Olhos castanhos
Revelação à luz da Lua.
Ed começa a me mandar mensagens enquanto ainda estou andando para casa.
Estamos no meio de uma discussão amigável sobre o filme “Laranja Mecânica” quando de repente não consigo conter a minha dúvida:
“Por que você continua do mesmo jeito comigo depois do que aconteceu com o Brandon naquele dia na escola?”
“Acredito que o que as pessoas estão fofocando pela escola não seja toda a verdade. Nunca é.”
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“Viu só? Foi mal, mas tenho que ir agora, minha mãe pediu para eu ir no supermercado pra ela.”
“Ok...”
“Nos falamos depois?”
“Claro!”
Guardo o celular no bolso e chego em casa com um sorriso no rosto, até me assustar ao ver Catherine na porta, janota como sempre.
– Oi!
Fala sorrindo.
– Oi...
Digo, ainda meio chocada com a situação.
– Tá desanimada! Aconteceu alguma coisa?
Pergunta despretensiosa, mas vejo no seu olhar que espera que eu diga algo.
E, de repente, tudo faz sentido.
– Foi você, não foi? Quem mandou a mensagem fingindo ser o Edgar?
– Do que você está falando?
Indaga, mas houve uma hesitação antes de perguntar.
– Por que, Catherine?
Pergunto com mágoa na voz.
E isso é o suficiente para acabar com sua encenação.
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