Sentidos

Inferno


Mergulho num sono profundo (ou num sonho profano?) mas a sensação é a do despertar de um pesadelo. Sou uma menininha de nove anos, uma parte de mim sempre será. Estou cercada pelas chamas, a fumaça me intoxica rapidamente. “Abandonada para morrer queimada”. Estava sem forças e sem esperanças quando um príncipe surge no meio do inferno, me pega no colo e diz que tudo vai ficar bem. Não, não vai. Parte do teto desaba sobre nós.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Esse sonho vívido... uma lembrança antiga. Victor.

Sinto que há muito mais para lembrar! Como pude esquecer que eu quase morri num incêndio quando era criança? E que Victor salvou minha vida? Essa terrível dor de cabeça!

Acordei em um quarto estranho com cheiro de café. Victor estava sem camisa enquanto fazia panquecas. Estou deitada numa cama de casal desarrumada. Ficaria imensamente constrangida se já não estivesse tão confusa.

“Você me salvou” disse a ele “E me esqueci de você”.

Seus olhos azuis me encararam.

“Pensei que você se lembraria na festa” ele riu, amargurado. “Mas, primeiro, você tem que se alimentar”.

Queria me antepor, fazer inúmeras perguntas, mas estava muito fraca.

“Eu esperei tanto por você, Sabrina. Podemos esperar um pouco mais”