Sirius' daughter

How long can we love?


MOONSPAD – REMIUS

Sirius respirou pesadamente. A pequena caixa de veludo aparentava ter quinze vezes seu peso normal, e as palavras pareciam amarradas a pequenas bigornas em seu cérebro. Remus falhara na busca na mansão Malfoy, e agora voltava ao largo Grimmauld, para trabalhar um pouco mais no ministério e decidir em qual lugar procuraria depois. Tempo o bastante para Sirius dizer o que queria, se tivesse coragem.

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—Vamos lá Padfoot – motivara-o James quando o amigo lhe contara a ideia. - Se o Chapéu Seletor te colocou na Grifinória é porque é corajoso o bastante para isso.

—Certo, eu consigo.

—Só uma coisa – ele olhou fixamente nos olhos de Sirius. - Vocês terão muito apoio, principalmente de Bianca e nós sempre estaremos aqui para ajudar, mas…

—Adversidades, eu sei. Estou pronto para elas.

—Se é assim… quem sou eu para te impedir?

Sorrindo, Sirius aparatou de volta para casa, no mesmo segundo em que Remus chegava. Encararam-se, tentando não corar ou algo do tipo.

—Preciso falar uma coisa – disseram juntos, corando e sentindo os bolsos pesarem. - Você primeiro.

Calaram-se no mesmo segundo. Apertaram as caixinhas que traziam, pensando: hora de tomar as rédeas da minha vida. Disseram juntos:

—Quer casar comigo?

JUST A KISS – SNILY

Ele sabia que lhe restavam poucas horas de vida, e não ia se deixar ir sem falar com ela pela última vez. Ela, que fora sua primeira amiga, e a primeira que traíra. Se ele tivesse sido mais forte, resistido às provocações do adolescente idiota que James fora um dia, em vez de se aliar a Voldemort, talvez ela o tivesse escolhido. Talvez tivessem um filho juntos, talvez James recebesse o troco que ele, Severo Snape, tanto esperava, mas ele tinha de ceder ao instinto jovem de se afastar e impor todas as barreiras possíveis entre ele e Lily.

Agora ele estava na chuva forte, encharcado, os cabelos colados no rosto, atrapalhando cada passo na terra molhada, a Marca Negra latejando no braço, o peso de suas escolhas e de seu passado em seus ombros.

Bateu à porta, rezando para que fosse ela a atender. Quando viu seus olhos verdes, toda culpa e dor que o trouxe até ali se dissipou. Havia apenas a saudade. Ela parecia tão feliz quanto ele, pois não hesitou um segundo para jogar-se em seus braços e inspirar seu cheiro.

—Você não mudou nada – ela disse, suspirando. - É exatamente o mesmo.

—Eu não teria tanta certeza – ele puxou a manga, expondo a Marca.

—Entre – ela o convidou. - Temos muito para conversar.

******

Servidos de chá e biscoitos, falaram um pouco sobre os últimos vinte anos e também sobre o sacrifício que Severo estava prestes a fazer.

—Vai deixar Bianca à própria sorte? - Lily indagou, seus olhos faziam-se uma reprimenda das mais sérias.

—É a única forma de impedir que Bellatrix comece um esquema rápido e preciso que levará à morte dela.

—Se tratando de Bellatrix, esse esquema vai acontecer, mais cedo ou mais tarde, e será melhor se Bianca tiver você ao lado dela. Ela precisa de você para protegê-la, Sev. Assim como eu precisei. Proteja-a, por mim.

Severo ergueu as sobrancelhas. Lily sabia que não o convencera. É mesmo um cabeça-dura, suspirou mentalmente. Como o convenceram a se aliar aos Comensais ou à Ordem?

Eu ouvi isso, ele disse na mente da ruiva, rindo.

—Seu argumento é bom, mas é tarde demais, de qualquer forma. Posso pedir uma coisa? - ela assentiu. - Um beijo. Apenas um beijo.

Lily segurou sua mão e o beijou. Suas línguas se enroscavam uma na outra, e os dentes davam leves encontros. Aquele fora o primeiro beijo dos dois, e fora desajeitado, como se ainda fossem as crianças que se conheceram na rua das Fiações aos dez anos, mas não podiam negar que estavam gostando.

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THINKING OUT LOUD – JOMIONE

Jonay e Hermione passavam o verão na casa dos pais dela, no centro trouxa de Londres. Gostavam de ficar em um parque, observando as pessoas, animais, nuvens… o que houvesse para se observar.

Em uma tarde, sentaram-se na grama e um garoto passou, carregando uma menina risonha nos ombros.

—Eu queria fazer aquilo – disse Jonay, distante. - Te carregar nas costas.

—Você pode – replicou Hermione, fazendo o namorado olhá-la confuso.

Sem nada dizer, ela o ajudou a voltar para a cadeira e empurrou-o, ganhando velocidade conforme avançava. Então tirou os pés do chão e os apoiou nas barras da cadeira.

—Viu? - ela quase gritou, divertindo-se. - Está me levando nas costas.

*******

—Acha que isso vai continuar? - perguntou Jonay. - Mesmo quando tivermos oitenta anos?

—Do que está falando?

—Vai continuar me amando depois da guerra?

—Com certeza – ela riu. - Mesmo quando tiver oitenta anos, te amarei como se tivesse vinte e três. Por que a pergunta?

—Nada. Eu só estava pensando alto.

WE DON'T CARE -FREANCA

—Bianca, se quiser, damos um tempo nisso e aproveitamos seu aniversário. Podemos ir a qualquer lugar, Paris, o largo, Godric's Hollow, você manda.

—O quê? - ela se espantou. - Hoje é meu aniversário?

—Vinte e seis de abril. É hoje, não?

Bianca fez as contas e constatou: era seu aniversário de dezessete anos. Fred lhe deu um beijo longo e sussurrou a seu ouvido: “feliz dezessete”. Então se levantaram, guardaram as coisas, mas antes de partir, Fred tirou da mochila um aparelho celular trouxa.

Bianca o reconheceu de imediato: Elis lhe dera aos dez anos, mas desde que se tornara bruxa, nunca mais precisara dele. Havia apenas um contato registrado: Sirius & Remus – casa.

É seguro – garantiu o ruivo.

Ela assentiu e discou. Após três toques, veio a voz grave e sonolenta de Sirius:

Fred? Aconteceu alguma coisa?

—Oi pai – ela disse, aliviando-o. - Aqui está tudo bem. Eu só liguei para dizer “oi”. Está tudo bem aí?

Está. Remus voltou ontem, sem a adaga, mas… -Bianca ouviu Remus gritar “Esqueceu-se do aniversário dela?” do outro lado da linha. - Remus quer falar com você.

—Oi filha— saudou-lhe o lobisomem. - Feliz aniversário. Perdoe seu pai por esquecer. Ele anda muito preocupado ultimamente.

—Com o quê? - ela se fez curiosa, embora já imaginasse.

Planejamos te contar pessoalmente, mas acho que não podemos exigir demais das circunstâncias, mas então… — houve uma pequena pausa – nós vamos nos casar! -anunciaram aos berros, fazendo a garota rir.

—Parabéns! - ela disse, eufórica. - Quando vai ser?

Não temos uma data mas quando vocês voltarem, e a situação estiver mais tranquila, pensamos sobre isso. Aproveite seu dia, não pense em Horcrux nenhuma hoje, okay?

Bianca desligou o telefone e deu-o para Fred guardar. Seguiram pela trilha de mãos dadas. Não havia ruídos, talvez a presença frequente da Morte no lago afastasse os animais. Ouviam apenas suas respirações entrecortadas e tensas.

De repente. Fred puxou Bianca para seu peito e a pressionou contra uma árvore, de forma gentil. Beijou seus lábios enquanto ela o abraçava. Os dois usavam casacos grossos, mas enquanto se beijavam e trocavam carícias, sentiam forte calor, então livraram-se das peças mais pesadas.

Tornaram-se um. Não sabiam dizer quais mãos pertenciam a Bianca e quais eram as de Fred. Nenhum deles se importava.

—Estamos em uma floresta – constatou Fred.

—Eu não me importo – disse Bianca, sorrindo.

—Não quero te forçar a nada – ele pareceu recuar, mas ela não deixou. Prendeu ainda mais seus dedos aos cabelos dele.

—Não está forçando – ela garantiu -, ainda estamos vestidos e se formos jogar esse jogo, jogaremos juntos.

—Eu quero jogar. E você?

Bianca sorriu, mostrando todos os dentes. - Com você? Só se for agora.

Então Fred colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e sorriu enquanto ela desabotoava sua camisa, como fizera na casa de Elis, mas daquela vez, eles sabiam que chegariam onde não foram no sofá da falecida.

Delicadamente, Fred tirou a blusa de Bianca e a admirou. Ela usava sutiã creme, que delineava os seios da garota. Ela também fitava o namorado, cujo peitoral e músculos haviam se desenvolvido muito desde que ele se tornara auror.

Os dedos dele percorriam o tórax dela, e se perguntava quando Bianca, a garotinha fofa para quem ele dera um leão de pelúcia no terceiro ano da escola, se tornara a bela mulher que agora cobria seu rosto de beijos enquanto ele tirava a própria calça.

HOW LOVELY YOU ARE – JUTOR

Juliana e Daniel estavam em férias na Bulgária e resolveram vistar a biblioteca de Sofia, a capital do país. Lá, eles encontraram Vítor Krum, debruçado sobre uma grande pilha de livros.

—Caramba! É Vítor Krum! - exclamou Daniel, puxando a manga da irmã.

Enquanto o garoto desaparecia em busca de caneta e papel para que Vítor autografasse, Juliana se aproximou com calma do apanhador imerso em sua leitura.

—Oi – ele dissera, sem levantar os olhos, mas em tom simpático. - Juliana Scamander, não? Bianca me falou de você.

—O que ela disse de mim?

—Disse que era adorável, mesmo que ainda não soubesse, e pediu para lhe mostrar.

—O quê? O quanto sou adorável? - ela riu, provocativa.

—É… acho que foi isso que ela disse – e a beijou.

I DO EVERYTHING FOR YOU- DRARRY

Harry estava quase adormecendo após a calorosa recepção dos pais, mas o sono não lhe vinha, sua mente vagava de volta ao quinto ano.

FLASHBACK

O inverno ia embora, dando lugar à primavera. Fazia uma semana desde que ele e Draco estavam juntos. Fred e Bianca estavam no sofá do largo Grimmauld, aos beijos. Tímido, Harry foi para seu quarto, dizendo que ia estudar, mas assim que abriu o livro de Transfiguração, um bilhete embolado acertou-o na nuca. Ele o abriu e mal acreditou no que leu.

Eu, você, Caldeirão Furado, AGORA.

—D.M

Infelizmente, Harry não podia aparatar, então usou a Rede de Flú para chegar ao bar. Localizou Draco displicente sentado a uma mesa e acenou quando o viu. Sentou-se ao lado dele e pediram cervejas amanteigadas.

—Por que me chamou aqui? - Harry tomou um longo gole.

—Preciso de uma desculpa para te ver? - o Malfoy abriu um grande sorriso. - E eu sei que lá no largo você segurava castiçal pro casalzinho.

Harry riu, pousando a caneca. Bianca passara o final do ano letivo – o último de Fred em Hogwarts – longe dos amigos, em Durmstrang, e ainda, Karkaroff tentou impedir que ela fizesse contato, então ela e o namorado estavam “compensando o atraso”.

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Falaram sobre os planos para o verão, e Harry mencionou Godric's Hollow.

—Eu preciso ver o túmulo deles. Pelo menos uma vez. Não peço a Sirius ou Remus para irem comigo porque acho que seria muito doloroso para eles.

—Podemos ir juntos. Quando quiser.

—Agora? - os olhos do moreno cintilaram.

Draco assentiu, tombando a cabeça. Pediram a Tom para usar a lareira e perguntaram qual era a melhor grade pública para chegar a Godric's Hollow pela rede. “A igreja”, respondeu o homem e logo os dois partiram.

Como Tom dissera, chegaram à igrejinha vazia e seguiram para o pátio, na verdade, o cemitério, onde os túmulos estavam em ótimo estado de conservação. Não tardaram a encontrar a lápide “Em memória dos amados, Lily Potter e James Potter”.Harry estagnou, encarando o texto. Caridoso, Draco buscou algumas flores para colocar no túmulo.

—Obrigado – disse Harry, a voz embargada.

—Achei que gostaria que eu fizesse uma gentileza para meus sogros – o loiro sorriu, abraçando o moreno. - Podemos ir agora, se quiser.

O garoto assentiu, soluçando. Voltaram para a igreja e dali, Harry foi para o largo e Draco para a mansão Malfoy.