Entre Rascunhos
Bilhetes
Arthur abriu seu armário e, mais uma vez, um papelzinho toscamente dobrado caiu de lá. Ele sorriu torto e pegou o papel, alisando-o para então ler.
“Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno”
Aquela era a terceira estrofe do soneto 18 de William Shakespeare, seu poeta favorito, constatou. A primeira e a segunda haviam sido enviadas nos dias anteriores. Ele tentou impedir seu sorriso de se alargar enquanto guardava o papelzinho dentro de um caderno qualquer. Como Alfred era bobo. Arthur reconheceria aquela letra garrafal em qualquer lugar.
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