Inflamável

Inflamável.


Seu toque sedoso ainda está cravado na minha mente, tal qual o nosso término no dia do meu aniversário. Como conciliar? Como fingir que nada aconteceu? Como me deixar tomar pelo desejo insano de estar com ele, do mesmo modo que fiz ontem?

Ontem não deveria ter acontecido. Deixo aqui registrada minha habilidade em agir estupidamente, cometendo o pecado de não pensar antes. Porque eu sou uma pessoa que se arrepende com demasiada frequência. Estou arrependida neste momento.

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A impossibilidade de justapor minha vontade de estar com ele à raiva e ao sofrimento que me causou me atormenta diariamente. É o orgulho se provando incendiário, destrutivo. Remoendo em minha consciência. Arruinando minha vida.

Não oblitero por causa do rancor. Sim, guardo rancor. Abomino o que ele fez, odeio cada ponto de dor que me causou. Enraivece-me ele me ignorar por meses e depois sentir minha falta. Porém, morro com sua ausência.

Logo, quando encontro uma mensagem em bilhete no meu quarto dizendo “Desculpe-me, eu te amo”, eu amasso e arremesso na cesta de lixo, embora minha vontade seja de estabelecer contato e perdoá-lo.

Mas me deixo dominar pelo inflamável orgulho e ele queima. Pegando fogo, convertendo meu coração em cinzas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.