Digimon Masters Overclock

Capítulo 6: Calor Infernal


Digimon Masters Overclock

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Capítulo 6: Calor Infernal

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Praia de São Luís - Maranhão. Avenida Litorânea...

— Você já passou bronzeador Calopsmon?

Deitado numa cadeira de praia espreguiçadeira, ao lado do seu parceiro Elves, estava um digimon pássaro parecido com uma calopsita, aproveitando o sol de óculos escuro.

— Já sim. _ Dizia o bichinho virtual enquanto se deliciava com mais um gole do Shake de açaí. – Isso é mesmo uma delícia!

— Não há nada melhor não é mesmo? _ O rapazinho estava adorando o início de suas férias.

Havia passado três dias desde quando conhecera seu próprio digimon no dia do apagão e Elves não conseguia mais logar no jogo pelo aparelho Overclock que também tinha se transformado num digivice. Sua família queria aproveitar o fim das aulas para tirar umas férias sossegadas e como ninguém além dele mesmo via Calopsmon, ele decidiu aceitar o convite e levá-lo junto para passear.

Calopsmon era um digimon bonzinho, tímido e educado que pedia permissão para fazer tudo antes mesmo de fazer e que estava adorando o mundo real.

— Oh Elves... Então aqui no mundo humano vocês não precisam mesmo sair para caçar comida? _ Perguntava a criaturinha.

— Não dessa forma. Aqui na Terra as pessoas trabalham em troca de dinheiro que é um tipo de moeda e com isso elas compram a comida que precisam para sobreviverem. _ Explicava.

— Interessante! Isso parece divertido.

— Não muito. A parte mais legal é poder comprar as coisas. “Risos”

...

O sol estava irradiante. Eles não podiam ter escolhido um dia melhor.

A praia estava lotada de pessoas e não só os dois, mas toda a família do garoto estava se divertindo.

Sua mãe, seu pai, seu irmão menor e até os seus primos tinham ido passear com eles.

— Vem jogar vôlei com a gente Elves. Vamos brincar! _ Um dos seus primos o chamava.

— Você espera aqui um pouquinho? _ Perguntava ao digimon.

— Vai lá, se divirta amigão. _ Respondia o animalzinho, feliz da vida.

Enquanto assistia seu Tamer se divertir, Calopsmon aproveitava mais da liberdade da natureza, sentindo o calor gostoso que tinha o sol do mundo humano. Era como estar no paraíso.

— Ah não Scheidt, você jogou a bola na água outra vez! _ Elves estava gritando com seu irmão menor.

— Pode deixar que eu pego. _ O garotinho correu para as ondas. Segundos depois, lá estava ele de volta para continuar a brincadeira.

— Culu?

Calopsmon tinha sentido uma presença.

— Alguém me ajuda, por favor. Culumooon!

Calopsmon olhou novamente e viu um digimon desconhecido no meio das pessoas na praia, voando desesperado, fugindo de algo.

— Elveees... Elveesinhoooooo. _ Seu digimon lhe gritava.

— Hãm! _ O garoto errou o saque, olhando rápido para o parceiro que apontava para algo.

Passando por ali, havia um pequeno digimon orelhudo e branco que não existia no jogo da Overclock, nem nas séries de tv de digimon que produziam.

— Outro digimon!? _ Elves ficou surpreso.

— O que tá acontecendo? Vai jogar ou não? _ Seus primos não entendiam porque ele estava parado com cara de assustado.

— Esperem um pouco, eu não posso agora. Continuem sem mim. _ O rapaz largou tudo e correu com seu parceiro atrás do outro digimon.

— Ele foi por ali. _ Calopsmon apontava.

Os dois corriam o mais rápido que podiam, mas haviam muitas pessoas atrapalhando no caminho do rapaz e pra completar o misterioso bichinho virtual havia desaparecido.

— Eu perdi ele. _ Seu parceiro contava.

— Aquele digimon.. foi o mesmo que nós encontramos na dungeon no dia em que nos conhecemos, Calopsmon. O que ele estava fazendo aqui? _ Exausto, o garoto dizia tudo aquilo se apoiando nos joelhos, encurvado, enquanto tentava recuperar o fôlego.

— Eu não faço ideia. Mas pra onde ele foi? _ Calopsmon indagava.

— Nossa, tá ficando quente não é? _ Uma jovem passou reclamando.

— Meu Deus, mais que calor é esse? _ Um homem gordo abria o guarda-sol.

Logo, várias pessoas começavam a notar e a reclamar sobre o aumento repentino da temperatura.

— Temos que sair daqui, está ficando muito quente! _ Reclamava uma mulher que também havia ido à praia com sua família.

— O que tá acontecendo hein? Porquê está tão quente assim? _ Elves estava suando demais.

— Elvesinho, você está bem? _ Seu digimon observava o olhar sonolento do rapaz.

— Acho que eu vou desmaiar. _ Dizia o garoto.

— Não Elves, nós temos que encontrar sua família. _ Calopsmon tentava abanar o amigo com suas asas.

De longe, um digimon causava aquele evento climático maligno. Era Flawizardmon, um dos digimons enviados por Lokimon, como Moonemon havia contado para o Felipe.

— Nuvem de fogo! _ Enquanto girava um bastão que se parecia com um palito de fósforo bem grande, ele causava o aquecimento naquela área.

— Aguenta firme Amigo. Não dorme ainda não. _ Calopsmon ajudava Elves à chegar onde estavam seus parentes, mantendo-o acordado.

— Elves, o que aconteceu meu filho? _ Sua mãe saiu do guarda-sol para socorrê-lo. Ela não sabia sobre o aquecimento na outra área.

— * Coitadinha da dona Marinalva, se ela pudesse me ouvir entenderia o que está acontecendo. Mas não se preocupe mãe do Elves, eu vou salvar vocês todos.

Sentindo a localização do digimau, Calopsmon foi sozinho até o lugar em que ele estava, acima das nuvens.

— Hey você! O que pensa que está fazendo? _ Perguntava Calopsmon ao inimigo.

— * Hãm? Quem é esse digimon? _ Se perguntava Flawizardmon.

— Anda, diz o que você quer e porque está aqui no mundo humano? _ Calopsmon era corajoso e pressionava o adversário em busca de uma resposta, enquanto batia fortemente as asas para se manter no alto.

— Você não veio com o Lord Lokimon não é mesmo? Você é um daqueles digimons que estão com as novas crianças, certo? _ O mago digimon já tinha sacado.

— Você tá falando do Elvesinho? O que tem ele hein? Você veio machucá-lo? _ Perguntava o digimon do bem.

— Na verdade eu estava caçando outra coisa, mas eu acho que ele fugiu. Já que vocês estão aqui, eu vou aproveitar para eliminar os inimigos de Lokimon, você e depois sua criança digiescolhida. _ Falava Flawizardmon.

— Só se for por cima do meu cadáver. _ Calopsmon era um digimon de nível rookie, mas realmente muito leal.

— Isso não vai ser difícil. _ O adversário se aproximava sorrindo. - Ignição mágica. _ Começava um ataque.

A calopsita digimon estava sozinha enfrentando um inimigo desconhecido, porém, ela tinha o dever de salvar a vida do seu tamer e dos outros que sofriam com o calor infernal.

Flawizardmon abria as mãos e como mágica aparecia uma tocha de fogo que ele lançava na direção do Digimon pássaro.

— Ahhhh, to pegando fogo! _ Calopsmon havia sido acertado em cheio pelas chamas. - Você não vai me derrotar. _ Dizia o mesmo, apagando as chamas com o vento enquanto usava seu contra-ataque. – Mini Tornadoooo..

O digimon mago era muito esperto e se desviara facilmente do golpe lerdo.

— É só disso que você é capaz? _ Perguntou o demônio com sede de vingança.

Lá embaixo, Elves podia sentir que seu digimon estava lutando.

— Por favor, derrote ele Calopsmon. _ O garoto estava deitado quase desmaiando junto aos outros que já estavam desidratando.

...

— Você não vai me vencer. _ O digimon de Elves sentia sua energia lhe ajudando e a esperança do menino era como a presença dele naquele momento.

— Turbilhão celeste!

Mais um ataque, muito mais poderoso. Causando um túnel de ventania tão forte ao ponto de apagar a fogueira na cabeça de Flawizardmon.

— O quê? Mas você não é nem um champion! Como consegue fazer isso? _ Sem ter tempo para entender as habilidades do digimon que enfrentava, Flawizardmon desaparecia num instante.

O vento causado pelo ataque do parceiro do digiescolhido também afetou os humanos na praia, mas, de um jeito bom, aliviando o calor mortal que todos sentiam há pouco, recuperando a consciência dos que já haviam a perdido com um ótimo frescor.

— Calopsmon, você conseguiu!! _ Elves corria na direção do seu amigo para agradecê-lo.

Todos voltavam a acordar vagarosamente.

— Você já está melhor Elvesinho? Que bom que você melhorou, me dá um abraço. Haha! ^_^

Enquanto aqueles fatos ocorriam, nenhum dos dois sabiam que seus outros amigos tinham passado por situações tão difíceis quanto aquela e que aquilo tudo era só o começo para eles todos.

Fim do capítulo 6... Continuará!

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