DEZ

O DIÁRIO

Edward me beijou e sabe demorou alguns segundos para eu digerir isso, nunca na minha vidinha eu ia imaginar que um dia eu estaria sendo beijada pelo capitão do time de basquete, o tão conhecido e popular Edward Cullen.

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Não que eu ache isso importante, mas a vontade de jogar isso na cara da Tanya era grande!

Afinal ela adorava falar para mim que já ficou com alguns jogadores do time de basquete, e eu agora poderia gritar na cara dela: “HÁ HÁ fiquei com o capitão!”. Mas é lógico, isso ia ficar só nos meus sonhos, porque nunca na minha vida eu iria ter coragem nem de admitir que eu troco mais de dez palavras com Edward Cullen.

Mas bem, voltando ao que interessa, na hora eu fiquei tão surpresa que não tive nenhuma reação, meus olhos continuavam fechados, e eu não mexia os lábios, apenas sentia os lábios de Edward grudado nos meus, enquanto ele me segurava com força, esperando eu correspondê-lo, mas eu ainda estava tão... Tão... Surpresa que nem me mexer eu me mexia.

Só que quando finalmente consegui raciocinar, e digerir o que estava acontecendo o medo começou a me invadir, se eu continuasse parada assim, o mais provável é que ele iria rir de mim e dizer: “HÁ HÁ Você não sabe beijar!” ou “HÁ HÁ você beija mal” e ainda espalhar essa calunia por toda escola (afinal, do jeito que ele é) ai sim ia ser uma baita humilhação, então tentei me acalmar e fiz o que achei mais sensato, coloquei os braços em volta do pescoço dele e entreabri os lábios, dando permissão para que ele me beijasse.

E foi isso que aconteceu, após eu dar abertura ele aprofundou o beijo, nossas línguas se encontraram e eu comecei a me sentir quente. Fazer o que? Eu não sou de ferro! E em questões de poucos segundos eu senti a respiração de Edward ficando mais acelerada, e as mãos dele começaram a descer pelo meu corpo até parar em minhas pernas, ele apertou de leve a minha coxa, e então comecei a notar, com certeza ele deve achar que isso já é um sinal verde, para o que ele acha que irá acontecer logo em seguida.

Mas ele se enganou, é sinal vermelho, pois eu o empurrei fortemente, o empurrão foi tão forte que ele quase caiu da cama.

– O que foi? – ele perguntou, me olhando como se eu fosse uma louca.

– Eu é que te pergunto, que direito você pensa que tem para me agarrar dessa forma? – perguntei irritada, levantando da cama rapidamente, para ele não fazer mais um absurdo desses.

– Você sugeriu que a gente transasse... E eu não vou negar essa sugestão não é? – ele respondeu dando um sorriso malicioso, me deixando boquiaberta.

AFINAL, ELE É UM IDIOTA! Eu nunca sugeri isso!

– EU NÃO SUGERI ISSO! – eu gritei descontrolada, e a vontade de quebrar a cara dele estava cada vez maior.

Ele me olhou de uma forma estranha, parecia que se segurava para não dar risada, já eu revirei os olhos e cruzei os braços enquanto ainda o encarava. Foi então que ele se virou e pegou novamente o meu diário na mão, e eu acho que naquele momento fiquei vermelha de tanta raiva. Não acredito que ele irá mesmo me ameaçar com esse diário! Merda, eu devia ter escutado minhas amigas quando elas falaram que eu era velha demais para ter um diário.

– Então você é louca porque eu ouvi muito bem você me perguntando se eu queria transar com você em troca do diário... – ele me respondeu, voltando a me olhar.

– Ah então é isso, você quer transar comigo em troca do diário? – eu perguntei, olhando para ele como se ele fosse um verme. (Apesar de que ele era quase um).

E bem, o desgraçado começou a rir negando com a cabeça.

– Swan, realmente você não me conhece... Você acha mesmo que eu preciso ameaçar alguém para transar com a pessoa? Se eu quiser um dia transar com você vai ser pela sua própria vontade... – disse ele, me deixando mais confusa ainda: Então que diabos ele quer? Eu fiquei o encarando enquanto ele se sentava novamente na minha cama e olhava para mim com um sorriso estranho no rosto. – Mas por enquanto Swan, eu tenho outros planos... – ele acrescentou, com um olhar maldoso.

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Outros planos... Outros planos... Saco ele sempre fala isso! Que diabos será que ele quer? Que tipo de joguinho é esse? Eu realmente não estava entendendo nada, se ele está na minha casa, me ameaçando, com certeza deve ter algum motivo.

– Eu não quero saber, mas eu quero meu diário de volta! – falei com raiva, me aproximando dele na tentativa de pegar o diário, mas rapidamente ele se levantou da cama e estendeu a mão que segurava o diário para cima, para eu não conseguir pegá-lo, DROGA! Essa hora que é ruim ser baixinha.

Bufei de raiva, e pulei em cima dele, o fazendo cair em cima da cama, sentei na cintura dele e tentei puxar o diário da mão dele, mas como ele é mais forte que eu, de novo ele conseguiu me imobilizar, virando e ficando novamente por cima de mim.

– Olha só garota, eu disse que não vou obrigar você a transar comigo, mas se você não parar de pular em cima de mim, eu posso mudar de ideia... – ele disse num tom tão ameaçador, que até eu me assustei, realmente na hora que ele queria colocar medo numa pessoa o infeliz conseguia.

Eu abri a boca para respondê-lo, quando...

– BELLA, JÁ CHEGUEI! – ouvi meu pai gritar, arregalei os olhos e Edward e eu nos olhamos assustados, ele saiu de cima de mim num pulo e eu me levantei correndo em direção da porta.

– Droga! – ele reclamou, passando a mão sobre o cabelo, num gesto nervoso.

– Meu pai não pode te ver aqui, ele vai pensar besteira... – eu disse meio desesperada.

E aquilo era uma verdade, se meu pai o visse no meu quarto com certeza nós dois poderíamos nos considerar pessoas mortas.

– BELLA?! – gritou meu pai, e pela voz pareceu que ele já estava mais próximo, olhei para Edward de olhos arregalados, e vi que finalmente ele havia tomado uma atitude, ele se jogou no chão e rolou para debaixo da minha cama. Dei um suspiro de alivio, mas só suspiro mesmo, porque aliviada eu não estava, eu estava morta de tanto medo.

– Oi pai... – falei meio nervosa, perto da porta, nesse momento ela se abriu e meu pai entrou, não demorou muito para eu sentir meu coração quase saindo pela boca.

– Você demorou para responder, fiquei preocupado... – ele respondeu, entrando no quarto.

– Er... Eu estava no banheiro... – menti, olhando para o chão, percebendo que meu diário estava caído próximo da cama, sorri de leve, e cheguei à conclusão de que com o susto Edward acabou deixando o diário cair no chão, sem sequer perceber.

Meu pai olhou em volta do quarto e depois olhou para mim com as sobrancelhas franzidas.

– Você foi ao jardim? – ele perguntou desconfiado, arregalei os olhos, me perguntando como ele sabia disso.

– Er... Er... – gaguejei, coçando a cabeça. – Por quê? – perguntei, olhando novamente para meu diário, logo arregalei os olhos ao ver a mão de Edward se estendendo em direção a ele, ele estava tentando pega-lo.

DESGRAÇADO!

Disfarçadamente comecei a me aproximar do diário, mas meu pai acabou fazendo o mesmo, ele se aproximou da minha cama e sem perceber, parou bem em cima da mão de Edward, e em frente ao diário.

Ele pegou o diário do chão e colocou em cima da minha cama.

Fiquei de olhos arregalados, olhando fixamente para o pé dele que estava em cima da mão de Edward.

– Você esqueceu a porta da sala aberta, é perigoso filha, tem que prestar mais atenção... – ele respondeu me olhando.

– Ah sim, da próxima vez eu vou prestar mais atenção... – eu disse andando em direção da janela, parando próxima dela, me virei e olhei para meu pai, percebendo que ele ainda estava pisando na mão de Edward. - Olha pai, eu acho que vai chover... – inventei, olhando para a janela, e então ele caminhou em minha direção, parando ao meu lado, e olhou pela janela.

Rapidamente olhei para trás e vi que a mão de Edward não estava mais estendida, dei um suspiro de alivio e voltei a olhar para frente.

– Acho que não, pelo céu me parece que amanhã vai ser um dia ensolarado! – ele comentou, olhando para o céu, depois deu um longo suspiro e olhou para mim, sorrindo de leve. – Eu estava pensando numa coisa hoje de manhã, falta apenas quinze dias para o seu aniversario... – ele comentou bastante sorridente, me fazendo ficar levemente irritada. Ele tinha que comentar isso na frente do Edward? Tá ele não sabia que Edward está no meu quarto, mas agora o infeliz vai ficar sabendo que falta duas semanas para o meu aniversário, droga! – E então, o que você vai querer fazer nesse dia especial?

– Eu não sei pai, mas o que você quiser fazer, já será ótimo... – eu respondi, dando um sorriso de leve, meu pai também sorriu e deu um beijo de leve no meu rosto.

– Ok, eu vou pensar em algo legal, eu vou para o meu quarto, já sabe qualquer coisa é só me chamar...

E agora sim, consegui ficar mais aliviada, concordei com a cabeça e então ele se virou, saindo do quarto logo em seguida.

Logo que ele fechou a porta, eu olhei para a cama rapidamente, não demorou muito para Edward rolar novamente saindo debaixo dela, eu corri até a porta a trancando, vai saber se meu pai volta.

Logo que virei novamente, vi Edward sentado na minha cama, gemendo enquanto massageava a mão.

– Bem feito, isso que dá querer roubar o meu diário! – eu falei, e então ele me fuzilou com o olhar.

– Isso não tem graça... – ele reclamou, pegando novamente o diário que estava ao lado dele na cama, cruzei os braços e bufei de raiva, ainda o encarando fixamente.

– E então não vai me dizer quais são as suas intenções? – perguntei, enquanto encostava minhas costas na porta do quarto.

– Como? – ele perguntou, arqueando as sobrancelhas.

– Vir aqui, me ameaçar com meu diário, entrar na minha casa, no meu quarto, tudo isso deve ter algum motivo, não é? – perguntei. SIM! Eu iria coloca-lo contra a parede.

– Bem, esse negocio de você ser do jornal pode ser muito útil para mim, é, você entrou na minha vida na hora certa!

AH claro, enquanto ele estava feliz em ter me conhecido, eu amaldiçoava esse dia todos os dias.

– Você quer usar minha coluna? Eu não vou por mentiras no meu jornal! – eu respondi, com o dedo em riste.

Ele levantou-se e aproximou-se de mim, enquanto segurava o meu diário na mão.

– Nem precisa ser mentiras, todo mundo tem seu lado podre!

– Ah claro, me parece que você tem os dois lados, na verdade tudo em você é podre, não é Edward?

– Não tanto quanto seu amado Jacob Black, garanto que ele tem muito mais podres do que eu, só um podre que você soube já caiu em lágrimas assim, imagina se descobrisse tudo, ai você se matava! – ele retrucou e eu o encarei com medo. De que podres será que ele estava falando? Será que Jacob tinha tantas coisas escondidas assim? – Bom, eu tenho que sair daqui... – ele disse, mudando de assunto, me puxando e me tirando de frente da porta, ele a destrancou rapidamente, fazendo com que eu o olhasse de olhos arregalados.

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– O que você pensa que vai fazer?

– Eu vou embora... – disse ele, abrindo a porta devagar e olhando para os lados meio receoso. – A não ser que você queira que eu durma com você, ai eu posso pensar no caso...

– O que? É claro que não, já vai tarde! – respondi, cruzando ficando emburrada.

– Então, eu ouvi seu pai falando para você que ia para o quarto... Então, é minha chance de ir embora, vem atrás de mim me dando cobertura...

E antes de eu poder dar a minha opinião sobre essa decisão, ele saiu correndo pelo corredor, eu arregalei os olhos e sai correndo atrás dele.

– Edward... Edward... – comecei a chamá-lo, enquanto descia as escadas, a sala estava quase toda escura, já era de noite e as luzes da casa estavam desligadas, como eu era péssima para correr, acabei perdendo Edward de vista, olhei para os lados a procura dele, enquanto eu descia todas as escadas. – Edward... – chamei novamente, parando no meio da sala, foi quando senti alguém me segurar por trás e colocar a mão sobre minha boca.

– Não grita, seu pai pode escutar... – sussurrou Edward no meu ouvido, me fazendo arregalar os olhos e concordar com a cabeça.

Ele me soltou e saiu andando em direção da porta da sala, sai quase correndo atrás, logo que ele parou próximo da porta, o único local iluminado pelas luzes lá de fora estarem acesas, o puxei pelo braço, ele se virou e me olhou com as sobrancelhas arqueadas.

– Edward, por favor, devolve o meu diário... – pedi, bastante seria ainda eu tinha um pouco de esperanças que ele mudasse de ideia e devolvesse meu diário.

Edward sorriu de leve, e me puxou, colocando o braço sobre minha cintura, engoli um seco de tanto nervosismo, mas não impedi, não o empurrei, nem nada, notei que os olhos dele desceram em direção a minha boca e senti meu corpo tremer, até que então ele terminou a aproximação grudando seus lábios nos meus, é por incrível que pareça ele novamente me beijou.

Eu estremeci e novamente fui fraca e correspondi, não pensem que foi apenas para vê se ele me devolvia o diário, foi por que... Por que... Ah sei lá o por quê, talvez carência? Tristeza por ter sido rejeitada por Jacob? Medo? Vergonha? Sei lá...

Só sei que correspondi, e acredite de beijo ele não era tão ruim, na verdade, ele beijava bem isso eu tinha que admitir, era uma sensação estranha, eu sentia um frio na barriga, meu coração disparava e o abraço dele me passava um calor meio esquisito, eu não podia negar que era gostoso, muito gostoso. É acredite, isso me deixou com mais raiva desse infeliz.

Quando ele parou o beijo e me olhou, eu olhei para ele meio confusa.

– Por quê você fez isso? Por quê você me beijou? – eu perguntei.

– Por que você me correspondeu? – ele perguntou, arqueando as sobrancelhas.

DROGA! Eu odiava isso das pessoas responder uma pergunta com outra pergunta!

Afinal, no que nele eu não odiava? Decidi então mudar de assunto.

– Vai devolver o meu diário? – perguntei.

– Quem sabe eu o devolvo como presente de aniversario... – ele respondeu, engoli um seco e então ele se virou, destrancando a porta e a abrindo bem devagar. Só depois disso ele voltou a se virar para mim me olhando com um sorriso de leve.

– Boa noite Bellinha... – disse ele num tom irônico, me fazendo bufar de raiva, ele se virou e saiu correndo pelo jardim.

– Maldito! – Eu xinguei fechando a porta e a trancando novamente.

Agora sim, se eu não fizesse algo eu estaria completamente nas mãos dele, bufei e me sentei no sofá, cruzando os braços e pensando por alguns segundos.

Edward estava jogando comigo e me usando completamente, e eu não podia permitir isso, se ele quer jogar, ele vai jogar... Só que agora, eu tinha que armar um plano, para o jogo se reverter e Edward Cullen ficar em minhas mãos.

Continua...