Entropia
Prólogo - O Deserto
Prólogo
O Deserto
No início, não havia início. Porque o Deserto era não apenas início, mas também meio e fim.
Poucos eram aqueles que viviam para cruzá-lo por completo, pisar em todos os grãos superficiais de areia que o cobriam. Era tão imenso que sua grandiosidade poderia ser comparada à grandiosidade de uma divindade.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!O Deserto era alfa e ômega, ahrk e theyn, o princípio e o fim, as e und.
Mas não havia água para que ele pudesse dar de beber gratuitamente aos sedentos ou até mesmo os devotos para cultuá-lo. Na verdade, havia apenas sedentos. Eles não eram devotos porque não havia água para o deserto lhes dar. E eram sedentos porque não eram devotos.
E mesmo assim, o Deserto seria. Não importavam os fins, porque ele já era o meio.
Ele era
amor e ódio;
vida e morte;
despertar e adormecer;
início e fim.
Ordem
e caos.
Ele era o tudo e o nada. Mas, acima de tudo, era o que havia entre eles.
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida.”
— A Bíblia Sagrada, Apocalipse 21:6.
Fale com o autor