesmo em casa, já que ela nem a menina queria que saíssem de casa.

— Tudo bem, Lilian. É sempre um prazer cuidar de Keli, ela é uma ótima garota e se dá muito bem com meu Fabian.

— Irei me despedir dela. Acho que já estou atrasada. – Lilian comentou sorrindo.

— Filha, mamãe já está indo. – Lilian avisou quando chegou no quarto da filha, onde ela já estava brincando com o pequeno Fabian.

O rosto de Keli mudou assim que ouviu as palavras da mãe e a olhou assustada. Lilian suspirou tristonha; isso vinha acontecendo sempre que ela ou James, ou até mesmo Harry, saiam de casa e Keli ficava sabendo. Então Lilian já sabia o que viria a seguir.

— Sozinha? Sem papai ou Harry?

— Sim, querida.

— Não, mamãe, é perigoso. Você não pode ir. – Keli protestou com os olhos lacrimejando.

— Keli, mamãe tem que ir. É importante, querida. – Lilian explicou dando-lhe um abraço e um longo beijo na testa. – Sinto muito, mas dessa vez não posso levá-la comigo.

— Não demore a voltar mamãe. – A menina pediu e a abraçou fortemente.

— Quando você menos esperar eu estarei aqui, querida.

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No castelo...

— Vossa majestade, as rainhas Violet e petúnia acabaram de chegar. – Um dos guardas avisou e depois fez uma reverência para a rainha.

— Elas já podem entrar. – Molly o respondeu e o guarda se retirou.

— Olá minha irmã, como está? – Violet disse indo abraçar Molly.

— De saúde? Muito bem! De sentimentos? Muito mal. Vocês sabem o porquê.

— Sim, sabemos. – Petúnia a respondeu também indo abraçá-la. - Como está Hermione, Gina e as outras meninas?

— Isso! Como está minha Hermione? – Violet perguntou demonstrando um pouco de preocupação. Só sabia que a filha estava viva, mas não tivera notícias sobre o estado da filha.

— Gina, Hermione e as outras princesas estão bem. Apenas Roxy ainda está um pouco traumatizada com o ocorrido, mas Hermione diz que ela ficará bem. – Molly rapidamente as tranquilizou.

—Ah, graças a deus! – Petúnia e Violet disseram ao mesmo tempo em alivio.

— Onde está Lilian? – Petúnia voltou a puxar conversa.

— Ela virá?

— Bem, ela disse que viria. – Molly respondeu e mal fechou a boca, ouviram uma batida na porta. Em seguida o guarda de antes voltou.

— Majestades. – O guarda falou fazendo uma reverência. – A Sra Potter chegou.

— Mande-a entrar. – Molly, Petúnia e Violet mandaram ao mesmo tempo.

— “mande-a entrar”, sinceramente, ainda não me acostumei com isso. – Lilian comentou ao entrar.

— Lilian! – Petúnia e Violet exclamaram e correram para abraçá-la.

— Ah, meninas, que saudades! – Lilian falou abraçando-as ao mesmo tempo.

— Ei! Assim fico com ciúmes! – Molly brincou indo na direção das três.

Lilian, Violet e petúnia riram ao mesmo tempo em que puxaram Molly para um abraço coletivo, como a anos as quatro não faziam.

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Em um alguma lugar perto do final da floresta do reino de Grifinória....

— Acharam Lilian e James? – Perguntou assim que viu o homem entrar.

— Nã-Não, senhor. – O homem respondeu gaguejando.

— Seus inúteis! Paspalhos, fracos! Além de terem sidos derrotados por aqueles metidos a corajosos vocês ainda não sabem nem os procurar. – Reclamou. Não sabia porque ainda não arrumara seguidores que servissem de algo. Iria fazer isso o mais rápido possível. - E Ginevra? Alguma notícia?

- Não, senhor. Nada da princesa... mas soubermos que a rainha tem visitas hoje à tarde, creio que acabaram de chegar no castelo agora.

— Visitas? Quem?

— As rainhas Violet e petúnia. Também creio que Lilian esteja lá.

— Então as quatro estão unidas novamente. – Falou para si mesmo com um sorriso malvado. – Provavelmente planejando algo contra mim. Coitadas das pequenas florezinhas. – Falou aumentando cada vez mais o sorriso.

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No castelo....

Estavam conversando amenidades, coisas bobas de suas vidas ou “grandes feitos” de seus filhos, e no caso de Molly e petúnia, netos.

Estavam sentadas em uma pequena mesa de quatro lugares na varanda do quarto do rei e da rainha de Grifinória, quando o assunto que fez com que se reunissem novamente, surgiu.

— Vocês precisavam ter visto Ginevra, Hermione e a amiga, Luna. Elas lutaram tão bem, estou tão orgulhosa... – Molly comentou levando uma das mãos ao peito.

— Ah, como queria ter visto minha Hermione em ação... – Violet falou com um sorriso e um olhar vago, como se estivesse imaginando a cena. Mas de repente seu rosto fechou. Não existia mais nenhum sorriso em seu rosto e seus olhos ficaram vazios. - Na verdade preferia que estivesse segura, que não tivesse sido quase pega novamente. – Seus olhos lacrimejaram só em pensar em perder sua menininha novamente.

— Ela está bem, querida. Além de ter se defendido muito bem, Ronald a salvou novamente e tenho que certeza de que se tivessem pego Hermione, Ronald não descansaria até tê-la de volta em seus braços. – Molly tentou consola-la.

— Nós temos que dar um fim nisso. – Petúnia se fez ouvir. – Muitas rainhas e princesas perderam suas filhas para esse monstro! Nem sabemos se estão vivas, se conseguiram escapar, ou se apenas estão presas! Meu Deus, eles pegaram as bebês! Tentaram pegar a minha neta!

— Você tem razão Túnia. Só que... – Lilian tentou falar, mas as lembranças do passado fizeram um nó em sua garganta...

— Só que...? – Petúnia a encorajou.

— Lembra a última vez que fizemos isso? – Violet resolveu falar, já que Lilian aparentemente não conseguiria. – Que tentamos dar um jeito?

Um silêncio incomodo e triste se apossou na varanda.

— Tentamos do jeito errado. Petúnia está certa, precisamos fazer algo. Principalmente agora que ele sabe onde Lilian e James estão e que eles têm uma filha. – Molly quebrou o silêncio.

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— Verdade. Precisamos tentar alguma coisa. Não vou perder minha Keli. De jeito nenhum, aqueles crápulas tocarão novamente na minha menina. – Lilian rapidamente concordou. Decidida a pôr um fim naquela bagunça que resolveu se instalar em sua vida.

— Vocês têm razão. Eu não suporto mais, tanta preocupação, tanta insegurança em relação a segurança de minha filha. – Violet também mostrou sua disposição para acabar com aquilo de uma vez por todas.

— Está decido, então. Planejaremos algo, dessa vez do jeito certo. – Molly voltou a falar. – Acabaremos com aquele monstro, mas por enquanto precisamos proteger nossas princesas.

— Já coloquei vários guardas ao redor e em todos os lugares do castelo e mais dois guardas na porta do quarto de minha neta, onde apenas eu, Valter, Duda e Leyla podem entrar.

— Admito que Hermione e Gina não estão tão seguras nesse momento. – Molly confessou olhando diretamente para Violet, que lhe respondeu com um preocupado. – Dei um jeito de Gina ficar segura sem fazer tantas perguntas, mas não sei o que fazer com Hermione. Rony a mantêm segura, mas creio que se chegassem aqui de surpresa, apenas ele a defendendo seria impossível ter algum sucesso.

— Pensaremos em algo, não se preocupe. – Petúnia disse olhando diretamente nos olhos de Violet ao mesmo tempo em que tocava sua mão fazendo um pequeno carinho ali. Violet sorriu agradecida pelo conforto. – Temos que pensar em algo para proteger Lilian e a família. O disfarce já não vale aqui neste reino, eles já sabem que estão aqui.

— Vocês podem ir para outro reino. Talvez o de Sirius ou o de Remo? – Violet sugeriu.

— Eu não sei... temos uma vida estabilizada aqui. Keli e Harry farão perguntas, principalmente Harry, que já não é mais criança e até tem uma pretendente. Ficará revoltado ou triste. Os dois ficarão se tiverem que se afastar. – Lilian explicou sua situação.

— Mas, Lilian, vocês precisam se manter seguros de alguma forma. – Petúnia disse o que pensava.

— Eu sei. Pensarei nisso meninas. – Lilian disse tentando mudar de assunto. – Molly, você disse que tinha algo para proteger Ginevra sem ela fazer muitas perguntas, o que era?

— Ah, isso não funcionará para você. Mandarei Gina para o reino de seu noivo o mais rápido possível.

— Não! – Lilian falou sem pensar muito e no segundo seguinte se arrependeu de não ter refreado a língua.

— Não? – Molly, petúnia e Violet perguntaram confusas.

— É uma ótima ideia, Lilian, porque disse não? – Molly perguntou outra vez. – Minha filha ficará mais segura lá que aqui.

Lilian pensou por alguns longos momentos, onde elas apenas se encaravam em silêncio.

— Não acha melhor pensar em algo melhor que isso? Digo... que seja mais seguro para ela?

— E o que seria mais seguro que isso, Lilian? – Molly questionou tentando entender aonde Lilian queria chegar com aquela conversa. – Não podemos demorar tanto para agir. Está decidido, mandarei Gina para o reino de seu noivo.

— Você tem razão, Molly, não há outro jeito. – Lilian finalmente desistiu depois de tentar desesperadamente pensar em outra coisa para impedir a partida de Gina.

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Mais tarde, nas vilas do reino de Grifinória….

— Você estava estranha hoje no jantar. Tem a ver com o convite de Molly para ir ao castelo hoje? – James perguntou quando finalmente ficaram sozinhos depois do jantar.

Keli já havia dormido e Harry havia acabado de se deitar.

— Sim. James precisamos conversar. – Lilian disse apreensiva e seria.

— Claro, venha. – James a pegou pelas mãos e levou-a para sentar nas cadeiras que mantinha na pequena sala-de-estar.

— Conversamos sobre nossa segurança e das princesas. Decidimos que tínhamos que acabar com ele. Só que com um plano melhor do que o da última vez.

— Sim... nisso eu concordo com vocês. – James falou recordando do desastre que foi tentativa de se livrar daquele monstro.

— Violet deu a ideia de nós mudarmos de reino. Talvez o de Sirius ou de Remo.

— Isso seria um desastre. Harry e Keli iriam ficar revoltados, não iriam querer se mudar. – James falou. – Principalmente Harry.

— Eu sei. Por isso disse que iria pensar sobre isso. Afinal é a segurança da família que está em risco. – Lilian o respondeu.

— Pensaremos nisso juntos. – James falou ao dar um aperto nas mãos de Lilian.

— Molly também disse que tinha uma ideia para manter Gina segura, uma ideia em que Gina não lhe faria muitas perguntas.

— Que ideia? – Perguntou curioso.

— Mandá-la para outro reino. O reino de seu noivo, o mais rápido possível. – Lilian falou tristemente.

— O que!? – James exclamou. – Ela não pode fazer isso. Harry e Gina. Eles... eles...

— Eu sei James, eu sei. – Lilian o interrompeu. – Mas não podemos fazer nada. Gina realmente ficará mais segura lá e nosso neto também.

— Não. Lilian, temos que fazer alguma coisa. Tem que haver outro jeito. – James disse recusando-se privar seu filho de uma das coisas mais deliciosas da vida. O amor. – Vamos acabar com esse disfarce. Contaremos toda verdade a Keli e Harry.

— O que!? James, ficou louco!? – Lilian soltou a mão de James em uma reação surpresa ao que ouviu.

— Não, Lilian! Do que adianta esse disfarce todo? Eles já sabem de nós, já sabem da existência de Keli. – James tentou argumentar.

— Exatamente por isso! Precisamos nos manter seguros, James! – Lilian falou com exasperação. Levantando-se da cadeira.

— Não! Chega de nos esconder Lilian! Nós lutaremos, nós voltaremos para nosso reino. – James disse como se estivesse pondo um ponto final na discussão também se levantando.

— Não, James! Não vamos contar a Keli e Harry que não somos apenas meros plebeus. – Lilian falou com o sangue lhe subindo a cabeça, mas ainda controlando o volume de sua voz. Sabia que não podia acordar os filhos. – Não podemos dizer aos nossos filhos que somos rei e rainha de um reino!