Gina ficou estática. Os olhos arregalados indo de seu pai ao príncipe Dino, que lhe exibia um sorriso sedutor e um brilho estranho nos olhos. Gina soltou as mãos de seu pai – Que desde que se soltaram do abraço estavam unidas. – E deu alguns passos para trás ainda sem desgrudar os olhos de nenhum deles. Enquanto as palavras “seu futuro marido” soavam em sua cabeça sem parar, como se fosse uma sentença de morte.

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Seu pai de repente ficou preocupado com o olhar de sua filha. E seu sentimento ficou maior quando ela lhe soltou as mãos e andou para trás. Já Dino não expressava nada a não ser o sorriso sedutor e o brilho estranho nos olhos. Gina voltou ao normal quando seu pai perguntou:

— Gina, filha não vai falar nada?

— Eu não vou me casar. – Gina declarou.

— O que? – Arthur falou atarantado.

— De jeito nenhum. Não vou me casar papai. – Gina enfatizou.

— Mas Gina, querida...

— Não pai! – Gina o interrompeu. - Eu não vou me casar com alguém que não amo! Com alguém que mal conheço!

— Desculpe-me alteza, mas o rei Arthur não está dizendo que casaremos amanhã. – Dino se meteu. - Ele nos dará um tempo para nos conhecemos, não é mesmo majestade?

— É isso mesmo. Filha vocês não se casarão sem se conhecerem, darei um tempo para vocês. – Arthur concordou

— Com tempo ou sem tempo, pai. Eu não vou me casar com uma pessoa que eu não amo. Não vou! – Gina continuou negando.

— Mas Gina, querida você já está na idade de casar. – Arthur argumentou.

— Não! De maneira alguma! - Gina discutiu. - Não me caso com o príncipe Thomas, papai! Mesmo que eu esteja na idade de casar, eu não vou fazer isso sem amor. Não vou me casar sem amor.

— Mas, querida como irá se apaixonar por alguém se você não sai do castelo? – Arthur questionou.

— Isso! Como me apaixonarei por alguém se o rei Arthur não me deixa sair dos muros desse castelo? – Gina ironizou. – Me deixe responder papai, nunca! E se eu nunca me apaixonar, eu nunca vou me casar. – E virando-se dirigiu-se para a porta da sala do trono. Saiu deixando para trás um rei estático, e um príncipe com confiança demais.

— Não se preocupe majestade, eu convencerei a princesa Ginevra a se casar comigo. – Dino assegurou.

— Certo, mas não a force a nada sim? – Arthur pediu.

— Pode deixar majestade. – Dino assentiu.

—---------

Fora dos muros do castelo....

Parecia a Harry que ele tinha acabado de fechar os olhos quando a sua mãe bateu na porta de seu quarto chamando-o para tomar café.

Ele levantou-se preguiçosamente, se arrumou e foi tomar o café da manhã junto a sua família, na pequena mesinha de quatro lugares na cozinha.

— Você parece cansado filho, não dormiu bem hoje? – James iniciou uma conversa.

— Eu? Hein? Não, eu não dormi muito bem hoje. – Harry respondeu um pouco desorientado.

— Saiu cedo do baile ontem. – Lilian recordou. - Aconteceu alguma coisa querido?

— Não aconteceu nada, eu só não estava gostando muito da festa então resolvi voltar mais cedo. – Harry deu a desculpa.

— Sem nos avisar? – Lilian indagou.

— Eu não pensei nisso na hora mamãe, desculpe se a deixei preocupada. – Harry responsabilizou-se

— Está bem, querido, mas não faça mais isso, sim? – Solicitou Lilian.

— É, não faça mais isso, ou a sua mãe morre do coração. E eu ainda quero a minha mulher viva e cheia de saúde ouviu mocinho? – James brincou.

— Sim, papai. – Harry falou rindo.

— Bom, vamos logo. – James o apressou.

Eles se despediram de Lilian e Keli, e partiram para feira do reino de Grifinória.

—------------

No castelo....

Gina andava a esmo pelos corredores do castelo, não sabia para onde estava indo. Estava furiosa com seu pai por obrigá-la a casar-se sem amor, e completamente com medo de ele obrigá-la a casar-se com o príncipe. Mesmo ela dizendo mil vezes que não queria.

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Ela parou um pouco para respirar fundo, olhou em volta e viu-se diante da porta de seu quarto, assim que a reconheceu, ela a abriu, e quando entrou viu Luna - Agora deitada. - Em sua cama. E quando ela a percebeu ali, Luna logo se sentou com o semblante preocupado.

— Gina o que houve? Porque essa cara? Vem senta aqui. – Luna a questionou imediatamente.

— Me diz, o que está acontecendo? – Luna pediu depois que Gina sentou-se.

— Meu pai ele... – Gina não terminou a frase.

— Ele o que, Gina? – Luna perguntou mais curiosa.

— Ele quer que me case. – Gina explicou.

— O que? Como assim? Com quem? – Luna fez mais perguntas;

— Com um príncipe. Dino Thomas, eu acho que é assim que ele se chama. – Gina falou.

— Mas, Gina, como do nada seu pai decide que você tem que se casar? – Luna falou um pouco fora de si. - E ainda escolhe o noivo! Isso não se faz, mesmo que ele seja o rei.

— Eu sei, Luna. – Gina respondeu cabisbaixa.

— O que você disse? – Luna perguntou cheia de curiosidade.

— Disse que não me casaria. Que só me casaria com amor, e não com alguém que mal conheço e não amo. Ele insistiu, mas eu continuei negando e acabei saindo de lá deixando-os sozinhos. – Gina relatou

— Você sabe que ele vai continuar insistindo, não é? – Luna falou hesitante.

— Sei. – Gina confirmou.

— E o que vai fazer? – Luna

— Não sei, preciso de ajuda. – Gina respondeu se levantando e indo em direção ao seu guarda-roupa.

— O que está fazendo? – Luna perguntou intrigada.

— Procurando a minha caixa com meus disfarces. – Gina explicou.

— Por qual motivo? – Luna perguntou ainda mais intrigada.

— Tenho que ir até a feira, preciso ver Harry. – Gina lhe explicou mais uma vez. - Dizer-lhe o que aconteceu, preciso de outra cabeça para pensar comigo. De preferência uma que não seja avoada. Sem querer ofender amiga.

— Sem problemas, não ofendeu. Sou um pouco avoada mesmo. – Luna respondeu com um sorriso.

Gina voltou do guarda roupa com a caixa e colocou-a na cama. Tirou de lá um vestido da cor marrom um pouco surrado, e uma capa preta que parecia nova.

Luna a ajudou a se vestir. Por insistência dela, já que Gina não parava de dizer que sabia se trocar sozinha. Porém Luna disse que queria ajudar de alguma forma. Então ela cedeu.

Já arrumada, ela desceu junto a Luna para os estábulos, e enquanto Luna distraia os cavalariços, Gina pegou o cavalo branco de Gui, e saiu em direção aos portões. Sempre sendo encoberta por Luna. A qual ela encheria de beijos e agrados quando voltasse.

Já fora dos muros do castelo, ela subiu no cavalo e cavalgou até a feira. Chegando lá, procurou um lugar para amarrar o cavalo enquanto iria a barraca de Harry.

Quando finalmente achou um lugar, amarrou-o, e foi em direção a barraca. Da qual, a caminha ela já sabia de cor. Quando a viu respirou fundo e se aproximou. Fez o esquema que eles haviam combinado e se retirou de volta para o cavalo, sentido que estava sendo perseguida por Harry.

Minutos depois, subiu no cavalo e partiu para a floresta sendo perseguida o tempo todo por Harry no cavalo de sua família.

Os dois chegaram quase que ao mesmo tempo no lugar que eles diziam que era deles. Desceram do cavalo, amarram-no em umas árvores ali perto e Harry logo se aproximou dela lhe dando um beijo apaixonado, que ela logo retribuiu.

— Olá, minha linda, não esperava te ver hoje. Achei que estivesse cansada – Harry falou depois do beijo.

— Oi amor, eu estou sim. Mas, hoje aconteceu algo. – Gina respondeu um pouco seria.

— O que foi? – Harry ficou preocupado.

— Meu pai, ele quer que me case com um príncipe que mal conheço. – Gina foi direto ao ponto.

— O que? Se casar? – Harry foi pego de surpresa. – Não! De jeito nenhum! Você não se casará com príncipe nenhum! Eu não vou deixar! Isso não pode acontecer Gina, não pode! Você não pode aceitar de jeito nenhum. – Harry falou com um pouco de desespero.

— Eu não vou aceitar Harry, mas não sei por quanto tempo conseguirei impedir meu pai de me casar com aquele sujeito, apenas dizendo que não quero. Preciso de sua ajuda. – Gina pediu também com um pouco de desespero.

— Minha ajuda? – Harry perguntou confuso.

— Sim. – Gina confirmou.

— Vamos fugir então. – Harry falou de súbito depois de pensar por alguns segundos.

— Não, nada disso! Harry, eu não quero abandonar a minha família, e sei que você não quer abandonar a sua também. – Gina negou prontamente.

— Eu também não quero te perder Gina. – Harry insistiu na ideia.

— Eu sei, eu também não quero te perder, porém acho melhor pensarmos em outra coisa, menos em abandonar a nossa família, podemos nos arrepender algum dia se fizermos isso. – Gina argumentou.

— Você tem razão, pensarei em algo. – Harry concordou.

— Eu também farei isso. – Disse Gina.

Eles se olharam brevemente, Gina o abraçou fortemente e Harry a retribuiu e sussurrou:

— Eu não vou deixar que nada nem ninguém nos separe Gina.

— Eu também não vou deixar isso acontecer, amor. Não vou deixar. – Gina lhe respondeu, jurando a si mesma que realmente não iria deixar nada os separar.