Para nos trazer

Seus olhos lúgubres me encaravam de soslaio.

Tão irresistíveis quanto a luz para uma pobre mariposa.

–--- Do que me chamou? ---- ele volta a questionar, ainda se mostrando bastante incrédulo arrancando-me de meus profundos devaneios.

O que podia responder? Como poderia agir?

Se fosse Harry ou Rony poderia disfarçar pois nenhum deles entenderia o significado de tal palavra. Mas ele...

–--- Eu não sei o que ouviu Malfoy... ---- queria ficar irritada, retrucar e brigar como sempre fazíamos, mas ele segura meu pulso.

Me soltando em segundos como se aquilo tivesse sido um ato involuntário. Tanto que encara a própria mão logo em seguida, parecia querer brigar com ela.

Achei graça.

Nunca tínhamos ficado tão próximos antes.

Na verdade ele sempre me pareceu resguardo. Ele sempre manteve uma distancia segura de todos; não relava ou encostava em ninguém a não ser que realmente precisasse muito.
E assim...

Pude ver marcas estranhas sobre seu pescoço, pareciam antigas e cicatrizadas; me lembrando imediatamente do dia em que conheci seu pai. Lucio havia o barrado de nos provocar com um movimento estranho; fincado seu cajado no filho de forma a feri-lo.

Não dei atenção para aquilo na época.

Nenhum de nós deu.