A rua estava deserta e o céu nublado, certamente iria chover naquela noite. Ele olhou mais uma vez para os lados para se certificar que não estava sendo seguido, saiu do beco onde estava fazendo a maldição, na qual envolvia o bebê em seus braços. Depois de transformar as asas da criança em tatuagem para escondê-las, ele a enrolou em uma manta e a deixou na primeira porta que viu, apertou a campainha duas vezes e voltou para o beco, em questão de segundos pôde se ver uma luz que logo se apagou, era a sua deixa para aquele mundo.

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—Você sabe o que maldição diz–disse o anjo que o aguardava.

—Ainda faltam 17 anos–ele falou em tom de despreocupação, com uma única coisa em mente: os olhos dela, as duas esferas acinzentadas.

—Eu tenho 150 anos, meu caro. Eles passaram em um piscar de olhos.

Ele olhou para o anjo a sua frente e assentiu, não podia dizer que tinha feito isso porque não teve coragem de matá-la, criou uma maldição que só aconteceria daqui a 17 anos porque sabia que talvez, até lá conseguiria ter forças para matar a filha do seu melhor amigo. Ele cumpriu a promessa de deixá-la protegida, com uma das sete chaves.