The girl of wolves

Capitulo 18


Ignorei todos os gritos daquelas vozes insuportáveis que tentavam me fazer continuar na casa. Mas, eu não queria. Minha garganta ardia. Precisava de sangue. Mas, não de sangue animal. Percebi que estava sendo seguida para dentro da floresta, por um deles. Paul, especificamente.

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– Dá pra parar de me seguir? – perguntei, sem parar de andar. Estava escuro, mas não era um problema. Minha visão se tornou incrível.

– Katherine, espera!

– Para de gritar, garoto! – parei imediatamente em quanto ele se aproximava de mim.

– A única pessoa que gritando aqui é você – rebateu.

– Olha, eu não sei você. Mas, eu tenho mais o que fazer.

– O que? Cravar os dentes em inocentes? – perguntou, debochado.

– Cala a boca se quiser continuar com seus dentes – sorri, virando as costas.

Antes mesmo que eu pudesse dar um passo em direção oposta a ele, senti minhas costas sendo prensada na arvore mais próxima com força. Paul segurava meus pulsos com uma força desnecessária, na qual eu não podia lutar contra. Em questão de segundos eu não estava mais com raiva e nem sede. Precisava beija-lo. Queria isso.

Existia uma imensidão de segredos dentro de seus olhos, isso me encantava. O difícil me desafia. Ele me desafia. Não importava se o momento não fosse propicio, como agora. Conseguia ler minha alma quando me perdia em seu olhar.

Não demorou muito para que suas mãos soltassem meus pulsos e se alojassem em minha cintura. Sem consentimento nenhum minhas mãos foram diretamente para seus cabelos bagunçados. Em poucos segundos nossos lábios estavam em uma batalha frenética por poder.

Já havia esquecido do efeito que seus beijos me causavam.

Quando nos separamos, sem nenhuma vontade, inalei o cheiro levando as mãos instantaneamente a garganta. Ardia muito.

– O que foi? – perguntou.

– Sangue.

Foi a única coisa que consegui dizer antes de sair correndo. Duas mãos pararam-me antes que pudesse continuar com meu percurso. Olhei para o desconhecido encontrando Dean a minha frente.

– Calma – pediu. – Olhe nos meus olhos, e se concentra.

– O que está fazendo? – Paul perguntou, aparecendo entre as arvores.

– O que deveria ter feito – o vampiro disse, recebendo um rosnado como resposta. – Vou leva-la pra caçar.

Meus dentes.

Minha cabeça.

Concentra.

Dor.

Sede.

Concentra.

Sangue!

Corri o mais rápido que pude até a cidade, sabia que estava sendo seguida. Mas, ainda estava em vantagem. Precisava fazer aquilo. Não haviam muitas pessoas circulando por ali. Forks já não tinha uma enorme população, quando anoitecia era quase impossível encontrar alguém vagando por ai.

Mas, eu encontrei. Havia uma garota loira andando de um lado para o outro, parecia impaciente. Isso não importava. Levei as mãos até a garganta novamente. A sede tinha total domínio sobre mim.

– Oi – a garota sorriu pra mim. – Me vigiando?

Neguei, me aproximando.

– Quem é você?

– Alguém que nunca deveria ter conhecido.

Naquela mesmo noite um monstro dentro de mim despertou, e Alison Dilaurentis fechou os olhos pela ultima vez.