Para Sempre Alice

Jardim Das Flores


— Ora, Rosa! O que temos aqui? —

A Margarida pergunta interrompendo a canção de todo o jardim. Em minha última visita, todas expulsaram-me as pressas. Não sei o tipo de impressão que eu acabei deixando, mas as que tirei de todas elas não eram muito boas. Aproximei-me e reparei que todas formavam um grande círculo de flores, arranjadas de forma donaire e graciosa, umas entre as outras, como em uma floricultura. Todas preparadas para atrair aqueles que pousarem seus olhos sobre elas.

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Elas mantiveram seus olhares sobre mim e apenas cochichavam algo que não pude escutar. Permaneci calada e fiz uma reverência, elas pareciam não lembrar dos nossos feitos passados, logo pensei em começar de novo. Eu estava toda elameada e não cheirava muito bem, tentei ser o mais gentil possível para tentar alcançar alguma resposta diferente dessa vez.

Tudo que elas faziam era olhar para mim, talvez com nojo de minhas roupas, afinal eram fidalgas e um tanto desprezíveis, mas ainda sim não abriam a boca nem por um decreto.

— Você procura seu caminho? —

A Rosa finalmente dirigi-se a mim, um pouco desengonçada, tento explicar o que estava fazendo ali, quando lembro do papel que encontrei com o chapeleiro. Cheshire!