A Besta & a Plebeia.

Nos sacrifícamos por aqueles amamos.


O velho comerciante adentrou na casa de campo com um olhar assustado. Bela correu desesperada ao encontro do pai.

— Meu Deus! - seus olhos castanhos se encheram de lágrimas. - Seus semblante está tão pálido! O que aconteceu, papai?

— Foi aquela criatura horrenta - disse-lhe, com a voz embargada.

— Que criatura? - indagou a garota, arregalando os olhos.

O velhote contou tudo o que havia lhe acontecido naquele mesmo dia e a filha mais moça começou a chorar extremamente aflita.

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— O senhor não pode ir - ela soluçou. - Está muito velho e cansado!

— O que eu posso fazer, minha menina? - perguntou o senhor, olhando abatido para Bela. - Tenho que partir amanhã!

— Não se preocupe - Bela fechou os olhos lentamente. - Eu vou no seu lugar.

+++

O galo ainda não tinha cantado, quando Bela partiu à galope. O seu peito doía, suas pernas tremiam, o terror tomava conta da garota. A estrada era fria e torduosa. A neve caía gelada, deixando um sentimento de frustração sob a cabeça da garota. Bela sentia frio, mesmo usando uma capa que cobria o seu rosto. Seus cabelos ruivos eram como chamas, que consomiam todos que pudesem vê-los. Os seus olhos castanhos tão puros e inocentes se concentravam na estrada sombria.

Bela ouviu um uivo canino, o que chegou a assusta-la. Lobos enormes e ferrozes saem dos cantos sinistros das árvores. Quando o animal se aproximou, Bela sentiu o medo tomar conta do seu peito. O cavalo foge a galope assustado, deixando Bela caída no chão frio. A garota fecha os olhos lentamente esperando pela morte, mas ela não acontece.