XIV

Samuel quis antepor as palavras certas na cabeça, antes de falar alguma besteira, pois parecia que Daniel estava achando que ele não lembrava de nada. Muito pelo contrário, ele lembrava de tudo. Que dizer, lembrava de quase tudo, mas o suficiente para saber que queria está com Daniel de novo, e de novo, e mais uma vez...

–Eu lembro. - Segurou nas mãos de Daniel. Pouco se importava se uma velhinha estava olhando estranho para eles no banco à frente.- E-e eu... -Gaguejou.- Acho que eu estou gostando de você. - Sorriu quando percebeu a expressão surpresa e feliz de Daniel. Ele era tão lindo. Como não se apaixonar.- E não como meu melhor amigo, mais, muito mais. -Deixou claro. Levantou e puxou Daniel, ficando a pouco centímetros do rosto dele.- Eu acho...Não,eu não acho. Eu estou apaixonado por você.

Daniel achou que fosse desmaiar ou vomitar. Desmaiar e vomitar ao mesmo tempo. O que mais queria estava acontecendo. Não precisava mais guardar esse quase segredo.

–Você está falando sério? Você realmente gosta de mim?- Perguntou. Precisava confirmar se aquilo não estava sendo um sonho. Beliscou-se.

–Daniel, eu amo você.

Sam o amava!