Battles for life.

Chegamos.


Depois de mais de 35 dias, vi muitos morrerem. Víamos todos os dias uns corpos sendo jogados no mar. Ganhei, pelas minhas contas, 21 copos d’agua, onde confesso ter sentido em alguns, um toque de sal. Comida? Apenas nos dias que não recebíamos água.

Durante aqueles dias, tive muito tempo para chorar. Da minha vida feliz de antes, perdera até meu nome. Percebi logo no terceiro dia que as letras de meu crachá, diziam Manuel Dakar¹. Sem meus amigos e minha família, me indagava sobre tudo, sobre o local, sobre a fome, sobre o porquê e até sobre nossos deuses.

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Mas enfim chegamos, porém chegamos aonde? Que lugar era aquele? Aquela floresta? Aqueles homens? Logo tive que me justapor com outros, e tivemos que ficar em pé sobre um Sol escaldante. Vinham homens bem vestidos, e por algumas moedas fui vendido, tão logo tive que trabalhar para capitão-mor Joaquim Barbosa.

Quando cheguei, meu patrão me levou até uma sala pequena com nome de senzala. Ali passei minha primeira noite, junto com outros 25 escravos. Não compreendia o que falavam, afinal, vinham de terras diferentes. Tentava pedir aonde estava, mas ninguém se entendia.

¹Nome português + porto, local de onde veio.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.