Alive

Prólogo


-1916-

Aquele dia poderia ser apenas um na minha simplória vida. Mais um dia na cozinha, escapando da vigilância dos adultos para xeretar o grande baile no castelo imperial... bem. Eu realmente me desvencilhei do local onde eu pertencia a trabalho para me deparar com aquele salão majestoso, onde os ricos e nobres se deliciavam com música, aperitivos e todo um maravilhoso ambiente de festa. Comemoravam o governo e eu os Romanov estavam mais do que felizes ali. Ao longe vi uma menina da minha idade: a princesa Anastasia. Ela estava com a sua avó, a imperatriz, e dançavam e cantavam juntas e alegres. A mais velha presenteou a neta com uma bela caixinha de musica e um colar, os quais e não conseguia vislumbrar os detalhes. Eu estava muito longe delas.

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Quis me aproximar, porém fui puxado de volta à cozinha por um brutamonte chato, que sempre me impedia de entrar no salão nos dias de baile. Um servo era apenas um servo, afinal.

Mal pude respirar depois dessa minha expulsão e senti a cozinha gélida, como se toda a trevas do mundo estivesse ali. Eu senti frio. E senti tristeza.

Ao longe, lá no salão alguém falava, sua voz era dura e parecia repercutir em todo o castelo.

“Você e a sua família vão morrer dentro de quinze dias. Não vou descansar até que eu veja o fim da linhagem dos Romanov para sempre.”

A maldição recaira agora sobre a família, porém eu mal podia imaginar que todo um país sofreria.

O caos se espalhou nos dias que se seguiram. A Revolução Russa explodia.

A maldição quase se cumprira. Quase.

Anastasia e a imperatriz escaparam do palácio graças a um menino.

Infelizmente, por algum motivo, somente a imperatriz ficou a salvo, embarcando para longe.

Quanto a Anastasia, ela desaparecera.

Quem eu sou? Eu fora o menino que tentara salvá-las.

Dimitri.