Capitulo 2

Katherine Cullen Black

– Oi.

O garoto, que aparentava ser o mais novo sorriu pra mim, assim como a mulher ao seu lado, com uma cicatriz no rosto, causada por um lobo, tentei não encarar, mas foi quase impossível. E também tinha o mais velho, provavelmente Sam, que me cumprimentou com acenando levemente. O outro cara, que aparentava ser alguns anos mais velho do que eu, e que estava de cabeça baixa até o momento, a levantou rapidamente me fitando. Não pude reprimir a súbita vontade de olha-lo. E quando fiz ele paralisou, ali mesmo, bem na minha frente. Pude sentir o olhar dos três caírem sobre mim, e logo depois sobre o garoto.

– Essa não. – Sam sussurrou.

Ele e o mais novo pararam na frente do garoto, bloqueando o meu olhar. Não podia mais vê-lo, eles eram bem maiores do que eu. Emily me olhava, sorrindo nervosamente. Me perguntei o porque daquilo.

– Não cara, ela é filha do Jake! – o mais novo disse, um pouco alto demais, se o plano deles era que eu não soubesse o que se passava.

– Seth! – Sam o repreendeu. O tal Seth lançou um rápido olhar pra mim, quase como se desculpasse, e antes que ele pudesse voltar a posição de antes, de frente para o companheiro de bando, o garoto o empurrou o que o fez cambalear um pouco.

– Cala a boca, Seth. – ele disse.

Saiu mais rápido do que um furacão, se transformando em um grande lobo castanho escuro, no ar. O que me assustou bastante. O único transformo que eu já tinha visto era o meu pai, e sabia que eu viraria uma. Quando ele foi engolido pela floresta, senti os olhares novamente sobre mim.

– Hãn, desculpe. – Sam pediu. – Ele é meio ... esquentado.

– Tudo bem. – me amaldiçoei por sentir a falha na minha voz.

– Emily? – ele a chamou.

– Eu faço as honras. – ela disse. – Está tudo bem, vão atrás dele.

Eles me olharam e eu sorri, lhes garantindo que estava tudo bem. E logo depois foram na mesma direção em que o grande lobo havia sumido, sem dizer mais nenhuma palavra.

Emily me olhava atentamente, provavelmente buscando as palavras certas.

– Meu nome é Katherine. – disse. – Entre, por favor.

– Emily. Mas, você já sabe. – rimos.

– É sempre assim? – perguntei, enquanto nos acomodávamos no sofá.

– Com ele, é sim.

– E ... quem é ele?

Emily sorriu de um jeito diferente, sua felicidade era quase palpável.

– Ele quem?

Era meu pai.