Olhos castanhos

Sem pensar, só viver.


Mesmo sendo bastante opostos no temperamento e no jeito de lidar com as coisas, Ed e eu nos interessamos pelos mesmos livros, séries, filmes e bandas, mas por motivos diferentes. Mesmo assim, respeitamos a opinião do outro; e, pelo menos da minha parte, o acho muito mais interessante quando me apresenta uma nova ótica sobre algo.

É ótimo encontrar alguém estranho como eu e esse alguém sendo justamente Edgar é melhor ainda!

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A conta dos nossos novos pedidos acaba de chegar, mas não quero ir embora.

– Tudo bem se eu pagar a minha metade e você pagar a sua?

Perguntamos juntos desanimadamente e sorrimos logo depois.

– Não quero parar de conversar com você.

Confesso.

– Nem eu. – Ele responde alargando o sorriso. – E é pra isso que existem os celulares.

Continua arrancando um pedaço do guardanapo e anotando o seu número ali.

– Me manda uma mensagem.

Pede piscando um olho.

Não é preciso perscrutar o pedido nem um pouco, rapidamente concordo.

Ele se levanta colocando o dinheiro em cima da mesa. Repito o seu ato e antes de perder a coragem, dou um beijo em sua bochecha me virando e saindo da lanchonete antes que Ed visse as minhas bochechas coradas.