O Casamento do Século

Capítulo 3: Uma Paixão, Um Segredo, Mil Desejos


Enquanto Cebola e Mônica estavam lá fora, o resto da galera estava toda dentro do salão, principalmente a Denise, que só ficou na curtição.

Denise percebeu que todos curtiam muito a festa, menos a Magali, que se encontrava triste e sozinha em uma outra mesa do salão. Denise caminhou até ela pra saber o que estava acontecendo.

–Ai, meu Deus, Magali! Curte um pouco, né?! Sua festa de formatura, querida! Acorda! -comentou Denise ao se sentar do lado da Magali. -Aliás, por que você tá tão deprê? Justo hoje?

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–Ai, Dê... nem me pergunte. -Magali responde, dando um suspiro depressivo, que chegou a enojar a Denise.

–Aff, que cara, hein?! Seus suspiros me dão nojo. Sério. Pára com isso e vem dançar! -disse Denise.

–Não tô afim não... -Magali responde.

Cascuda se aproxima das duas.

–Ei! Por que estão aqui? A galera tá toda lá na mesa esperando vocês! Sério, é cada piada que eles contam! -Cascuda comentou dando gargalhada.

–É a Magali que tá toda deprê aqui! Ajuda! -respondeu Denise.

–O que é que você tem, amiga? Conta para a gente! Nós estamos preocupadas com você! Queremos você sorrindo hoje nesse dia tão especial, não importa o que esteja passando! O que foi que apagou aquele sorriso lindo que víamos todos os dias no colégio quando você chegava? Por favor, vai! -disse Cascuda para a Magali.

–Hm... tá bom. Mas não conta pra ninguém, ok? Não quero muita gente sabendo disso... -respondeu Magali.

–SOLTANDO OUVIDOS, GATZ! FALA O BABADO! -gritou Denise. Neste exato momento, algumas pessoas olharam pra elas estranhamente. Agradeceram à Deus por não terem sido muitas.

–SHHH! DÁ PRA FICAR QUIETA, DENISE?! NÃO OUVIU O QUE ELA FALOU NÃO?! -sussurrou Cascuda para a Denise.

–Ai, tá bom! Foi sem querer! -disse Denise. -Perdão, Magá. Continue.

–Então é o seguinte: estou triste porque o Quim não veio nem pra minha formatura nem pra minha festa de formatura. -disse Magali, suspirando depressivamente, e continuando a contar. -Tipo: a padaria do pai dele está crescida economicamente, e não só está se espalhando pelo estado, mas pelo Brasil inteiro. Em Goiânia, abriram a padaria faz dois dias, ou seja, ela é muito recente. Ele, por enquanto, está gerenciando-a lá. Ele me ligou ontem dizendo que não poderia vir.

–Hm... e? Que é que tem isso? -perguntou Denise.

–DENISE! -Cascuda gritou baixinho para a Denise. -Continue, amiga.

–Bem, me deixa triste o fato dele estar em Goiânia, mas o que mais me deixa triste é que ele acabou fazendo amizades muito rápido. Ele tem amigos e amigas lá. Amigos que eu não conheço. Nem sei se são boas influências para ele. De vez em quando ele sai com eles para meter a cara em um bar e ficar bebendo cerveja e tal... batendo longos papos... ás vezes penso que ele me trocou pela padaria e pelos amigos. -disse Magali, com os olhos cheios de lágrimas.

–Meu Deus, amiga... eu... eu sinto muito... -lamentou Cascuda.

–Não é sua culpa, Cascuda. Eu só estou me sentindo... meio... sozinha... -disse Magali.

–AI, JÁ CHEGA! VOCÊ TEM QUE DAR UMA LIÇÃO NELE! ISSO SIM! VOCÊ NÃO VAI SER TOLA E SIMPLESMENTE DEIXAR QUE ELE FAÇA ISSO COM VOCÊ, VAI?! VOCÊ REALMENTE QUER CONTINUAR SOFRENDO POR CAUSA DELE, MAGALI?! CAI NA REAL! VOCÊ PENSANDO MUITO NO QUIM TÁ TE DESTRUINDO! CURTA O QUE VOCÊ TEM AGORA, AMIGA! VAMOS! VOU PEGAR UM BOFE EMPRESTADO PRA VOCÊ! -gritou Denise, meio chateada com o humor da Magali à respeito disso.

–Mas... eu... hm... -hesitou Magali.

Denise só fazia puxar ela até a mesa onde a galera estava. Nem ouvia a Magali hesitar. Quando chegaram na mesa, Denise disse:

–GENTE! PRESTEM ATENÇÃO! A Magali tá deprê hoje porque o Quim não veio. Alguém poderia animá-la um pouco dançando com ela pelo menos uma música?

–Claro, gata. É pra... AI!! -gritou Titi, ao ver a Aninha beliscá-lo.

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–Eu danço com ela. -Cascão disse, levantando sua mão e se oferecendo para dançar com a Magali sem problemas.

–Cascão! -gritou Cascuda. -Você não!

–Ué, por que não, Cascuda? -perguntou Cascão.

–"POR QUÊ"? VOCÊS COMEÇARAM UM ROLO! E SE ACONTECER DE NOVO?!

–Sinto cheiro de desconfiança, vindo da minha namorada. -comentou Cascão. -Que coisa feia, Cascuda.

–AFF! DANCEM ENTÃO! VOCÊS NÃO QUEREM TANTO?! E EU VOU PEGAR UM CHAMPANHE PRA RESFRIAR UM POUCO A MINHA CABEÇA! -gritou Cascuda, saindo num passo rompante para a mesa de bebidas.

–Venha, Magali. -disse Cascão se referindo à Magali.

–Cascão... você acha uma boa ideia nós dançarmos juntos? Quer dizer, não quero criar problemas no seu relacionamento com a Cascu...

–Não se preocupe com meu relacionamento com ela. Nós nos acertamos depois. Mas o meu desejo agora é dançar com você. -comentou Cascão, cortando a fala da Magali, e olhando-a fixamente, com os olhos brilhando de prazer.

Magali aceitou dançar com ele. Eles dançaram e dançaram... e durante a dança, conversavam sobre coisas variadas. A cada passo que eles davam, eles se conheciam melhor.

A música acabou, e eles finalmente pararam de dançar. Cascão se curvou em estilo cavalheiro e a Magali entendeu sua mensagem, se abaixando um pouco, recolhendo duas pontas do vestido vermelho que usava, em estilo princesa. Por fim, bateram palmas em agradecimento à música. A galera observava de longe como eles se olhavam e como eles dançavam. Eles caminharam até a mesa da galera de volta.

–Consegui ver coraçõezinhos nesse seu olhar, Cascão! Quim se estivesse aqui lhe mataria! -comentou Xaveco, dando gargalhada junto com o resto da galera.

–Ninguém lhe perguntou, Xaveco. -disse Cascão, dando risada também. -Mas e aí, Magali? Gostou da nossa dança?

–Claro! Amei! Nossos papos foram muito bons e você não dança mal! Faria de novo! -respondeu Magali entusiasmada, mas imediatamente se arrependeu de ter dado essa resposta, pois Cascuda estava numa distância em que se podia ouvir tudo do que estavam falando.

–Faria de novo o quê, Magali? -perguntou Cascuda, desconfiada e meio chateada com o que estava pensando que fosse.

–Ah... é... hm... eu disse "faria"? Eu quis dizer "dançaria" de novo... a... música! -respondeu Magali, gaguejando.

–Hm... tá certo então. -Cascuda deu um sorrisinho falso.

–Então... valeu Cascão. E você também, Cascuda, por ter me emprestado seu namorado. -disse Magali pra Cascuda.

–Disponha. -Cascuda forçando sorriso de novo.

Magali se retirou. Magali foi em direção ao banheiro feminino, se trancou lá e ligou para o Quim, pois não aguentava mais aquele silêncio todo entre eles.

*O telefone fica chamando...*

–Alô?! -perguntou Quim do outro lado da linha.

–Ahn... Quim... sou eu... Magá -respondeu Magali, um pouco decepcionada por não ter reconhecido que era ela.

–Ah! Oi meu amor! -gritou Quim.

–Oi... não me ligou por quê? -perguntou Magali decepcionada.

–Ah... foi porque eu tava trabalhando! -respondeu Quim.

–Hm... tô ouvindo a voz de muita gente aí onde você está... Está aonde? -perguntou Magali desconfiada.

–Ah, eu tô... ahn... trabalhando ainda. -respondeu Quim.

–Mas... parece que você tá numa balada ou algo do tipo... -disse Magali desconfiada mais ainda.

–CONTA LOGO PRA ELA, VÉI! -gritou algumas pessoas do outro lado da linha, que pareciam estar falando com o Quim.

–Ahn... eu tenho que desligar agora. Eu tô ocupado. Te ligo depois. -disse Quim, desligando o telefone logo em seguida.

–Mas... ei... Quim...? -Magali perguntou por ele, mas o barulho do telefone começou a apitar repentinamente.

Magali ficou parada só ouvindo o barulho apitar. Aos poucos, foi tirando o celular da orelha, desligou e começou a chorar amargamente. Será que ele estava escondendo algo dela?