The girl of wolves

Capitulo 5


Katherine Cullen Black.

Pedi a Emily que me desse um tempo, eu precisava ficar sozinha, as palavras que ela havia me dito hoje pela manhã me deixaram totalmente confusa. Minha cabeça estava a mil por hora e eu mal entendia o motivo de toda essa paranoia. Ela me disse tudo no seu tempo. Um dia eu saberia, não precisava de toda essa angustia.

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A reserva parecia mais silenciosa do que nunca, exceto pelo som da musica e de pessoas conversando dentro da casa de Sam. A varanda estava vazia, apenas eu permanecia ali. Totalmente perdida em meus pensamentos.

– Chateada?

Virei-me bruscamente para encarar o dono da voz, já sabendo quem encontraria, encostado na soleira da porta, de braços cruzados.

– Entediada. – respondi. – O que faz aqui?

– Também faço parte da matilha.

– Você sabe que não é disso que eu estou falando. – disse.

– Pediram pra procurar você. – ele bufou, se aproximando.

Eu imaginei.

– Emily lhe obrigou a me pedir desculpas? – encarei-o de sobrancelhas erguidas.

– Talvez. – rimos.

Ele se apoiou no cercado da varanda de costas para a floresta. Andei até ele, ficando em posição contraria.

– Então peça. – eu disse.

– Eu? – apontou para si mesmo. – Não.

– E por que não? – perguntei.

– Não tenho motivos para pedir desculpas.

– Ah, tem sim. – ele virou-se, ficando de frente pra mim. – Não se recebe alguém da vizinhança daquela maneira.

Ele congelou por um momento.

É complicado.

– Você? Ah, é sim. – eu ri, e ele rolou os olhos. – Emily me disse que tinha um motivo, e que eu lhe fiz algo mesmo sem saber.

– Ela o que? – perguntou, com a voz um pouco mais alta.

– O que eu fiz? – perguntei.

Quando me dei conta ele tremia muito, igual a hoje pela manhã, antes de se transformar. Dei alguns passos para trás. Pelo seu semblante, ele não estava nenhum pouco feliz.

– Olha, fica longe de mim, tá legal? Me esquece, esquece essas bobagens que Emily disse, esquece isso.

Ele ia sair da varanda, mas bloqueei sua passagem com meu próprio corpo.

– Qual é o seu problema, garoto? – perguntei, com raiva.

– Acredite, você nunca vai saber.