You Are Dad!
Introdução
Introdução
Convento Santa Maria, Ilchester, Maryland
Dean avançava depressa pelos corredores vazios da pequena igreja. Apesar do percurso ser pequeno, parecia interminável. E a cada passo, crescia a certeza de que ele chegaria tarde demais.
***
Ruby lutava para esconder um sorriso. Finalmente, estava tão perto de atingir seu objetivo. Depois de tanto tempo tendo que dar seu sangue para Sam, finalmente ele iria recompensá-la. Tudo que ela fez, tudo que ela fingiu ser, a levou para aquele momento. E agora estava tão perto. Nada poderia impedi-la. Agora ela via que todo o sacrifício havia valido a pena.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Sam havia arremessado Lilith contra o altar de pedra, e agora ela estava no chão, rindo sarcasticamente, dizendo para Sam tentar matá-la.
O Winchester mal ouvia o que ela dizia, em sua mente só havia uma única coisa: vingança. Ele levantou a mão e o sorriso de Lilith foi substituído por uma expressão de dor.
Então um barulho. Algo havia se chocado com a imensa porta de madeira. Sam e Ruby se distraíam, e a voz de Dean é ouvida do outro lado.
Apesar dos gritos de Dean, o irmão mais novo já estava dominado pelo ódio. Nada iria pará-lo agora, e Ruby se certificaria disso.
- Vamos! – gritou ela – Agora! Rápido!
O Winchester se virou para o demônio de olhos brancos que o olhava de modo desafiador. Os olhos dele mesmo ficaram pretos, enquanto ele se deixava consumir pelo ódio, e pelo sangue de demônio que corria em suas veias.
Lilith se contorceu, mas não gritou. Ela soltou uma risada que encheu a sala, e então, o corpo que possuía caiu inerte no chão. Estava acabado.
- Não acredito – disse Ruby, surpresa – Lilith era incrivelmente poderosa... E você simplesmente acabou com ela!
Ela olhou para o sangue que escorria no chão. - Sam, depois de tanto tempo – disse ela – Você conseguiu. Nós chegamos até aqui, nós matamos a Lilith! Depois de tanto tempo, todos os demônios querendo a minha cabeça, você não imagina como foi difícil. Mas você Sam, você conseguiu. - O que? – perguntou Sam.
- Você abriu a porta, Sam.
- Não, não... Eu, eu matei a Lilith...
- Ninguém desconfiou – disse ela – Depois de tanto tempo, nem Alastair sabia o que eu estava fazendo. Só Lilith sabia! Eu sou a mais fiel de todos eles! Eu sou a única que merecia estar aqui agora!
- Mas... – disse Sam. Ele não conseguia absorver as palavras – Mas nós matamos Lilith... Ruby soltou uma risada um tanto histérica.
- A Lilith não ia quebrar o ultimo selo, Sam – disse ela – Ela era o ultimo selo.
- Sua... – Sam se afastava devagar de Ruby – Sua vadia!
- Ah, qual é Sam, sei quem está com raiva agora, mas até você tem que admitir, eu sou demais, enganei todos eles!
- Sua vadia! Sua vadia desgraçada!
Sam se concentrou para usar seus poderes em Ruby, mas ele apenas conseguiu cair no chão por causa do esforço.
- Você soltou sua ogiva no chefe, Sam – disse Ruby, se aproximando.
- O sangue... Você me envenenou!
- Eu só te dei opções Sam. Você escolheu o caminho certo o tempo todo – disse ela, acariciando o rosto do Winchester.
- Por que? – disse ele – Por que eu?
- Tinha que ser você Sam. Sempre teve que ser você. Você nos salvou, você o libertou, e ele vai te recompensar de modos inimagináveis.
A porta de madeira provocou um som alto ao se despedaçar e cair no chão.
Dean entrou na sala e viu o corpo de Lilith no chão. Seu olhar passou no mesmo instante para Ruby. Ele não tinha duvidas. Sabia o que fazer. Tirou a faca do cinto e andou em direção a ela.
Sam agarrou os braços do demônio por trás, e Dean enfiou a faca na barriga de Ruby.
- Chegou... Tarde demais... – disse ela.
- Não me importo – disse Dean, girando a faca.
Ruby observou pela ultima vez aquela cena, o sangue escorrendo no chão... Mas havia algo errado. Algo muito errado havia acontecido. Mas então sua visão ficou negra, Dean retirou a faca e Sam a soltou. O seu ultimo pensamento antes de cair morta no chão foi ‘’Me desculpe, mestre’’
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!O corpo da garota caiu no chão. Ruby estava morta.
Os Winchester então se olharam, sem trocar nenhuma palavra, e observaram o liquido vermelho escuro que escorria pelo piso da igreja.
Mas nada aconteceu. Nenhuma luz, nenhum portal do inferno, nada de fogo. E nada de Lúcifer.
Alguém apareceu atrás dos irmãos, fazendo-os se assustar. Dean arremessou a faca contra o vulto, mas ele a segurou com facilidade.
- Acho que isso não vai funcionar comigo – zombou Zacharias.
- Ah, são vocês – disse Sam – O que houve, onde está Lúcifer?
- Confesso que inicialmente fiquei tão surpreso quanto vocês – disse ele – Mas parece que Castiel não é tão inútil, afinal de contas.
Castiel e um homem negro apareceram atrás de Zacharias.
- Cass! – disse Dean – O arcanjo não te matou?
- Não tive esse prazer – falou o homem negro ao lado de Castiel.
- Sam, Dean, esse é Raphael, o arcanjo que protege Chuck.
- Certo, dá pra alguém me explicar o que tá acontecendo aqui? – falou Dean, ficando irritado.
- Nós achávamos que Lilith havia quebrado os 65 selos – disse Raphael – Mas na verdade ela quebrou apenas 64. Um dos selos que ela pensou ter quebrado, na verdade não era um dos possíveis selos que ela poderia quebrar.
- Lilith deveria ser o ultimo selo – falou Castiel – Mas como ela morreu antes de 65 selos serem quebrados, sua morte não teve efeito.
- Isso significa que não vai haver Apocalipse? – perguntou Sam.
- Exatamente – disse Zacharias – O Apocalipse não vai acontecer.
- E agora? – perguntou Dean – O que nós fazemos?
- O que vocês quiserem – disse Zacharias – Não precisamos mais de vocês. Se quiserem continuar caçando, que façam, ainda existem muitas criaturas sobrenaturais andando sobre a Terra.
- E o que vocês vão fazer? – perguntou Sam.
- Isso não é algo com que vocês devam se preocupar – falou Zacharias – Bom meninos, até qualquer dia – falou ele, e com um estalar de dedos, os Winchester sumiram.
***
O Impala 67 percorria a noite com tranqüilidade. Sam e Dean iam em direção a Roadhouse.
Um celular toca, e Dean pega seu aparelho do bolso.
- Alô? – disse ele. A pessoa do outro lado respondeu, e Dean pisou no freio bruscamente, fazendo o carro quase derrapar no freio repentino.
- Dean, o que foi? – perguntou Sam. - Bela? – disse Dean, ignorando Sam – Mas como diabos você...
- Bela? – repetiu Sam – Dean, quer me explicar o que está havendo?
- Como eu estou viva? – disse ela – Eu tenho meus truques para escapar dos cães do inferno. Não ia adiantar por muito tempo, mas parece que vocês deram um jeito de matar a Lilith, não é?
- O que você ainda quer com a gente? – perguntou ele, quase esmurrando o volante.
- Sabe, eu tenho um trabalho a fazer, mas tem algo que estou fazendo nesse momento. Se vocês pudessem me substituir aqui eu agradeceria.
- Que diabos você quer que a gente faça?
- É algo fácil comparado com o que vocês já enfrentaram.
- Por que devíamos te ajudar? – disse ele.
- Por que se vocês me ajudarem, eu direi onde está a Colt. Estarei esperando vocês. Beijos pra vocês – disse ela rindo, e em seguida desligou o telefone.
Dean voltou a acelerar o carro.
- Dean, da pra me dizer o que houve? – disse Sam?
- Acho que não vamos parar em Roadhouse agora – disse ele.
- Porque? – perguntou Sam.
- Vamos fazer um trabalho para Bela.
- O que? Sabe cara, eu acho que você ficou maluco de vez.
- O pior é que eu também acho – disse Dean.
E o Impala 67 seguiu, dessa vez não tão calmamente, em direção a Milford, Delaware.
Fale com o autor