Lágrimas de Prata

Gohan x Turles


O Sr. Kaioh não podia acreditar, Freeza estava muito mais forte. Era um poder que realmente surpreendeu ao deus. Seu plano não dera certo, o Patriarca morreu muito antes do que esperava. Ainda bem que podiam reviver a todos com as esferas da Terra.

Além disso, ainda havia Piccolo e Goku para lutar, apenas esperava que Bardock, Vegeta e Kuririn permanecessem vivos até a ajuda chegar. Ao que parecia a criança namekuseijin sobrevivera, o que já era um grande alívio. Porém, preocupava o deus saber que ainda havia mais uma transformação, quão mais forte o Imperador podia ficar?

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Talvez fosse mais prudente esperar um pouco antes de recorrer à Shenlong.

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— Majestade?- chamou um dos soldados.

O grande monstro continuou olhando as estrelas através do vidro de sua nave, tudo o que via lhe pertencia, cada estrela, cada planeta, cada mísero meteoro era seu. O soldado vendo-se sem resposta continuou:

— Seu filho deseja lhe falar.

— Qual deles?- perguntou uma voz grave e firme.

— Kooler, senhor.

Rei Cold, o ser com maior controle do Universo. Seu domínio se estendia por toda a Galáxia Leste e parte da do Sul, contudo seu poder provinha da força de seus filhos. O Rei era astuto, inteligente e dominador, mas era fraco nas artes de luta. Seus filhos por outro lado...

— O canal está aberto.- anunciou o soldado.

O Rei virou-se e viu a imagem de seu primogênito no telão de sua nave. Estranhou, dificilmente seus filhos o contatavam fora dos Conselhos Anuais, principalmente Kooler, seu filho tendia a encontrar as soluções rapidamente e sem danos futuros.

— Papai, temos problemas!

Kooler parecia agitado, nunca antes vira seu filho fora de sua costumeira calma, Freeza era o impaciente.

— Conte-me.

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Kuririn encarava a 2ª forma de Freeza com medo, era muito forte o ki que exalava. Bardock não esperava por algo assim, jamais pensou que o Imperador pudesse ficar ainda mais forte.

— Qual eu matarei primeiro?- refletiu o monstro. Olhou para os três guerreiros que estavam planando no ar para fugir do ki que exalou durante sua transformação. Sorriu.- Será você.

Com uma velocidade impressionante apareceu na frente de Kuririn e com muita violência penetrou um de seus chifres no estômago do careca. O baixinho gritou e foi jogado a uma longa distância.

Bardock e Vegeta, chocados, nada puderam fazer para impedir. O mais velho reagiu primeiro e avançou no monstro. Freeza surpreendeu-se, o sayajin estava mais forte do que esperava. Contudo, revidava aos golpes sem dificuldades. Deu um soco em Bardock muito forte, o que fez com que ele ficasse em desvantagem. Quando o Imperador foi para golpeá-lo novamente, foi atacado por Vegeta. Não é que ambos estavam bem mais fortes mesmo?

Bardock recuperou-se e passou a socar o monstro enquanto Vegeta desferia muitos golpes em seu estômago e peito. Ambos tomaram certa distância e lançaram muitas bolas de energia. Ao passar a fumaça viram que o dano ao inimigo não fora pouco, mas ainda sim insuficiente.

— Por mais que estejam fortes, só vocês dois nunca serão páreos para mim!- riu Freeza.- Vocês sozinhos não passam de vermes!

— Quem disse que eles estão sozinhos?

Ao virar-se, Freeza encontrou um namekuseijin. Hunn, era muito forte, pensou, mas não um perigo para seu poder máximo.

Os dois sayajins sorriram. Finalmente ele chegara, com uma ajuda da força de Piccolo seria mais fácil. Porém os dois não deixaram de notar que ele estava mais poderoso. O que teria feito, pensou Vegeta? O mesmo que Kuririn?

Bardock, Vegeta e Piccolo atacaram ao mesmo tempo, sabiam agir em ataques coordenados. Freeza estava com um pouco de dificuldade em lutar com os três ao mesmo tempo. Sua 2ª forma não era tão ágil para lutar contra três, a velocidade era menor para compensar a força extra. Enquanto Vegeta socava o monstro, Bardock e Piccolo, em grande velocidade e ao mesmo tempo, chutaram as costelas do monstro logo depois de terem tomado certa distância para o impacto ser maior. Freeza sentiu falta de ar com o impacto.

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Então Bardock passou a socar o monstro enquanto Piccolo deu uma cotovelada nas costas e Vegeta chutou-lhe a cintura causando certo dano. Para depois Piccolo passar a socar, Bardock vir de cima fazendo com que os dois punhos fechados colidissem com a cabeça de Freeza e Vegeta chutar-lhe as costas, com isso o Imperador sofreu certos ferimentos e cuspiu um pouco de sangue.

A cauda de Freeza agitou-se fazendo com que os três guerreiros tomassem certa distância, quando iam lançar técnicas de energia, cada um a sua, uma adiantou-se e atingiu Freeza no rosto, fazendo um corte. Era Kuririn.

— Kuririn!- gritou Bardock aliviado.- Você está bem?

Freeza encarou o careca com raiva, como um verme como ele podia tê-lo atingido? E como podia estar vivo?

— Dendê tem a habilidade de cura.- sorriu Kuririn.

Os dois sayajins e Piccolo, aproveitando-se da distração do Imperador, lançaram suas técnicas de energia que derrubaram Freeza que foi encoberto por uma nuvem de fumaça. Teria o monstro se ferido?

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Turles acabara de deixar uns soldados analisando dados dos scouters. Queria encontrar tudo o que pudesse reunir para provar que Gohan era um traidor. Deveria haver algum dado perdido de algum soldado que fora nocauteado por ele. Deixou-os com alguns técnicos e foi para um campo aberto desse mesmo planeta próximo ao Planeta Central.

Quando tivesse provas suficientes levaria o moleque até Kooler, o irmão do Imperador teria que engolir sua preferência pelo pirralho e reconhecer seu erro. Então Turles seria prestigiado por ter encontrado e vencido o herói dos escravos e inimigo do Império.

Além disso, mandara uma mensagem contando sobre os atuais acontecimentos e suspeitas a alguém que muito se interessaria. Um aliado fiel de Kooler, que sempre preferiu o mais velho a imperador à Freeza. Alguém que lutava nas sombras apenas obedecendo a Kooler. Como a situação se agravava cada vez mais, seja no Império ou em Namekusei tomou a liberdade de contatá-lo. Imprudência, o monstro já o fizera, mas aproveitou para passar suas suspeitas. Há um ano Kooler mantinha seu fiel Comandante, sua vinda misteriosa não fora bem explicada, mas seu empenho apagou qualquer suspeita que pudesse recair sobre si.

Apenas o apito de seu scouter que captou um ki atrás de si tirou-o de seus pensamentos, ao virar-se deparou-se com Gohan nos trajes do Grande Sayaman, porém sua altura estava normal e estava sem o capacete. O garoto estava com um ar estranho, uma mistura de arrogância, raiva e superioridade. Contudo, Turles estranhou o fato dele estar a sua frente mostrando-se quem verdadeiramente é. O que teria mudado?

— Me procurando?- perguntou o menino com olhos sérios.

— Traidor!- gritou o Comandante.- Vai pagar pelo que fez!

— E o que você me fez, vai pagar também?

O quê?, pensou Turles. O que esse pirralho queria dizer?

— Eu vou dar a surra que você merece!- rugiu Turles.

O sayajin avançou no garoto, porém suas próximas palavras o detiveram:

— Eu também teria me escondido debaixo da saia de Freeza se tivesse feito metade do que você fez, Turles.

— E o que eu fiz?- perguntou desconfiado.

— Sequestrou o filho de Goku.

Ele sabia, pensou Turles surpreso. Como descobriu? Teria lembrado?

— Me tirou de casa, dos meus pais e me trouxe para esse inferno, maldito.

Turles riu, Gohan ficou com mais raiva ainda, mas tentou não transparecer.

— Se você fosse tão importante será que já não teriam vindo te buscar, pirralho?

Gohan ficou balançado, sabia o que ele estava querendo, abalar sua confiança. Não vai funcionar!, gritou em pensamento. Seus pais o amavam, lembrava disso, sentia isso.

— Suas palavras não me atingem, Turles.

— Você é um imprestável como seu pai.

— Cale a boca!- gritou o menino saindo de sua máscara de tranquilidade.

— Sem ambição, fraco, um verme desprezível, inútil!- continuou o Comandante.- Eu devia voltar para a Terra matar sua mãe e você para Kakaroto sofrer o resto de sua vida miserável!

Gohan já nem enxergava mais, estava perdendo o controle. Turles devia saber que essa não era a melhor das decisões.

— Mas nem vou precisar, Freeza vai se encarregar de cuidar dele.

O garoto o encarou com ainda mais raiva.

— Isso mesmo, seu querido papai está para ser morto por Freeza!- riu Turles.- Faço questão para que tragam o corpo para você poder vê-lo uma última vez!

Ira. Ódio. Gohan perdeu o todo o seu controle, a força, os poderes de um sayajin assumiu. Não era mais ele, mas um guerreiro com fome de lutar. Com violência atacou Turles com um potente soco no rosto.

O Comandante já esperava o golpe, porém não com essa força. De onde veio isso? O pirralho era muito mais poderoso do que ele próprio. Perdeu um pouco de equilíbrio, mas não caiu.

Gohan golpeou-o tanto e com tamanha rapidez que Turles não conseguia se defender. Tentava, mas logo era outro, depois outro e outro... O menino era mais poderoso que Zarbon e, talvez, até mais que Ginyu. Ele fora esperto em esconder seu verdadeiro potencial nos treinamentos, por isso não pensaram nele como o Grande Sayaman antes, o menino não revelou seu verdadeiro poder para Freeza ou Kooler.

— Nunca mais ameace minha mãe!- gritava enquanto golpeava.- E não repita o nome do meu pai, um inseto como você não merece nem mesmo pronunciar o nome dele!

Turles tentou revidar, mas de nada adiantou. Gohan estava fora de controle, seu ki parecia aumentar cada vez mais. Até que o menino parou abruptamente. O Comandante encarou-o sem saber o que esperar. Gohan o olhava concentrado, Turles pagaria, não poderia jamais perdoá-lo. Mal podia imaginar a dor que seus pais deviam sentir. Mas conhecia o tamanho da sua própria. A solidão, a saudade e a falta que sentia de casa.

— Masenko!- gritou enquanto um imenso jato de energia dourada colidiu com Turles.

Não houve tempo e nem maneira de escapar. O corpo do sayajin caiu sem vida, o homem que mais causou dor e sofrimento a sua família estava morto.

Sua raiva diminuiu, voltou a si, seus instintos trancafiados novamente. Respirava muito rápido, fora uma luta intensa, porém fácil. Acabara, Turles nunca mais importunaria sua família novamente. Sentiu algumas lágrimas se formarem, mas não ia chorar. Apesar de ser treinado para isso, Gohan não sentia prazer com sua vitória ou com a morte do inimigo. Apenas alívio por ele não poder ferir mais ninguém.

Quando ia virar-se, sentiu o baque. Arregalou os olhos com a surpresa, não esperava isso e nem sentira a aproximação. Uma energia muito poderosa atravessou-lhe o peito do lado esquerdo. Enquanto ia ao chão, um olhar frio o acompanhava.

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Em Namekusei, Goku abriu os olhos na câmara de regeneração. Uma forte dor invadiu seu peito, um calafrio o percorreu. Algo ruim aconteceu, algo grave. Reuniu suas forças e explodiu o tubo cheio de água em que estava. Os olhos escuros concentrados e preparados.

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Era hora de lutar.