20 Dias Com Ele

Desprezar


O grande homem soltou uma nuvem de fumaça que se espalhou ao redor dos dois.

– O que faz aqui? – Sua voz grave e rouca pela idade ressoou, enquanto a nuvem se dispersava.

– Voltei pra casa, pai.

– Chefe. – O corrigiu.

– Perdão. Chefe Teçá. – Acir se ajoelhou em reverência, com a cabeça entre os braços esticados. – Andei pelas estranhas em busca do aprofundamento que havia me ordenado.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Não está pronto. – Teçá fechou os olhos novamente, fumando o cachimbo devagar.

– Com todo respeito, o senhor não sabe o que aconteceu a mim nessa viagem.

– Saia e volte de onde veio.

– Mas pai.

– CHEFE! – Teçá bateu com o punho no chão, encarando o filho com raiva estampada nos olhos afiados cor de mel. – Agora saia e só volte com algo que prove quando amadurecer.

Acir, sem dizer mais nada, se levantou e saiu da tribo. Sua cabeça estava a mil, voltou para a floresta, perturbado. Tanto, que mal repara que fora seguido por dois homens, os melhores guerreiros espiões de seu pai.

“Grande surpresa.” A voz de Rudá bateu como um vento forte na cabeça do índio. “O chefe mortal antepor mandá-lo em minha busca.”

– Como assim?

"Está sendo seguido, jovem."