“Qual é o seu nome?”, Olhos Verdes indagou entre os beijos.

“Não sei” respondeu Olhos Castanhos.

“Fala”

“Não interessa, eu também não quero saber o seu.”

E acabaram aquela conversa de petiz idiota. Não paravam de se tocar, de se beijar. Era hora de ir pra outro lugar. Separaram-se, mas a energia mantinha-se ali. Tinham que sair daquela boate.

“Vou te levar pro motel.” Disse Olhos Castanhos. Ambos saíram do espaço agitado e respiraram o ar da noite.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Andaram pelo estacionamento até encontrarem um Volkswagem modelo antigo.

“Só por essa noite.” Olhos Verdes falou enquanto entrava no lado do passageiro.

“Ou quantas forem necessárias.”

Já estavam na rua.

“Hm. Você não tem medo de eu ser um psicopata?” disse olhos castanhos ao volante. “Sempre sai assim com os caras?”

“Sei como me defender se você for um.”

Apenas o barulho do motor e a respiração dos dois eram audíveis. Olhos Castanhos esticou a mão até o rádio e pôs Popular, do Nada Surf, para tocar. Começava a chuviscar e ele também ativou o para-brisas, que rangia.

Pouco tempo depois, Olhos Verdes suspirou.

“Talvez eu precise de um psicopata. Em outro sentido. Nem que seja só hoje.”